Os Fotógrafos que paguem a Crise!

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K

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Feb 1, 2009, 5:58:42 AM2/1/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal

Joao Maia

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Feb 1, 2009, 11:49:40 AM2/1/09
to fn...@googlegroups.com
Ola Luis.

Antes de mais gostava de te dar os parabens a ti por nos chamares a atencao para esta situacao, e ao Jose Antunes pelo texto que escreveu, e que partilhas connosco no link abaixo. E realmente grave o que se passa em Portugal no que diz respeito a conservacao da Natureza, e realmente nao se consegue perceber onde e que isto vai parar.

Acho realmente inacreditavel que entidades governamentais, pagas com o dinheiro dos nossos impostos, nao so nao cumpram o seu dever (que neste caso e o de promover os poucos espacos naturais que ainda existem em Portugal), como tambem ainda queiram cobrar taxas a quem faz mais pela promocao desses espacos do que essas mesmas entidades deveriam fazer.

Tal como o Jose, ja fui incomodado em Sintra porque estava a usar "equipamento profissional" (leia-se tripe), como se um tripe nao fosse algo que qualquer pessoa pudesse adquirir numa loja. Apesar de ter dito que nao era profissional e que nunca tinha vendido uma unica foto, disseram-me que "nao sabiam se amanha nao iria vender uma das fotos que estava a fazer na altura". Apeteceu-me responder que "tambem nao sabiam se amanha nao iria assaltar um banco, no entanto nao me podiam prender hoje por isso", mas achei melhor nao dizer mais nada.

Este tipo de comportamento e perfeitamente incrivel. Tal como o Jose nao sou contra o pagamento de determinadas taxas, particularmente quando se pretende exercer fotografia "comercial", com necessidade de ter pessoal especializado, ou com necessidade de fotografar uma determinada area que normalmente e vedada ao acesso ao publico. Agora esta tabela, da forma como esta, so tem um nome: roubo. Tive a oportunidade de estar em parques naturais do Canada e nos Estados Unidos ha dois anos e meio atras, onde e vulgar ver-se fotografos a beira da estrada com tripes, sem serem incomodados por rangers. Muitas vezes os proprios rangers sao ou tornam-se tambem fotografos, porque tem prazer em partilhar com as pessoas os locais onde trabalham.

Tal como diz o texto, sao regras que devem ter sido inventadas por politicos burocratas dentro de um qualquer escritorio, que nao fazem a mais pequena ideia do que e estar na Natureza, quanto mais protege-la. Mas normalmente estas especies tem receio apenas de uma coisa: publicidade negativa. E quanto mais publicos forem os disparates destes individuos, quanto mais este tipo de regras imbecis forem expostas na comunicacao social (jornais e revistas sim, mas tambem e particularmente televisao, porque e o meio de comunicacao que chega a mais pessoas), parece-me que mais hipoteses temos de que este tipo de regras deixem de existir. Por isso aplaudo esta iniciativa de falar contra estes abusos, e parece-me que os fotografos em Portugal, quer sejam amadores quer profissionais devem expor esta situacao na medida do possivel.

Cumprimentos,
 
Joao Maia

http://www.jmaia.net
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From: K <lki...@gmail.com>
To: Fotógrafos de Natureza de Portugal <fn...@googlegroups.com>
Sent: Sunday, 1 February, 2009 10:58:42
Subject: [FotoNaturezaPT] Os Fotógrafos que paguem a Crise!

João M. Gil

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Feb 2, 2009, 5:50:52 AM2/2/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Bons dias, a todos.
Isto é, de facto, preocupante - até porque o ICNB tem demonstrado
também não acolher positivamente sequer os interesses das próprias
pessoas locais (os residentes e os "naturais")...quanto menos os
fotógrafos. Há, de facto, um choque de mentalidades entre estas
posturas "pouco actualizadas" do ICNB e tudo o que nos ensinam as
regras do Crescimento/Turismo/Promoção SUSTENTADOS - estas já
constituem o presente de muitos países (tal como o José Antunes tb tem
salientado), mas há sempre uns cá dentro a ver se conseguimos "seguir
atrasados".

Ao ler a tal tabela de preços do ICNB, salta-me à vista uma questão
importante e que pode ajudar a resolver só um pouco do problema: o que
entende o ICNB como "terrenos do ICNB" - muitos são terrenos de
particulares (que estão registados numa caderneta predial em nome da
alguém), certo? outros são baldios? Até onde vai o sentido de
autonomia deste ICNB?

Cumps,
João M. Gil

--
Hey!
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Gonçalo Lemos

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Feb 2, 2009, 8:52:03 AM2/2/09
to fn...@googlegroups.com
E para além desses terrenos, o mais engraçado é que também o prevêem nos terrenos que não são do ICNB. Assim arranjaram maneira de englobar todo o território nacional ao referir "Fora de terrenos do ICNB".
E a fiscalização? Como é feita? E quais as multas a aplicar? E excepções?
Isto soa-me mais a lucro do que a boas intenções de protecção à Natureza. Exigir dinheiro dos fotógrafos que em muito contribuem para o conhecimento do riquíssimo património cultural que possuímos é o mesmo que pedir a um cidadão que se quiser denunciar um crime, tem de pagar para isso!

Cumprimentos
Gonçalo Lemos

www.goncalolemos.blogspot.com

2009/2/2 João M. Gil <jmgil....@gmail.com>

Filipe Silva

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Feb 2, 2009, 9:05:21 AM2/2/09
to fn...@googlegroups.com

É por essas e por outras que cada vez mais me identifico com os espanhois e gosto de fotografar lá fora.

Qual é a motivação de trabalhar por cá?

Tenho-me fartado de dar palestras a miudos das escolas, educação ambiental gratuitamente, a vontade que dá é enviar uma factura ao ICNB por fazer aquilo que é dever deles.

Andam demasiado ocupados com as fontes de rendimento ao invés de andarem ocupados em realmente fazerem o que devem: proteger o nosso património natural e trabalhar na educação cívica.

Enfim

 

Filipe Silva

Images from the living World

Editor of Fotonaturis.org magazine

 

Mobile Phone: +351 91 980 64 80

Leiria - Portugal

fsi...@filipe-silva.com

 

Portfolio: www.filipe-silva.com

Stock Photo: www.behindnature.com

NaturePhotographyComunity: www.fotonaturis.org

 

Filipe Silva

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Feb 2, 2009, 9:10:52 AM2/2/09
to fn...@googlegroups.com

De forma a que esta não seja mais uma daquelas situações em que se fala e não se faz nada:

 

Quem é que está disposto a escrever um comunicado conjunto para enviar para a imprensa?

A ideia é fazer chegar á população em geral através da imprensa a posição de quem está do outro lado.

Individualmente, através do fotonaturis ou em grupo acho importante fazer-se algo.

Eu alinho

Joao Maia

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Feb 2, 2009, 9:19:13 AM2/2/09
to fn...@googlegroups.com
Eu alinho, e ja mandei uma dica sobre este tema a um amigo meu que e reporter na TVI. Pode nao ser a melhor das estacoes de TV, mas pode ser que eles queiram pegar no caso. Ainda por cima em ano de eleicoes, nunca se sabe...

Outra coisa que me lembrei foi de criarmos uma peticao on-line... Pode nao servir de muito, mas sempre e qq coisa.
 
jm

http://www.jmaia.net
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From: Filipe Silva <fsi...@filipe-silva.com>
To: fn...@googlegroups.com
Sent: Monday, 2 February, 2009 14:10:52
Subject: [FotoNaturezaPT] Re: Os Fotógrafos que paguem a Crise!

Filipe Silva

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Feb 2, 2009, 9:20:21 AM2/2/09
to fn...@googlegroups.com

Já somos dois.

Em alinha mais?

 

 

Filipe Silva

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Mario Ferreira

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Feb 2, 2009, 10:14:18 AM2/2/09
to fn...@googlegroups.com
Eu alinho.
Cumps,
Mário Ferreira

Carlos Dias

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Feb 2, 2009, 1:23:10 PM2/2/09
to fn...@googlegroups.com
Meus caros,

De facto, esta é mais uma daquelas normas draconianas que uns engravatados de sapatinho lustrado debitam dos seus gabinetes aquecidos e assépticos.

Num caso como este, a quem podemos pedir revogação desta norma? Ao Procurador-Geral da República? Ao Provedor de Justiça? Alguém conhece um advogado que nos possa ajudar?

A Comunicação Social poderá divulgar este caso, mas os ditos engravatados de sapatinho lustrado já sabem que são inimputáveis.

