O que está acontecendo na comunidade BrOffice?

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jhonatam da Mata de Jesus

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Feb 10, 2011, 3:45:31 PM2/10/11
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Pessoal quero que fiquem por dentro do que está acontecendo com a comunidade BrOffice, isso é importante para todos !


fonte: http://almalivre.wordpress.com/2011/02/09/o-que-esta-acontecendo-na-comunidade-broffice/

Em primeiro lugar, quero dizer que o que vou descrever abaixo é a minha visão e, não necessariamente, reflete o pensamento da comunidade ou dos demais envolvidos. É a minha visão dos fatos.

Há alguns dias, as comunidades de software livre observam com atenção, e com uma certa angústia, os acontecimentos que criaram um cisma na comunidade BrOffice. A própria comunidade está dividida entre os que estão no olho do furacão e os que estão tentando entender o que está acontecendo.

No olho do furacão estão o conselho da OSCIP BrOffice.org que se divide entre:

- Os que apóiam o presidente Cláudio Filho no resgate dos objetivos históricos da instituição, ou seja, servir de figura jurídica para a comunidade, assim como apoiá-la, buscando formas de financiar suas atividade.

- Os que apóiam um pequeno grupo de pessoas que decidiram que a OSCIP não existe para apoiar a comunidade, mas para comandá-la. Assim, a OSCIP se tornaria, digamos, uma empresa que representaria a TDF (The Document Foundation) no Brasil, à revelia da comunidade brasileira.

A comunidade BrOffice no Brasil é composta, basicamente, pelos Gubros – Grupos de Usuários do BrOffice e pelo pessoal que contribui em ações de marketing, em especial, a Revista BrOffice. Outros integrantes são alguns desenvolvedores que, de certa forma, contribuem mais no âmbito da TDF, do que localmente. A menor parte da comunidade é composta pelos integrantes da OSCIP, no entanto, algumas dessas pessoas concentraram um poder tal em suas mãos, que parecem estar acima da comunidade e de qualquer outra pessoa.

Há alguns meses, talvez um pouco mais de um ano, coisas estranhas começaram a acontecer. Eu sou voluntário como tradutor para a revista BrOffice e entrei para a comunidade em Novembro de 2009. Em um primeiro momento, parecia que tudo ia muito bem, a comunidade era ativa e muitos assuntos eram debatidos nas listas. Aí começaram a rarear as discussões. No início de 2010, o Cláudio nos incentivou a fazer uma Revista em Inglês, uma versão traduzida da edição nacional. Começamos a trabalhar timidamente, mas, conforme a reunião internacional ia se aproximando, começamos a trabalhar freneticamente para produzir uma edição em inglês para apresentar. E conseguimos. Três tradutores, dois revisores e dois diagramadores fizeram um trabalho que mereceu uma matéria na edição 14. após isso, queríamos reativar a ideia de traduzir as edições anteriores e eu e outro tradutor, Clóvis, começamos a trabalhar e conseguimos traduzir duas das primeiras edições. Mas, estranhamente, as pessoas que antes nos apoiavam começaram a sumir. E começamos a questionar o que estaria acontecendo. Começamos a questionar por que um trabalho voluntário estava sendo deliberadamente desincentivado, ou mesmo, desaconcelhado. passamos alguns meses questionando isso, sem resposta. Algo estava acontecendo, mas não sabíamos o que.

Logo após o acontecimento da reunião internacional, a TDF foi criada e muito alvoroço aconteceu, tirando nosso foco das coisas internas. Parecia que estávamos nos libertando de grilhões que nos amarravam há anos. Mas isso era apenas no âmbito internacional. Aqui dentro, coisas muito esquisitas estavam se delineando.

O fim do ano chegou e a lista da revista continuava parada. No final de Dezembro, a revista saiu quase sem troca de mensagens nas listas. Alguns pedidos de tradução, algumas chamadas para os diagramadores, sinceramente não reparei uma única chamada aos revisores. Mas posso estar errado.

Em Janeiro, de repente, começamos a ser solicitados a utilizar outras ferramentas que não as listas que estávamos acostumados a utilizar. Muitos dos trabalhos aconteciam paralelamente “em off”, via e-mails particulares, Google Docs e listas com domínios que não faziam parte dos domínios da OSCIP, nem da TDF, como www.revistabroffice.org. E a pulga começou a coçar na orelha de todo mundo.

Posso estar errado, mas uma das listas mais movimentadas é a da Revista BrOffice. E foi nessa lista que começamos a questionar várias coisas não muito bem explicadas, como por que coisas estavam acontecendo sem que ficássemos sabendo? Por que a comunidade estava sendo ignorada nas decisões? Por que iniciativas nossa estavam sendo, sistematicamente, abortadas? Por que as lideranças da comunidade não estavam se manifestando?

A gota d’água aconteceu quando ficamos sabendo que a OSCIP “decretou” que não haveria o Encontro Nacional do BrOffice – EnBrO – neste ano. A partir daí, várias coisas aconteceram.

Primeiro, nosso companheiro, Rui Ogawa, enviou um e-mail para a lista questionando isso, o que eu apoiei. Em seguida, o Luiz Heli, editor responsável pela revista, mandou um e-mail [1] de desabafo, informando a situação desconfortável na qual se encontrava, como funcionário pago pela OSCIP (coisa que quase ninguém sabia). A falta de manifestação do Cláudio, por questões pessoais, também ajudava a piorar a situação.

