Ciclo financeiro de XP

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Eduardo Rebouças

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Dec 24, 2010, 9:58:29 AM12/24/10
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Supondo que nessa lista há prestadores e tomadores de serviços de
desenvolvimento ou manutenção de software envolvendo práticas de XP, 
poderiam relatar suas experiências com as negociações e evolução financeira dos
projetos?

Particularmente não estou interessado em nomes ou valores mas em saber como está
o "modus operandi" no mercado local. Têm adotado preço fechado em cima do
planejamento de releases? Como os esquemas de homem-hora ou "fee" mensal têm se
encaixado com os testes de aceitação do cliente? Em que pontos do ciclo ocorrem
os pagamentos do serviços?

cmilfont

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Dec 27, 2010, 7:56:24 AM12/27/10
to xp...@googlegroups.com
Eduardo, dos negócios que já fechei, basicamente nos últimos 2 anos tenho praticado um modelo específico de negócio que é serviço de Mentoring/Coaching e Treinamento, saí da TriadWorks e repasso todo desenvolvimento para eles agora, só clientes antigos ainda dou manutenção ou projetos muito específicos já em negociação.
Serviço de desenvolvimento em si eu não estou mais trabalhando, inclusive em 2011 vamos tirar essa modalidade de serviço da empresa para dev local. Desenvolvimento agora só offshore.
O mercado local não tem cultura ainda de trabalhar com projetos de escopo aberto, até porque a maioria gritante dos projetos são para órgãos públicos, eu acho muito difícil vender projeto assim por aqui, o que consegui fazer foi particionar entregas menores dentro de um escopo fechado com a possibilidade de encerramento, recebimento e uma espécie de renegociação contratual ao final de cada entrega, fora isso nada muito excitante.
Não acredito em projeto de escopo fechado, principalmente porque a confusão entre escopo e schedule é grande e acaba sempre em problemas, fora que essa história de "colaboração em vez de negociação de contratos" não funciona muito bem no Brasil, se não estiver no papel você tem uma chance muito grande de tomar bonito, aprendi a duras penas que o que vale é o que está no papel, sempre.
Sobre as práticas de XP, essa parte comercial sempre atrapalha um jogo de planejamento porque você tem que fazer sempre previsões astrológicas para vender projetos, mesmo quando é de entregas frequentes, porque os clientes querem o valor total do projeto, coisa que ninguém pode saber com precisão.
Ao final fica aquele sentimento de imóvel entregue fora do prazo, a construtora enrolou 3 anos e entregou sem as torneiras do banheiro. Desse mercado eu saí.
Conselho que dou a todos que querem trabalhar com dev, vendam para startups americanas, tirando uma ou outra má experiência, é sempre o melhor caminho.

2010/12/24 Eduardo Rebouças <eduardo....@gmail.com>
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Eduardo Rebouças

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Jan 3, 2011, 1:21:30 PM1/3/11
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Milfont, nos projetos offshore qual a mentalidade que difere da nossa? Eles estão mais propensos a pagar por sprints e não por escopo?

Como relatou, também vejo que uma linha natural é tratar escopos abertos como vários escopos fechados menores. Tenho adotado a prática de limitar o escopo do projeto pela minha capacidade de previsão. Exemplo: se há vários módulos a serem desenvolvidos, planejo somente o primeiro em um tempo não maior que 2 meses, os demais eu deixo indicado como fases posteriores e fora do escopo. Realmente alguns insistem no valor total mas o que tenho a relatar é que o sucesso da negociação fica inversamente proporcional a essa insistência. Já perdi projetos com essa linha mas os que fechei fluíram bem uma vez que a colaboração funcionou desde a negociação.
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