De acordo com a dita tabela, "Fora de terrenos do ICN" presumo que se refiram a zonas dentro das Áreas Protegidas(?) mas fora de terrenos proprietários do Estado-ICN. Exemplo: Sintra está dentro do Parque, mas os terrenos não são do ICN.

Gostaria de perguntar aos engravatados como é que vão fiscalizar e quanto vão cobrar às milhares de pessoas que diariamente invadem Sintra ou o promontório do Cabo da Roca para fotografar intensamente as paisagens com a suas câmaras.

Em último caso, estou disposto a participar num mega-encontro de fotógrafos para fotografar um sítio qualquer dentro de um Parque só para chatear e armar barulho. Infelizmente --e a História está repleta de casos--, há situações em que só através do barulho se consegue acabar com os ideais draconianos de uma minúscula minoria que quer impor as suas vontades e caprichos à vasta maioria.

Entretanto, divulguem esta situação nas várias comunidades de Fotografia online, blogs, sites pessoais (Olhares, 1000imagens, etc).

A bem da Fotografia, seja ela qual for.

Carlos Dias

Filipe Silva wrote:

Joao Maia

unread,
Feb 2, 2009, 5:03:59 PM2/2/09
to fn...@googlegroups.com
Carlos,

Neste aspecto concordo com o Filipe. Podemos nao conseguir nada mas acho que se a coisa aparecer na comunicacao social esses senhores sao capazes de olhar melhor para a situacao... Ainda por cima em ano de eleicoes...

Eu por mim, vou divulgar a situacao onde puder. E se quiserem ir fotografar para algum lado, tambem alinho.
 
jm

http://www.jmaia.net
http://bigworldlittleguy.blogspot.com



From: Carlos Dias <cd2...@carlosdias.net>
To: fn...@googlegroups.com
Sent: Monday, 2 February, 2009 18:23:10
Subject: [FotoNaturezaPT] Re: Os Fotógrafos que paguem a Crise!

Claudia Cadima

unread,
Feb 2, 2009, 5:24:44 PM2/2/09
to fn...@googlegroups.com
Olá a todos.
 
Eu também alinho em alertar para esta aberração/roubo.
 
Claudia Cadima




Date: Mon, 2 Feb 2009 14:03:59 -0800
From: jm...@yahoo.com

Subject: [FotoNaturezaPT] Re: Os Fotógrafos que paguem a Crise!
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Carlos Dias

unread,
Feb 2, 2009, 6:05:59 PM2/2/09
to fn...@googlegroups.com

Carlos Dias

unread,
Feb 2, 2009, 6:37:57 PM2/2/09
to fn...@googlegroups.com
Ainda a respeito disto, chamo a atenção para o facto de que não é preciso ser profissional da fotografia de Natureza para ser (mais) um divulgador da realidade ou beleza de um Parque ou Área Protegida, nem sequer de ter um projecto definido, servindo de pretexto e/ou justificação para os fotografar.

Da mesma forma que não vão cobrar aos escritores, pintores, escultores, etc, por se inspirarem num Parque Natural, não temos que ser nós, os fotógrafos, a sujeitar-nos com mais esta taxa draconiana, pelo que repudio veementemente esta decisão do ICN.

Da mesma forma que nada me impede de fotografar
, desenhar ou pintar Lisboa e de ganhar --ou não!-- dinheiro com isso, não aceito que cobrem o que quer que seja para fotografar, desenhar (até mesmo escrever, que também já fiz!) ou pintar uma pedra numa qualquer área do ICN.

Carlos

Carlos Dias wrote:

barr...@gmail.com

unread,
Feb 3, 2009, 7:25:20 AM2/3/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Também alinho...

Eduardo Barrento
http://barrento.com

Carlos Dias

unread,
Feb 3, 2009, 8:00:09 AM2/3/09
to fn...@googlegroups.com
Claro que subscrevo e se eu puder ser útil em alguma coisa, digam-me.

Só mais uma: conheço um fotógrafo que fez muitas saídas de campo, divulgou a necessidade de preservar e fotografou muitas vezes o Paúl de Arzila e Paúl da Madriz muitos anos antes de serem consideradas áreas protegidas pelo ICN............

Carlos

barr...@gmail.com wrote:

paulu

unread,
Feb 3, 2009, 12:29:45 PM2/3/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Afastar da natureza as pessoas que amam a natureza – fotógrafos
inclusive, e muito em especial – é uma forma excelente de a poder
destruir sem o escrutínio dos cidadãos.

E digo "afastar" com todas as letras porque 200 euros por dia não é um
valor economicamente racional. Nenhum amador o pagará a menos que seja
rico. E nenhum profissional se meterá em tais despesas a menos que
tenha garantido o retorno, isto é, quase nunca.

Dito de outro modo, se o valor fosse 2 ou 3 euros poderia ser estúpido
(e até sacana) pois que estaria a taxar quem não constitui encargo,
antes contribui para a defesa do espaço natural através do seu
trabalho científico ou artístico, profissional ou amador. Mas sempre
seria economicamente racional, pois que talvez gerasse uma receita.

Já 200 euros não. Não se ganha dinheiro quando se pede um preço que
ninguém paga. E isso já cheira a demasiado estúpido para ser apenas
estúpido. Ou é intencional, ou disfarça muito bem.

Por tudo isto, sou mais um a alinhar e ao dispor.

PS. E não retiro uma vírgula do que digo só porque apareceu a tal
“correcção” a dizer que os 200 euros só valem para o tal “quando
associado a actividades económicas”. Se um polícia, em Portugal, pode
proibir fotografar com tripé, a pretexto de ser o tripé um equipamento
profissional, decerto que a fotografia livre em «propriedades» do ICNB
só poderá ser feita com telemóveis, de preferência daqueles mais
antigos, quando ainda pesavam vinte quilos e só faziam chamadas.

Cumprimentos,
Paulo Guerra

On 1 Fev, 10:58, K <lki...@gmail.com> wrote:
> Estamos quase... perante o assalto final...
>
> http://www.joseantunes.com/index.php?option=com_content&view=article&...

Antonio Luis Campos

unread,
Feb 3, 2009, 4:13:32 PM2/3/09
to fn...@googlegroups.com
Contem comigo para assinar :-).

Embora ache que esta é (mais) uma daquelas regras que estão escritas mas nunca ninguém cumpre... como quase tudo o que diz respeito à preservação ambiental neste país... Claro que preferiria fotografar descansado, no cumprimento da lei, que ser um fora-da-lei conservacionista :-(

Ora vejam a coisa: alguém é apanhado a fotografar sem autorização.
O que faz o ICN?

- Multa? Isso está regulamentado algures?
- Apreende o material? Isso está regulamentado algures?
- Leva a tribunal? Só se forem doidos! O tempo, dinheiro e os montantes de eventuais indemnizações que tal coisa implicaria só fariam sentido se fosse uma grande produção comercial ou parecido a ter lugar - e nesses casos concordo que paguem (se há milhões em jogo nas campanhas publicitárias, e pagam por um estúdio ou um monumento construído, porque não pagar por usar um cenário natural?).

Resumindo: isto é um absurdo como está, e a "correcção" feita ainda melhor demonstra o quão incipiente e improvisado (desenrascado??? :-) este regulamento é. Mas parece-me que, no país do facto consumado, não é propriamente coisa que deva tirar o sono aos fotógrafos "comuns"... Oxalá não me engane :-)

Abreijos,
 
Antonio Luis Campos
__________________________________________________

FREELANCE PHOTOGRAPHER


Sent: Tuesday, February 3, 2009 1:00:09 PM

Subject: [FotoNaturezaPT] Re: Os Fotógrafos que paguem a Crise!

Joao Maia

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Feb 3, 2009, 5:51:53 PM2/3/09
to fn...@googlegroups.com
Tenho uma sugestao a fazer a este respeito. Antes de se fazer uma exposicao a comunicacao social relativamente a este tema, como o Filipe sugeriu, e muitos de nos (eu incluido) aceitamos, podemos fazer uma tentativa de contactar o ICNB. Tentar ouvir o outro lado, ver a coisa pela outra perspectiva. Bem sei que hao de haver varios de vos a pensar que sou um tanto ou quanto ingenuo e que ja estao fartos de tentar falar com o ICNB sem grande resultado, mas penso que mal nao faz, e pelo menos nao podemos ser acusados (mais uma vez, dirao alguns de vos) de nao tentar ouvir a outra parte.

