Olá, Valter,
Jamais disse que questionar e pensar diferente é sinal de
agressividade.
Não discordamos em nada até o momento porque não trocamos uma única
idéia sobre o assunto do mototaxi. Ainda assim, sua primeira atitude é
me acusar de desonestidade intelectual - de ter conhecimentos e querer
omiti-los por desrespeitar os motociclistas. Por que a acusação?
Quando eu desrespeitei algum motociclista?
A verdade é que não tenho informações sobre os 5.300 municípios
brasileiros. Eu não tenho, nem você, nem o importante Sindicato que
você representa, e muito menos a Rede Globo e aquele programa
insignificante das manhãs de domingo. Desconheço qualquer pesquisa
validada cientificamente sobre o assunto no país. Apenas 500
municípios dos 5.300 citados, municipalizaram a gestão do trânsito nos
últimos 10 anos, de modo que posso lhe garantir que nos 4.800
restantes, ninguém jamais coletou qualquer dado sobre a realidade de
mototaxi nem sobre qualquer outro tema do trânsito. E é por essa razão
que o debate é tão fraco - já que ninguém tem dados fundamentados,
ficam apenas as opiniões perdidas num jogo de poder.
Poderíamos pensar em um projeto de Pesquisa Nacional com o Sindimoto,
para o qual eu teria muito interesse em contribuir, visando suprir a
total falta de informações sobre o que está acontecendo país afora.
Mapearíamos, então, não apenas a situação real do mototaxi, a
cobertura das demandas locais de transporte de passageiros e cargas,
mas a penetração dessa modalidade de transporte e sua dimensão
econômica e social real.
A abertura da linha de financiamento de 100 milhões é uma grande
conquista da luta sindical dos motociclistas profissionais. Mais
importante ainda do que o acesso facilitado às motocicletas, é que
agora, sim, teremos um impulso decisivo para a regulamentação
profissional, pressionando definitivamente os empresários do motofrete
em todo país pela regularização trabalhista. Em São Paulo,
especialmente, acredito que serão eliminadas do mercado a médio prazo
as empresas que ainda resistem a trabalhar com motofretistas avulsos -
chamados de "esporádicos", submetendo-os a um regime de trabalho
inaceitável e, algumas vezes, a uma conduta de altíssimo risco no
trânsito. Na raiz do problema, sempre soubemos que havia uma questão
trabalhista grave que tinha que ser resolvida. O mais promissor é que
essa também é uma luta de uma parcela importante dos empresários do
motofrete, reunidos no SETCESP. Todos têm interesse na formalizaçao
desse setor de serviços.
On 5 jun, 09:25, "Valter Ferreira da Silva" <
val...@sindimoto.com.br>
> CCJ aprova regulamentação para serviços de mototáxi e motofrete.docx
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