Eduardo, dos negócios que já fechei, basicamente nos últimos 2 anos tenho praticado um modelo específico de negócio que é serviço de Mentoring/Coaching e Treinamento, saí da TriadWorks e repasso todo desenvolvimento para eles agora, só clientes antigos ainda dou manutenção ou projetos muito específicos já em negociação.
Serviço de desenvolvimento em si eu não estou mais trabalhando, inclusive em 2011 vamos tirar essa modalidade de serviço da empresa para dev local. Desenvolvimento agora só offshore.
O mercado local não tem cultura ainda de trabalhar com projetos de escopo aberto, até porque a maioria gritante dos projetos são para órgãos públicos, eu acho muito difícil vender projeto assim por aqui, o que consegui fazer foi particionar entregas menores dentro de um escopo fechado com a possibilidade de encerramento, recebimento e uma espécie de renegociação contratual ao final de cada entrega, fora isso nada muito excitante.
Não acredito em projeto de escopo fechado, principalmente porque a confusão entre escopo e schedule é grande e acaba sempre em problemas, fora que essa história de "colaboração em vez de negociação de contratos" não funciona muito bem no Brasil, se não estiver no papel você tem uma chance muito grande de tomar bonito, aprendi a duras penas que o que vale é o que está no papel, sempre.
Sobre as práticas de XP, essa parte comercial sempre atrapalha um jogo de planejamento porque você tem que fazer sempre previsões astrológicas para vender projetos, mesmo quando é de entregas frequentes, porque os clientes querem o valor total do projeto, coisa que ninguém pode saber com precisão.
Ao final fica aquele sentimento de imóvel entregue fora do prazo, a construtora enrolou 3 anos e entregou sem as torneiras do banheiro. Desse mercado eu saí.
Conselho que dou a todos que querem trabalhar com dev, vendam para startups americanas, tirando uma ou outra má experiência, é sempre o melhor caminho.
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