A ideia que tinha era compilar as duvidas que temos, muitas delas que foram surgindo aqui, sobre a malfadada tabela de precos e enviar um mail ao ICNB, na tentativa que eles nos esclarecam relativamente aos pontos em aberto. O que vos parece ?

Assim de repente, e fazendo uma leitura dos mails trocados, e dos proprios artgigos do Jose Antunes, encontrei as seguintes questoes:

- O que constituem "Terrenos do ICNB" para os efeitos da tabela em questao ?
- O que se consideram visitas pedestres sem guia ? Significa isto que os visitantes dos parques vao ter de pagar o valor que esta tabelado, por uma simples visita ?
- O que se considera o DPM, Dominio Publico Maritimo ?
- O que se consideram "Actividades Economicas" para efeitos de filmagens e sessoes fotograficas ? As seguintes actividades encontram-se englobadas na definicao de "Actividades Economicas":
     - Organizacao de passeios fotograficos ?
     - Fotografia editorial independente (freelancing) ?
     - Fotografia / filmagem documental (por biologos, zoologos, etc) ?
     - Fotografia / filmagem promocional ou para publicidade ?
     - Fotografia amadora ?
- O que se considera "apoio logistico" para efeitos de filmagens e sessoes fotograficas ?
- O que se consideram "accoes promocionais" ?

Se estiverem de acordo e se tiverem mais duvidas ou mais questoes que queiram colocar, por favor digam.

Como diz o Antonio Luis Campos, realmente esta tabela de precos pode ser algo que seja dificil de por em pratica, mas acho que nao nos podemos fiar nisso, e se tivermos a oportunidade de fazer algo agora, entao porque nao faze-lo ?

Cumprimentos a todos,
 
jm

http://www.jmaia.net
http://bigworldlittleguy.blogspot.com



From: Antonio Luis Campos <antc...@yahoo.com>
To: fn...@googlegroups.com
Sent: Tuesday, 3 February, 2009 21:13:32

fernando brito

unread,
Feb 3, 2009, 5:58:17 PM2/3/09
to fn...@googlegroups.com
Este normativo é estúpido em todos os sentidos: pelo absurdo do seu  contéudo e pela impossibilidade de ser aplicado!!! Ou será que vai haver admissões em massa de fiscais no I.C.N??
Li recentemente um livro sobre decretos lei completamente delirantes do tempo do Estado Novo(em que o.exemplo mais conhecido era o de proibir acender isqueiros na via pública sem uma licença especial, mas com a ressalva de que "debaixo de telha" era permitido...) Penso que o normativo do I.C.N  foi "beber a esta fonte". O que é mais grave é que já passaram 34 anos desde o 25 Abril, mas a inspiração para normas inúteis e absurdas continua viva.... 
Alinho em qualquer iniciativa que queiram tomar para denunciar esta trapalhada!! 
Um grande abraço

Carlos Dias

unread,
Feb 3, 2009, 6:09:29 PM2/3/09
to fn...@googlegroups.com
Convém perguntar, também, porque é que os escritores, poetas, humoristas, comediantes, actores, pintores, desenhadores, ilustradores, criativos, e outros que possam extrair conteúdos das áreas do ICN e das quais possam, eventualmente, obter lucros, não estão incluídos nos pagadores. Ou se é só os fotógrafos e cineastas que pagam e porquê esta discriminação. E o que pretendem fazer aos milhares de turistas nacionais ou estrangeiros que continuarão a captar imagens com as suas câmaras, telemóveis e PDAs.

Carlos

Joao Maia wrote:

Claudia Cadima

unread,
Feb 3, 2009, 7:32:20 PM2/3/09
to Foto Natureza
Olá,
 
Eu acho que a ideia do João Maia, de se contactar primeiro o ICNB é a melhor opção, como iníco de conversa.
Não necessáriamente de um modo agressivo, mas usando uma dose de bom senso e fazer as perguntas como qualquer cidadão português, que tenha direito a usar a Arte para captar imagens - de um modo tão simples e inofensivo - da beleza do nosso país.
Não há nada como começar com bases sólidas, tendo a confirmação por escrito da parte dos responsáveis.
Enviar um mail, e caso não respondam - o que provavelmente será o que vai acontecer - podiam ir, por exemplo, dois ou três de nós, expôr as perguntas, pessoalmente...
Quando nos revoltamos com alguma coisa, convém ter uma boa base que sustente a queixa...
Não me parece nada ingénuo. Antes, pelo contrário, muito decente... é a minha opinião... :)
 
Beijos,
 
Claudia
 
 


Date: Tue, 3 Feb 2009 23:09:29 +0000
From: cd2...@carlosdias.net
To: fn...@googlegroups.com

aquade...@gmail.com

unread,
Feb 4, 2009, 4:49:36 AM2/4/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Contem comigo!
Isto não tem ponta por onde se pegue.

Leis destas só vão criar mais uma catrefada de furagidos à lei...

Talvez a Petição online fosse uma excelente opção, pq se atingirmos o
numero mínimo exigido de assinaturas eles são obrigados a levar o
assunto à Assembleia da República.

Cumprimentos

Luis Ferreira
http://www.luis-ferreira.com
http://luisferreirafotografia.blogspot.com

Carlos Dias

unread,
Feb 4, 2009, 7:33:49 AM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
São necessárias 5 mil assinaturas.........

aquade...@gmail.com wrote:

Diogo Verissimo

unread,
Feb 4, 2009, 7:34:20 AM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
Olá a todos,

Faço minhas as palavras do Luis Fereira.

Estas medidas só servem para tirar credibilidade ás autoridades que regem o
ambiente em Portugal.



Diogo Veríssimo
Head of Science
GVI Costa Rica

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Phone (506) 2 709 8052
Europe
W: http://www.gvi.co.uk
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United Kingdom | AL3 4ED
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E: in...@gviusa.com
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252 Newbury Street | Number 4
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Australasia
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E: in...@gviaustralia.com
T: +61 1300 795 013
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From: fn...@googlegroups.com [mailto:fn...@googlegroups.com] On Behalf Of
aquade...@gmail.com
Sent: 04 February 2009 03:50
To: Fotógrafos de Natureza de Portugal
Subject: [FotoNaturezaPT] Re: Os Fotógrafos que paguem a Crise!


Rui Cardoso

unread,
Feb 4, 2009, 11:36:03 AM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
Boas,

Tenho andado meio desaparecido, mas contem comigo seja para uma petição, seja para qualquer outro tipo de acção...

Relativamente a este assunto estou um pouco como cada um de vocês, quando ouvi falar de 200€ por dia a primeira coisa que me veio à cabeça é que para gastar uma soma dessas, mais vale pegar no carro e ir até Espanha, ou juntar o valor de 2 ou mais dias e voar para qualquer parte do mundo em que ainda me sinta bem-vindo a fotografar...

Em termos de acções tb prefiro manter a calma e o bom senso, seja como for tenho uma certa tendencia para ser pessimista e fico sempre com a impressão de que quem quer que seja o nosso interlocutor ele não vai ouvir...

E finalmente vem a aplicação das regras em Portugal... Vamos ter park gates em cada uma das entradas dos parques para cobrar 2,5€ a quem queira entrar?... Sinceramente esta não é a parte que me preocupa, não me importaria de pagar se assim fosse, desde que tivesse a clara noção de que isso iria melhorar o funcionamento e conservação dos nossos parques...

O que me preocupa mesmo é o que será entendido como "fotografar no âmbito de actividades economicas"... Pela minha experiencia e pelo que tenho ouvido temo que a regra seja aplicada de forma abitrária por quem patrulha os parques, e muitas vezes olhando para o equipamento que usamos para tentar avaliar se somos ou não profissionais e se vamos ganhar rios de dinheiro com as imagens que estamos a criar... Voltaremos provavelmente à questão dos tripés para diferenciação entre profissionais e amadores e quando isso não chegar passaremos para o aspecto das maquinas, tamanho das lentes...

E para terminar tb fico com a "ideia" ou "ironia" de que realidade não vai acontecer nada... Vamos provavelmente continuar a fazer o mesmo da mesma forma, mas sempre com a ideia de que oficialmente estamos a fazer algo de errado...

Efim, fazendo contas por alto parece que já so faltam 4980 assinaturas.