O bate boca tomou conta das listas e, em seguida o Sr. Olivier Hallot respondeu ao e-mail do Luiz com a seguinte posição [2], que foi respondida pelo Cláudio [3].

Como os links citados estão num domínio que não pertence à revista, à OSCIP, ou mesmo à comunidade, e pode ser apagado a qualquer momento, resolvi imprimir em arquivos PDF que podem ser acessados aqui, aqui e aqui.

Aí comecei entender o tamanho da coisa e questionei ao Cláudio que me respondeu em [4].

Outros esclarecimentos foram dados em [5] e [6], assim como na carta Aberta à Comunidade do Software Livre [7], que o Cláudio escreveu. No entanto, como a grande maioria não estava a par do que estava acontecendo, a carta do Cláudio deu margem a inúmeras interpretações. Eu mesmo não estava muito consciente do tamanho da coisa, como vocês poderão ver nos comentários de [7]. O Otávio estava certo: o buraco era muito mais embaixo.

Após esses acontecimentos, e outros que não foram documentados, nós da comunidade, que participamos dessa discussão, decidimos, quase que por unanimidade, apoiar o Cláudio., E esperamos que o restante da comunidade nos ajude na luta para impedir que a comunidade BrOffice seja corporatizada. Nossa comunidade é uma das mais respeitadas no mundo e não podemos deixar que algumas pessoas, ligadas a interesses de algumas empresas, bem como movidas por interesses pessoais, vistam um poder que não lhes pertence. O único motivo para a existência da OSCIP é apoiar a comunidade. Quando membros do conselho da OSCIP, decidem por conta própria que a OSCIP não mais apoiará a comunidade, mas a utilizará como força de trabalho para seus próprios interesses, ela perde completamente a razão de existir. Nossa luta, agora, é para salvar a instituição, já que várias outras comunidades de software livre, utilizam recursos da OSCIP e podem ser seriamente afetadas. Em último caso, se os membros do conselho que estão promovendo essa atividade, para dizer o mínimo, escusa, não voltarem atrás e conseguirem seu objetivo de destituir o Cláudio da presidência da instituição, com o intuito de acabar com as resistências, nossa comunidade deve ter a coragem de não se submeter a essa violação.

Espero que os integrantes dos Gubros – Grupos de Usuários do BrOffice –  se manifestem e questionem à OSCIP o que está acontecendo. Postem nas listas regionais e questionem na lista do Grubo-br. Chamem o Cláudio para conversar, ele estará totalmente à disposição para esclarecer a situação, e não aceitem meias explicações de quem quer que seja. Vejam os fatos e vocês saberão quem está com a comunidade e quem está contra ela.

Eu cheguei aqui há um ano e pouco. Essa comunidade me recebeu de uma maneira muito acolhedora e amistosa. Aqui eu me sinto muito à vontade e é péssimo ver todo esse trabalho, duramente construído, ameaçado por pessoas que simplesmente não se importam com o todo. O que importa para elas é o dinheiro.

Pensem a respeito e tomem atitude.

[1] http://revistabroffice.org/pipermail/producao_revistabroffice.org/2011-February/000825.html

[2] http://revistabroffice.org/pipermail/producao_revistabroffice.org/2011-February/000829.html

[3] http://revistabroffice.org/pipermail/producao_revistabroffice.org/2011-February/000831.html

[4] http://listas.broffice.org/pipermail/revista-producao/2011-February/000054.html

[5] http://listas.broffice.org/pipermail/gubro-br/2011-February/000443.html

[6] http://listas.broffice.org/pipermail/gubro-br/2011-February/000484.html

[7] http://br-linux.org/2011/broffice-carta-publica-a-comunidade-de-software-livre/



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Ednei P. de Melo

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Feb 11, 2011, 2:24:14 PM2/11/11
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Pessoalmente, porquê não se fundem ao LibreOffice.org (http://pt-br.libreoffice.org/) e fazem um trabalho em conjunto, ao invés de criarem uma iniciativa à parte, como o BR-Offfice.org? Não que esteja questionando a seriedade da instituição, mas se é para ficar tendo essas "briguinhas" e queimar ainda mais a imagem deste maravilhoso projeto, será melhor não ter representação nenhuma.

Em tempo: mais uma vez, aprendam que empresas possuem interesses financeiros. Quem achar que elas apóiam ideologias, estão redondamente enganados. &;-D

jhonatam da Mata de Jesus

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Feb 12, 2011, 3:01:43 PM2/12/11
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Vejam, o brOffice.org é a instituição e comunidade mais antiga em atividade, usamos o libreOffice como nossa fonte e base de código e somente traduzimos e aplicamos mais algumas funções para o Brasil assim como era feito em épocas de OpenOffice.
http://pt-br.libreoffice.org/  Esse projeto é uma tentativa de dividir a comunidade e não um projeto ao qual precisamos nos fundir ou algo do tipo uma vez que já somos membros e de acordo com os interesses da The Document Fundation e do Libre-Office.
devemos tomar cuidado com essas iniciativas !
notem que o site está bastante incompleto e muitas seções dele estão simplesmente sem conteúdo.


 http://broffice.org/ Esse é o nosso endereço, essa é a real comunidade !

      
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