Abraços,

-Rui

Luis Bravo Pereira

unread,
Feb 4, 2009, 11:45:46 AM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
Podem contar comigo também... já agora uma sugestão: porque não
contactar a RTP através do jornalista Luís Henrique, que até tem feito
umas notícias sobre meio ambiente?
Podem ver no Blog do próprio:

http://bloguedoluis.blogspot.com/


Cumprimentos

Luís Bravo
2009/2/4 Rui Cardoso <ruisc...@gmail.com>:
--
_______________________________
Luís Bravo Pereira
Porto, Portugal
luis.brav...@gmail.com

Luis Bravo Pereira

unread,
Feb 4, 2009, 12:28:51 PM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
Olá pessoal. Falei agora ao telefone com um amigo que é um dos
sub-directores numa das regiões do ICNB, ele próprio Biólogo e
fotógrafo de Natureza, que também não concorda com esta facção "manga
de alpaca" anti-actividades sustentáveis dentro dos Parques.
Surpreendeu-se muito com esta estranha tabela e mostrou-me outra
página, dentro do mesmo site oficial do ICNB, que não tem nada das
regras descritas na outra tabela de preços! Por isso acalmem-se as
hostes, embora convenha estarmos atentos e saber uma posição oficial
(se é que ela existe, dentro da confusão que é normalmente estes
organismos do estado)!

http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/Turismo+de+Natureza/Pre%C3%A7%C3%A1rio/

Nestas coisas faltava mesmo uma Ordem ou Associação dos fotógrafos de
Natureza, para fazer a educação dos nossos políticos e defender os
nossos interesses:

Cumprimentos

Luís Bravo

Luis Bravo Pereira

unread,
Feb 4, 2009, 12:39:16 PM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
Afinal é a página de enquadramento da Tabela em PDF. Ao que parece, os
fotógrafos amadores não pagam, ou seja, são os prós (seja lá isso o
que for, já que a maioria não vive 100% desta actividade, podendo ter
outras profissões principais) que estão em cheque com estas medidas

2009/2/4 Luis Bravo Pereira <luis.brav...@gmail.com>:

--

Carlos Dias

unread,
Feb 4, 2009, 12:42:11 PM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
Luis Bravo Pereira wrote:
(...)
Nestas coisas faltava mesmo uma Ordem ou Associação dos fotógrafos de
Natureza, para fazer a educação dos nossos políticos e defender os
nossos interesses:

Cumprimentos

Luís Bravo
  
Com Associação ou não, pouco me importa. Desde que me deixem fotografar em paz sem ter projectos ou objectivos concretos do que quer que seja, têm o meu apoio. Há quem vá para os parques passear, caminhar, pescar, caçar(!), destruir dunas, plantas e rochas com as suas motos, fazer parapente, apanhar plantas, deixar lixo e entulho, meditar, desenhar, pintar, contemplar, motivar-se, relaxar, etc, e ninguém se rala com isso. Daí que os fotógrafos --profissionais ou não, de Natureza ou não-- não podem ser tratados de forma discriminatória como a dita tabela supostamente sugere.

Pagar para entrar num Parque, também não me importo. Agora pagar o que quer que seja para fotografar, é que não.

Carlos

Luis Bravo Pereira

unread,
Feb 4, 2009, 12:55:59 PM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
A página que vos enviei tem a resposta a muitas das dúvidas levantadas
pelo Carlos Dias...

Mas obviamente que não acredito que haja suporte legal suficiente para
muitos dos artigos mencionados nesta tabela, quando ser refere a zonas
que não sejam exclusivamente do ICNB. Por exemplo, se eu tivesse uma
casa com terreno -como acontece a muitos cidadão das aldeias do Gerês
e de outras zonas protegidas, mas não é o meu caso- dentro de uma área
protegida, teria que pagar para fotografar dentro da minha própria
propriedade? Mesmo que para fins "comerciais"? Por estas regras diria
que não, o que é obviamente ilegítimo... mas, curiosamente, se fosse
caçador e sócio de uma Reserva de Caça Associativa exactamente nessa
mesma zona, já poderia andar aos tiros, com cobertura legal total!

É este tipo de diferença de tratamento e perseguição aos fotógrafos e
outros amantes de Natureza (montanheiros, naturalistas amadores,
etc.), de actividades perfeitamente compatíveis com a conservação, que
mais me incomoda na mentalidade destes mangas de alpaca... o que se
passa na cabeça desta gente? Não percebo! Pensava que o turismo
sustentável, de que os políticos enchem a boca para dizer que querem
trazer benefícios às populações, até fosse desejável!

Luís Bravo

Joao Maia

unread,
Feb 4, 2009, 1:14:54 PM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
No que diz respeito ao suporte legal, na mesma pagina que enviaste, do lado direito, temos la um link que diz "enquadramento legal". Se tivermos tempo podemos ir la ver o PDF e andar a "lamber" os decretos-lei que la estao referidos.
 
jm

http://www.jmaia.net
http://bigworldlittleguy.blogspot.com



From: Luis Bravo Pereira <luis.brav...@gmail.com>
To: fn...@googlegroups.com
Sent: Wednesday, 4 February, 2009 17:55:59

Subject: [FotoNaturezaPT] Re: Os Fotógrafos que paguem a Crise!

Carlos Dias

unread,
Feb 4, 2009, 1:31:43 PM2/4/09
to fn...@googlegroups.com
Em todo o caso, basta um cidadão não concordar com alguma Lei ou Leis, que tem o direito de apresentar os seus argumentos superiormente, mas não sei se é ao Procurador-Geral de República, se ao Provedor de Justiça. Mas tenho a certeza absoluta que é a um deles. Não sei é qual.

Carlos

Joao Maia wrote:

João M. Gil

unread,
Feb 5, 2009, 10:52:40 AM2/5/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Caros,

Eu voto mais nos passos construtivos, i.e., ajudar as próprias
entidades a corrigir os seus erros mesmo que não venham a admitir
publicamente que estavam a fazer as coisas "menos bem", ou "mal"
mesmo. Isto porque, tal como o Fernando Brito diz bem da nossa
História, as nossas instituições funcionam melhor se o seu orgulho
institucional não for espicaçado..."if you know what I mean". Mas, com
"cuidado", vão lá.

Neste sentido, parece-me mais avisado seguir o que o João Maia e o
próprio José Antunes (e mais outros que o tenham feito e deles me
esteja a esquecer) e pedir esclarecimentos. Imagino, e assim quero
continuar a acreditar (e sei que É assim), que há gente competente no
próprio ICNB e que também precisa de ajuda (no sentido de
interpelações construtivas) de "fora", seja de nós fotógrafos seja dos
novos empreendimentos turíticos que se estão a esforçar por se criarem
nos melhores dos entidos...seja das pessoas que lá vivem e precisam de
espaços e de pessoas revitalizantes e positivas.

Eu diria que as batalhas na comunicação social só ajudam em fases
"terminais", onde se discutem questões de poder...e isso pode não
ajudar, a ninguém.

Mais - imaginam o quanto fiquei revoltado em ver um colega fotógrafo,
mas de eventos/casamentos, a fazer parar dois carros (o seu e o dos
potenciais noivos) no meio da Mata da Albergaria no Gerês, na zona
onde é proíbido estacionar e parar...e eu que lá vou pelo meu pé, com
o material à costas para mostar o que de belo daquele lugar, cumprindo
as regras que estão na Lei (no anterior e ainda em vigor plano de
Ordenamento do Parque) sou "sacrificado" desta forma.

Note-se, ainda, que na longa história do nosso bom Portugal, se tem
muitas vezes sacrificado muitos dos trabalhadores competentes deste
país...indo estes para fora, ou estudar ou trabalhar, nas artes, nas
ciências, etc... Voto para que, nós fotógrafos, ajudemos a que isto
não nos aconteça a nós.
:-)

Sejamos positivos E muito atentos E participativos, sim!
Sugiro pedidos de esclarecimentos, que podem ser feitos em conjunto
com todos a assinar, ou em forma da minuta igual para todos e que cada
um assina e envia.

Abraços
João M. Gil

____________________
Hey!
Visit www.alma-lux-photographia.com

On 4 Fev, 18:31, Carlos Dias <cd2...@carlosdias.net> wrote:
> Em todo o caso, basta um cidadão não concordar com alguma Lei ou Leis, que tem o direito de apresentar os seus argumentos superiormente, mas não sei se é ao Procurador-Geral de República, se ao Provedor de Justiça. Mas tenho a certeza absoluta que é a um deles. Não sei é qual.
> Carlos
> Joao Maia wrote:No que diz respeito ao suporte legal, na mesma pagina que enviaste, do lado direito, temos la um link que diz "enquadramento legal". Se tivermos tempo podemos ir la ver o PDF e andar a "lamber" os decretos-lei que la estao referidos. 
>
> jmhttp://www.jmaia.nethttp://bigworldlittleguy.blogspot.com
>
> Porto, Portugalluis....@gmail.com

ccic...@gmail.com

unread,
Feb 5, 2009, 5:45:01 PM2/5/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Olá a todos,

Creio que a maioria de vcs não me conhece, mas sou ex-técnico do ICNB
(área da ornitologia), hoje em dia faço fotografia de natureza
pontualmente, de forma amadora e essencialmente "subaquática".

Há uma semana atrás, quando conheci a já famosa tabela, tive que
telefonar para alguns ex-colegas questionando-os se haveria alguma
nota explicativa da dita. Em poucos dias nova informação foi publicada
no site do ICNB.

No que há fotografia diz respeito, acho muito questionável que o ICNB
cobre qualquer valor para fotografar, em particular fora dos seus
terrenos. E acho verdadeiramente patéticos os valores publicados na
tabela. Ao contrário do sugerido neste portal, ao que parece não são
só os profissionais a tempo inteiro que têm que pagar, mas todos os
que fazem fotografia da natureza e dela tiram proveitos comerciais.

Na minha modesta opinião, antes de abaixos-assinados, medias e da
busca de soluções contorcionistas, deveriam os fotógrafos de natureza,
numa primeira fase, solicitar uma reunião ao ICNB para se esclarecerem
devidamente e exporem os seus pontos de vista. Seria óptimo se
houvesse uma associação que os representasse.

Para finalizar, escrevo regularmente no blog Ambio - www.ambio.blogspot.com
- onde, já por diversas vezes, estive para abordar a temática da
fotografia da natureza. Entre hoje e amanhã, aproveitarei
definitivamente a oportunidade para o fazer, abordando a questão aqui
levantada.

Cumprimentos,

Gonçalo Rosa
> > Porto, Portugalluis.bravo.pere...@gmail.com

Carlos Dias

unread,
Feb 6, 2009, 4:52:32 AM2/6/09
to fn...@googlegroups.com
Podíamos elaborar um conjunto de perguntas e, eventualmente, sugestões e apresentá-las ao ICN...

A quem devíamos pedir uma audiência? Como tenho horários flexíveis, posso ir.

Carlos

ccic...@gmail.com wrote:

Claudia Cadima

unread,
Feb 8, 2009, 1:53:44 PM2/8/09
to Foto Natureza
Eu também não me importo de ir, tal como o Carlos, se todos decidirem ser a melhor e mais razoável atitude a tomar... no entanto, com a minha pessoa, não sei se ficarão desconfiados. Se fizerem ligação à televisão podem pensar que estamos a fazer daqueles documentários onde tentam apanhar as pessoas desprevenidas... há sempre dois gumes na faca das figuras "públicas"... no entanto, talvez possa ser mais útil se for necessário avançar para instâncias superiores.
Não queria deixar de agradecer ao Gonçalo por ter falado do que sabe com conhecimento de causa, e pelas sugestões dadas.
 
Beijos a todos.
 
Claudia Cadima




Date: Fri, 6 Feb 2009 09:52:32 +0000
From: cd2...@carlosdias.net
To: fn...@googlegroups.com
Subject: [FotoNaturezaPT] Re: Os Fotógrafos que paguem a Crise!

ccic...@gmail.com

unread,
Feb 8, 2009, 2:38:43 PM2/8/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Caros,

Ontem acabei por "postar" no blog Ambio - www.ambio.blogspot.com - um
pequeno texto "Quanto vale uma foto?" sobre parte da minha visão sobre
o assunto. Esta semana, se conseguir arranjar um tempinho, escreverei
uma carta, a título pessoal, ao Presidente do ICNB, alertando para
esta questão.

Não sendo fervoroso adepto de ordens e associações profissionais,
tenho que reconhecer que, para tratar deste tipo de questões, é
fundamental que exista uma entidade que os represente. Talvez seja boa
ocasião para reflectir sobre isso.

E, cara Claudia, não é necessário agradecer. Apenas me meto nesta
questão porque tenho como preocupante que o organismo estatal que
tutela a Conservação da Natureza em Portugal, ao invés de procurar
sinergias nos grupos sociais/profissionais que podem colaborar na
execução dos seus (nossos) objectivos, assuma posições e crie
situações conflituosas com esses grupos, sem qualquer tipo de proveito
para ninguém.

Cumprimentos,

Gonçalo Rosa




Mais uma vez refiro que,





On Feb 8, 6:53 pm, Claudia Cadima <grou_bra...@hotmail.com> wrote:
> Eu também não me importo de ir, tal como o Carlos, se todos decidirem ser a melhor e mais razoável atitude a tomar... no entanto, com a minha pessoa, não sei se ficarão desconfiados. Se fizerem ligação à televisão podem pensar que estamos a fazer daqueles documentários onde tentam apanhar as pessoas desprevenidas... há sempre dois gumes na faca das figuras "públicas"... no entanto, talvez possa ser mais útil se for necessário avançar para instâncias superiores.
> Não queria deixar de agradecer ao Gonçalo por ter falado do que sabe com conhecimento de causa, e pelas sugestões dadas.
>
> Beijos a todos.
>
> Claudia Cadima
>
> _________________________________________________________________
> Drag n’ drop—Get easy photo sharing with Windows Live™ Photos.
>
> http://www.microsoft.com/windows/windowslive/photos.aspx

João M. Gil

unread,
Feb 9, 2009, 6:55:56 AM2/9/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Olá!
Também considero que o papel do Gonçalo Rosa, como melhor conhecedor
do ICNB, foi/é fundamental, também agradecendo-o.
Neste dias vou tentar falar com o José Antunes, porque me pareceria
importante ele também participar numa acção conjunta de pedido de
esclarecimentos e de discussão saudável com o ICNB. Obviamente que não
sei qual a sua posição, não falando por ele.

Sobre as Associações: julgo que o grande problema é o do costume,
quando de está a "fazer pela vida", criando o próprio negócio (seja o
de fotógrafo ou outro qualquer) - falta de tempo. Mas, até uma
Associação se formar, este assunto não deve deixar de avançar. Da
minha parte, também posso enviar carta ao Presidente do ICNB. Falarei
como fotógrafo e como montanheiro, Federado da Fed. Port. de Montanha
e de Escalada (sim, porque estes assuntos não afectam só os fotógrafos
mas actividades desportivas como a de Montanhismo).

Se se fizer a reunião, sugiro haver um prazo para se alinhavarem as
questões, pegando nas que este forúm já delineou.

Ah! Parabéns ao fórum, porque esta discussão prova a sua importância!

Abraços,
JGil


__________________________
Hey!
Visit www.alma-lux-photographia.com

Pedro Cardoso

unread,
Feb 9, 2009, 8:16:26 AM2/9/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Olá a todos,

Quando vi esta tabela, e mesmo depois de sair a 2a versão, quis
acreditar
que isto se aplicava apenas a fotografia publicitária e afins. Aliás,
conversando com uma bióloga de um parque natural foi assim que eles
interpretaram e até acreditei. Mas infelizmente confirma-se, uma das
pessoas
responsáveis por esta tabela acaba de me responder:

------------------------------------------------------------------------------------
Caro Pedro Cardoso,

O que está em causa é tirar as fotos para serem vendidas,
independentemente
do local onde as mesmas sejam publicadas

Atentamente,

Paula Bártolo

Cara Paula Bártolo,

Ainda acerca do Preçário, infelizmente não estou por dentro das
definições.
A actividade fotográfica com fins editoriais (e.g. um artigo numa
revista ou
um livro de fotografia de natureza) está incluída na actividade
comercial?

Muito obrigado,
Pedro Cardoso
Azorean Biodiversity Group
University of Azores
http://www.ennor.org
http://naturgrafia.blogspot.com
pcar...@ennor.org
-----------------------------

-------------------------------------------------------------------------------------

Ainda bem que nos Açores o ICNB não toca, amanhã parece que vai estar
bom
tempo e já tenho sessão marcada...

Apoio obviamente qualquer iniciativa que vise mudar esta situação para
algo
minimamente razoável.

-----------------------------
Pedro Cardoso
Azorean Biodiversity Group
University of Azores
http://www.ennor.org
http://naturgrafia.blogspot.com
pcar...@ennor.org
-----------------------------

Gonçalo Rosa

unread,
Feb 9, 2009, 8:25:14 AM2/9/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Caro João,

Que fique claro que eu não disse que este assunto deve esperar por
haver qualquer Associação ou entidade do género.

Refere que "o grande problema é o do costume, quando de está a "fazer
pela vida", criando o próprio negócio (seja o de fotógrafo ou outro
qualquer) - falta de tempo". É verdade, pois ao que me parece
(sublinho, mais uma vez, que não conheço o meio), relegam-se estes
aspectos para segundo plano e, quando é necessário ter uma entidade
que nos represente para tratar de coisas tão importantes como esta...
não há. Entenda-se que o que aqui pretendo não é fazer uma crítica de
bota abaixo, mas construtiva.

Ao que julgo saber, neste momento está sobre a mesa a questão dos
licenciamentos para fotografar espécies sensíveis à perturbação e, a
não existência de uma entidade que represente os fotógrafos de
natureza, tende a arredá-los da discussão. E não devia ser assim.

Cumprimentos,

Gonçalo Rosa

K

unread,
Feb 9, 2009, 5:34:38 PM2/9/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Carissimos

Tenho observado atentamente este assunto e muito há para dizer...
espero não ser maçador.
1º Se esta tabela é apenas para os ditos "publicitários" então isso
tem de lá estar escrito, pois de boas intenções, de interpretações, e
de conversa de café (pelo menos eu) estou farto!.

2º Acho que todos deveriam ter acesso ao espaço natural publico, sem
custos.
Não sendo a 1ª versão possivel, até aceito em alguns casos uma pequena
taxa e em situações muito particulares uma "taxa" mais pesada. Isto é,
no caso de uma produção publicitária em que envolva muitos meios e
seja necessário estar presente no terreno pessoal do ICNB (vigilantes,
etc.) ou para produções estrangeiras publicitárias/moda, até aceito
que se pague algo mais... Como referi acima.

Como muito bem disse o Carlos Dias, vejam só a quantidade de pessoas
que podem vender o seu “produto recolhido” num espaço natural:
pintores, ilustradores, fotógrafos, operadores de câmara/filme,
escritores, escultores, etc... Até um musico pode ir até um espaço
natural “captar” inspiração... Ou mesmo som... Isto parece ridículo,
mas na realidade são tudo actividades que podem beneficiar da natureza
e apenas a Fotografia e as Filmagens parecem ser um problema! Ou pelo
menos uma fonte de rendimento...
E estou só a falar de paisagens, fotos de flores, macro a insectos,
aves... Já não estando a contemplar a espécies sensíveis ou com
estatuto especial, ou mesmo áreas de acesso restrito.
E qual não seria o dito praticante amador de uma destas actividades,
que perante uma oferta de compra do seu produto (foto, pintura,
desenho, etc...) não venderia esse mesmo produto?
Ou será que o que importa é a intenção?
Eu vou até ao Cabo da Roca para fotografar paisagens para um artigo.
Ao meu lado está outro fotografo que fotografa exactamente a mesma
coisa que eu. Apenas por gosto...
O dito “amador” um dia mais tarde tem a possibilidade de vender
algumas dessas imagens...
Quem paga taxa? Porquê?

3º Em Portugal os ditos "Profissionais" de uma suposta actividade,
Fotografia de Natureza são quase uma miragem...
Perante uma actividade que quase não tem "Profissionais", os poucos
amadores que se preocupam com estas questões de autorizações, regras,
enquadramentos, etc... são pouquíssimos.
Uma associação poderia ser um caminho, mas sinceramente não vejo isso
nos tempos mais próximos. Um associação exige trabalho (muito) e de
várias pessoas... Exige dinheiro (que podem vir de quotas)! Quantos
somos? e dispostos a pagar e a trabalhar?
No horizonte vejo muitos poucos... Ou será que estou a ver mal a
coisa?

4º Quando há boa vontade tudo se pode construir de forma saudável,
equilibrada, fundamentada, com argumentos. Mas neste domínio da imagem
de natureza não vejo isso. O ICNB tem lá os seus "mestres" e pouco tem
que aprender com os de fora. Muitas outras ONG's também tem os seus
"mestres" e pouco necessita da ajuda de fora... e assim se vai
construindo ou destruindo o que ainda há, criam-se regras sem nexo,
códigos de conduta desajustados da realidade, infra-estruturas de
apoio deficientes, etc... Um comportamento típico do português que se
desenrasca em tudo... e sabe de tudo...

Luis Quinta

leonor aguiar

unread,
Feb 10, 2009, 8:15:02 AM2/10/09
to fn...@googlegroups.com
boa tarde. peço desculpa por expressar a minha opinião. em principio não estou inserida nestas taxas porque só sou uma amadoa. mas será mesmo que estou excluida?. qualquer pessoa com uma compacta pode fazer uma foto e vende-la certo? como vão aplicar estas taxas? qualquer profissional tambem o pode fazer com uma compacta e dizer que é amador sem carteira profissional. Acho que tem que estar bem explicito na entrada dos parques, e haver esclarecimentos precisos a tudo isto.
Eu gosto de fotografar nos parques o que me preocupa se for "apanhada" quando só sou uma amadora curiosa com uma camara não compacta, que se confunde com uma profissinal para quem desconhece e é alheio a estes assuntos.
obrigada.
leonor camara

2009/2/9 K <lki...@gmail.com>

Carlos Dias

unread,
Feb 10, 2009, 11:23:43 AM2/10/09
to fn...@googlegroups.com
De facto, Luis, qualquer pessoa, portuguesa ou estrangeira, pode obter inspiração, sob qualquer forma, dentro ou mesmo fora de um Parque e, depois, vir a comercializar os resultados dessa inspiração.

Poderei parecer repetitivo, mas ainda assim achei necessário esclarecer para que fique bem claro o meu (nosso?) ponto de vista. Para além dos exemplos que já discutimos anteriormente, lanço aqui alguns exemplos que são fortemente susceptíveis de porem em causa a viabilidade prática no terreno e coerência lógico-legislativa da dita taxa do ICN:

a) uma fotografia da silhueta da Serra de Sintra --com o palácio e castelo visíveis-- obtida com uma tele-objectiva a partir de Almada (obviamente bem fora dos limites do Parque Natural de Sintra-Cascais[PNSC]). Uma vez que a imagem final só tem elementos facilmente reconhecíveis do Parque, vai o ICN taxar o fotógrafo? Obviamente que não. Mas então não é uma imagem do PNSC susceptível de ser comercializada?

b) um astro-fotógrafo que fotografe apenas o céu dentro dum Parque (para evitar poluição luminosa das cidades, vilas e aldeias), vai ser taxado pelo ICN? Porquê, se só fotografa constelações, planetas, galáxias, nebulosas? Só se for por estar a usar o solo onde instala o equipamento e a beneficiar do céu escuro... Contudo, nenhuma das imagens que ele captam exibem elementos do Parque. (sei de um astro-fotógrafo português que fotografa o céu profundo na costa do PNSC e até é altamente reconhecido na comunidade astronómica internacional... não sei se comercializa as imagens, mas nada o impede de o fazer)

c) Como a actividade de fotografia de Natureza --independentemente de ser amadora ou profissional; até porque nada impede que um amador facture mais do que um profissional-- depende das condições meteorológicas e de luminosidade/cor, muitas vezes não se registam quaisquer imagens durante as horas de permanência num Parque. Vai o ICN taxar 200EUR por dia ao fotógrafo que acabou por não registar nenhuma imagem? E nos casos em que o fotógrafo passa vários dias (a 200EUR por dia!) escondido, para registar, em alguns minutos, aquele momento crucial do qual, muito provavelmente, só vai publicar uma ou duas imagens a preços muitas vezes ridículos? Isto se conseguir convencer o editor...

d) Sei de um engenheiro de som(?) estrangeiro (inglês?) que percorre o planeta a gravar sons dos insectos no solo e das ondas captados sob a areia molhada com equipamento áudio avançado que depois vende em todo o mundo sob a forma de DVDs de colecção de autor, para canais de TV, editoras de música, músicos, DJs, etc. Vai o ICN taxar este artista? (a título de curiosidade, diz que o som do rebentamento das ondas é muito diferente de praia para praia e que depende de muitos factores)

e) Como vai o ICN taxar um mero curioso e visitante dum Parque que com a sua câmara obtém uma imagem fantástica que depois pode, ou não, comercializar? Como é feito este controlo no terreno? Este "fotógrafo" até pode ser morador do Parque, pelo que nem sequer poderá ser taxado á entrada... Uma vez que os Parque portugueses comportam centenas de vilas e aldeias, como vai o ICN distinguir moradores de visitantes?

f) Um escritor pode ir viver para um Parque para se inspirar e escrever um livro que poderá vir a ser um best-seller ou até mesmo um Prémio Nobel. Por que razão o ICN não taxa neste caso? Quais os critérios que distinguem um escritor dum fotógrafo quanto à aplicação da taxa? Semelhante lógica deverá ser aplicada a qualquer outra forma de obtenção de receitas, como por exemplo, pescadores e caçadores que, muitas vezes, matam espécies no defeso ou até mesmo espécies que se encontram protegidas por Lei, e que depois consomem e/ou comercializam. Nota: os caçadores e pescadores são dos mais poluidores dos Parques, pois espalham, sem a mínima consciência ambiental, chumbo (altamente tóxico e que entra na cadeia alimentar dos humanos), plásticos, latas, fios, redes, anzóis, chumbadas...

g) Porquê esta obsessão por parte do ICN pelos fotógrafos/publicitários, quando muitos outros podem beneficiar da comercialização dos elementos físicos, pictóricos ou emocionais captados nos Parques? Quais os critérios objectivos que os distinguem?

h) Quais os critérios que levaram à fixação do valor de 200 EUR/dia?

i) Qual o destino concreto a dar às receitas obtidas desta taxa?

Relativamente à Associação Portuguesa de Fotógrafos de Natureza, até posso colaborar na sua criação, inscrever-me, pagar quotas, participar, mas já pertenci vários anos a uma associação nacional oficial sem fins lucrativos e garanto-vos que é necessário tratar de MUITA burocracia que NADA tem a ver com Fotografia, começando pela redacção e discussão dos Estatutos que têm de ser publicados no Diário da República, registo e pagamento(?) no Notário/Conservatória(?), definição do logo, abertura de Sede (renda mensal?), reuniões, redacção das aborrecidíssimas actas (obrigatórias), assembleias, eleições para as mesas das assembleias (presidente, vogais, tesoureiro), relatório de contas........ É quase como gerir um condomínio. Em todo o caso, podemos (devemos?) tratar disto.

Pergunto:
Dos 81 membros registados neste Fórum FNP, quem está disposto a tratar da APFN com regularidade?
Qual a quota mensal que estariam dispostos a pagar? (5/mês? 10/mês?)

Já agora, alguém conhece um sistema online grátis na qual podemos criar e gerir votações online?

Mas sobre este assunto em concreto, provavelmente é melhor criarmos outro post com assunto diferente.

Carlos

K wrote:

Gonçalo Rosa

unread,
Feb 10, 2009, 12:58:10 PM2/10/09
to fn...@googlegroups.com
Caros,
 
Interessantes alguns dos aspectos levantados pelo Carlos Dias. Acrescento um mais. Que sentido faz taxar um fotógrafo de natureza que pretende fotografar umas Abetardas, em terreno privado, sendo o ICNB a receber a totalidade das receitas. Quem fez mais para que as Abetardas ali se encontrem... o ICNB ou o agricultor?
 
E se o agricultor, proprietário daquele terreno, numa área protegida qualquer, for fotógrafo e pretender fazer uma reportagem fotográfica das "suas" abetardas? Faz algum sentido pagar por isso?
 
Mas para além destas questões algo hilariantes e patéticas, é bom que não nos alheemos do essencial...  
 
Cumprimentos,
 
Gonçalo Rosa
 
 
----- Original Message -----

João Quintela

unread,
Feb 10, 2009, 6:19:22 PM2/10/09
to fn...@googlegroups.com

Caros…

 

Parece-me que estas tabelas são para nivelar os preços practicados pelo ICN nos casos em que tem de os fazer, designadamente na área do Cinema/Televisão/Publicidade – onde trabalhei quase 20 anos – onde as taxas eram variadas, por vezes ao gosto dos fregueses, e variavam de sitio para sitio – Sei por experiencia própria.

 

Tambem aceito que se cobrem de outras produções publicitárias – independentemente do meio envolvido – cinema, video ou fotografia…

 

Agora não me parece que o ICN queira cobrar o que quer que seja a qualquer um de nós , isto é, Profissionais/amadores avançados/curiosos da Fotografia da Natureza, se formos fazer uns bonecos dentro dos parques (e mesmo que envolva alguma logistica tipo Abrigo ou outro – mas ai um pouco de tacto e senso comum a priori resoveria o assunto, não?)

 

Parece-me que estão a criar problemas onde não existem! (mas isso não invalida, de todo, uma cartinha simpática dirigida aos senhores a explicar a nossa posição e a pedir a clarificação da “coisa”)

 

Fiquem bem

Beijos e abraços

 

P.S. Hoje estive na Serra da Estrela a fotografar e ninguem me pediu dinheiro…ainda bem!

 

 

 

Gonçalo Rosa

unread,
Feb 11, 2009, 4:09:37 AM2/11/09
to fn...@googlegroups.com
Caro João,

Ao fazer um post sobre este assunto num outro blog, tive comentários de Henrique Pereira dos Santos, que foi o director do departamento do ICNB que deu o aval à publicação desta tabela. E que afirma:

"Posto isto tudo admito que há um excesso do ICNB em relação à fotografia e filmagens, já propuz em determinada altura que fosse restingido à fotografia e filmagem publicitária (que de facto exige outro tipo de meios e acarreta custos de vewrificação e controlo por parte do ICNB bem mais significativos), quer aqui nos pagamentos de serviços, quer nos planos de ordenamento (aqueles em que trabalhei mais directamente ou não têm referências a isto ou se têm foi porque achei que já chegava de discutir com os meus colegas)."

Também no site do ICNB se pode ler:

6) O que se entende  por sessões fotográficas, enquanto actividade económica? Aos visitantes em geral (lazer) também é aplicado o preçário?
As sessões fotográficas aqui referidas são todas aquelas que se destinam a fins comerciais, não estando por isso contempladas as fotografias tiradas pelos visitantes em actividades de lazer.


Não me parece que haja grande margem para o seu optimismo, quando diz que "Parece-me que estão a criar problemas onde não existem! ". Acredito que com diálogo, as coisas se resolvem, mas parece-me clara a inclusão da Fotografia da Natureza.

Cumprimentos,

Gonçalo Rosa


leonor aguiar

unread,
Feb 11, 2009, 4:18:44 AM2/11/09
to fn...@googlegroups.com
bom dia. peço desculpa pelo meu atrevimento, mas coloco uma questão. Qualquer pessoa pode entrar nos parques e tirar fotos com uma compacta, por exemplo, fazer varias fotos e vende-las certo? como fazem entam a distinção? Eu gosto de visitar os parques e de fotografar sou uma amadora curiosa, mas quem acredita em mim? qualquer pessoa pode dizer o mesmo, sou visitante/turista não tenho carteira profissional. Como é colocada a taxa?
Hoje em dia existem maquinas "pessoais" que parecem profissionais, portanto é dificil para quem é alheio ao assunto. Teremos que andar sempre com as compactas, para não ser aplicada a taxa?
obrigada pela atenção. leonor

João M. Gil

unread,
Feb 11, 2009, 4:33:22 AM2/11/09
to Fotógrafos de Natureza de Portugal
Caros,

Umas notas:
- para as pessoas de entenderem e defenderem uma causa cívica, não
são necessárias estruturas formais como uma Associação, especialmente
pelo que o Carlos Dias e Luís Quinta re-afirmaram (o tempo, o
trabalho, o dinheiro...);
- como diz um amigo meu, a evolução de uma sociedade mostra-se pelas
acções cívicas que existem, mesmo que seja a defesa de um tipo de
música (não tem que haver uma associação);
- os abaixo-assinados não têm que seguir as "Petitions On-line",
tendo receio que uma entidade como o ICNB (na nossa cultura Lusa) não
a vá encarar a 100%;
- quando digo que o problema de formar uma Associação "é o do
costume", não estou a sacudir a água do meu capote - eu próprio não
conseguiria encaixar cabeça, tempo e dinheiro para esse objectivo de
colaboração (já pertenço a outra Associação e pouco tempo tenho para
eles...) - não estava a criticar ninguém em específico, mas sim a ser
realista (pelo menos do meu ponto de vista). Apoiaria sim, mas uma
Associação não se forma com "Apoios" e "Boas Intenções" apenas;
- na minha modesta opinião, parece ser um bom timing para se
concretizar uma carta, talvez formal, e com a indicação dos nomes de
quem a demonstra apoiar. Eu apoio o Carlos Dias, seguindo o que ele já
tinha sugerido;
- o ICNB está, pelo que vejo no terreno, a braços com problemas de
interação com algumas entidades (e Associações), sendo o nosso
contributo como fotógrafos útil para além deste âmbito nosso;
- julgaria que ninguém está a exagerar nem a fazer leituras
sentimentais do assunto (depois de uns dias de rubro do assunto, na
semana passada);
- a ideia de andar a remediar em torno das regras que uns fazem (não
são "uns" quaisquer, mas o "nosso", "de nós que vivemos aqui" ICNB),
sem as debater e discutir, a mim não me agrada muito e não leva a
nossa Terra (incluindo a Natureza) para a frente.

Abraços,
João Gil
> joaoquint...@netvisao.pt

Gonçalo Rosa

unread,
Feb 11, 2009, 4:50:50 AM2/11/09
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No essencial, concordo consigo João. Mas repito, mais uma vez, a existência de uma entidade (Associação ou afim) que representa os Fotógrafos de Natureza, facilita muito o diálogo com uma entidade pública. Uma coisa é um ou um grupo de fotógrafos que enviam uma carta, outra é uma entidade que os representa.
Gonçalo Rosa

Joao Maia

unread,
Feb 11, 2009, 4:56:10 AM2/11/09
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Tambem nao concordo com o Joao quando ele diz que "estamos a criar problemas node nao existem", por um motivo muito simples. Ainda ha pouco tempo o nosso colega Pedro Cardoso publicou aqui na lista a resposta de uma tal de Paula Bartolo, do ICNB em que se dizia, entre outras coisas:


"O que está em causa é  tirar as fotos para serem vendidas, independentemente do local onde as mesmas sejam publicadas"

Ora tendo em conta que esta Paula Bartolo e do departamento de Comunicacao e Gestao de Operacoes, e que e a autora do documento "Enquadramento Legislativo" que esta publicado no site do ICNB, na pagina onde se fala da malfadada tabela de visitacao, parece-me que temos uma posicao oficial do ICNB sobre este assunto.
 
Portanto parece-me que vamos ter realmente um problema. Ainda que alguns de nos possamos alegar que nao somos profissionais e que nao vendemos fotos (muito embora a mim por exemplo, ja me disseram que sou profissional porque tenho tripe, e ja me disseram que nao sabiam se eu no futuro nao iria vender fotos), ha pessoas que ja sao conhecidas dos responsaveis do ICNB pelo trabalho que tem desenvolvido ao longo dos anos (lembro-me do Luis Quinta, Joao Nunes da Silva, etc) que se calhar nao vao ter grandes hipoteses. Acho que e uma boa altura para compilarmos a tal lista de perguntas e ir ao ICNB falar com as pessoas em causa. Caso esta hipotese nao tenha sucesso, podemos partir para outras instancias, como por exemplo (e porque nao) a Comunidade Europeia. Eu tenho um contacto de uma pessoa em Bruxelas a quem podemos fazer uma exposicao.

Sobre a questao associativa, dois pontos: em primeiro lugar nao me importaria de pagar para fazer parte de uma associacao nacional de fotografia de natureza (desde que o valor em causa fosse razoavel), em segundo lugar o processo de criacao de uma associacao hoje em dia esta facilitado por intermedio de uma coisa chamada "associacao na hora" (procurem no google por "associacao na hora" com aspas e tudo). Anida ha pouco tempo tive a oportunidade de criar uma associacao por causa de outra actividade a que me dedico e ja nao e assim tao complexo e burocratico. Ainda ha burocracias, mas a coisa esta ja simplificada. Se se decidir avancar por este lado falem comigo que eu posso partilhar convosco a minha experiencia.

Cumprimentos a todos,

jm

http://www.jmaia.net
http://bigworldlittleguy.blogspot.com



From: Gonçalo Rosa <ccic...@gmail.com>
To: fn...@googlegroups.com
Sent: Wednesday, 11 February, 2009 9:09:37

Subject: [FotoNaturezaPT] Re: Os Fotógrafos que paguem a Crise!

João Nunes da Silva

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Feb 11, 2009, 6:06:53 AM2/11/09
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  Caros,

   Penso que acima de tudo, devemos ter bom senso.  

   Acho que esta famosa lista é um documento interno para orientação, uma vez que não foi publicada em lado nenhum.

   Acredito que nalguns locais e dependendo dos vigilantes que actuam, alguém possa ser incomodado por estar a fotografar com “tripé”, mas não me parece que vão chatear toda a gente que vai fazer umas imagens às nossas áreas protegidas, salvo se estiverem em zonas de acesso proibido, ou se forem grandes produções, aí sim. O caso de Sintra-Cascais é talvez o exemplo que conheço, onde mais gente tenha sido incomodada.

    Por exemplo, ando há cerca de uma ano a fazer um levantamento  para uma entidade, que por acaso tem terrenos dentro da Reserva Natural do Estuário do Sado. Tenho uma carta a dessa entidade  autorizar-me a fotografar nos seus locais. Como é que fica a autorização do ICNB nisto? Vão-me proibir, ou vou ter que pagar 200 € cada vez que lá for? E aqueles que tem carteira profissional de (foto) jornalista, o ICNB vai-os impedir de fazer o seu trabalho? Não me parece!

    Eu pessoalmente, vou continuar a agir da mesma maneira e recomendo que façam o mesmo, até porque seria obrigação do ICNB falar com quem de direito (nós), sobre a elaboração desta lista, independentemente de haver associação ao não. Seria fácil escolherem um ou dois fotógrafos de Natureza, para discutir estas ideias, que depois seriam transmitidas ao forum. Será que o ICNB não sabe que existem profissionais nesta área? Claro que sabe! Mas como é regra geral, estas normas burocráticas e absurdas são criadas só para nos dificultar a vida e não para ajudar.  

    Tenho feito dezenas de reportagens sobre áreas naturais portuguesas e estou farto da mentalidade de alguns senhores do ICNB que se julgam donos dessas áreas. Quando vimos as publicações do ICNB, e observamos muitas vezes a qualidade péssima das suas imagens, sabemos que muitas delas são feitas pelos vigilantes ou pelos próprios autores. Por alguma razão o ICNB é das únicas entidades públicas que nunca recorre aos “verdadeiros” fotógrafos de Natureza, porque será?

    Cumprimentos e... Bom trabalho

    
João Nunes da Silva
Fotógrafo de Natureza

joaonune...@clix.pt
www.joaonunesdasilva.com
Ilustranatur.blogspot.com




Gonçalo Rosa

unread,
Feb 11, 2009, 7:26:04 AM2/11/09
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Caro João Silva,
 
Se deres uma olhada em   http://portal.icnb.pt/NR/rdonlyres/9D039998-6FCD-48AF-ADE2-DCEE8DE4A197/0/Precario_Dez2008.pdf   verás que quando afirmas que "esta famosa lista é um documento interno para orientação, uma vez que não foi publicada em lado nenhum" estás claramente equivocado.
 
Quando afirmas que "Acredito que nalguns locais e dependendo dos vigilantes que actuam, alguém possa ser incomodado por estar a fotografar com “tripé”, mas não me parece que vão chatear toda a gente que vai fazer umas imagens às nossas áreas protegidas, salvo se estiverem em zonas de acesso proibido, ou se forem grandes produções, aí sim. O caso de Sintra-Cascais é talvez o exemplo que conheço, onde mais gente tenha sido incomodada.", fico um pouco espantado. Não é nada disso que eu leio na (pouca) informação fornecida pelo ICNB numa das páginas do seu website e que me parece que ainda não conheces... -   http://portal.icnb.pt/ICNPortal/vPT2007/O+ICNB/Turismo+de+Natureza/Pre%C3%A7%C3%A1rio/   - e essa de depender do "vigilante que actua" e já agora, acrescento eu, da conversa que o fotógrafo lhe der, remete-nos para o nacional porreirismo com o qual, confesso, tenho dificuldades de conviver. Se há regulamentação/legislação, que seja sensata e que se cumpra.
 
Quando afirmas "Por exemplo, ando há cerca de uma ano a fazer um levantamento  para uma entidade, que por acaso tem terrenos dentro da Reserva Natural do Estuário do Sado. Tenho uma carta a dessa entidade  autorizar-me a fotografar nos seus locais. Como é que fica a autorização do ICNB nisto? Vão-me proibir, ou vou ter que pagar 200 € cada vez que lá for? E aqueles que tem carteira profissional de (foto) jornalista, o ICNB vai-os impedir de fazer o seu trabalho? Não me parece!".
 
Mas não é essa a leitura que se faz nas páginas do ICNB acima referidas. Passo a transcrever dois pontos daquelas páginas:
 
5) O preçário aplica-se a todas as Áreas Protegidas, mesmo em terrenos que não são propriedade do ICNB?

Sim. Sempre foi utilizado um preçário por Área Protegida, a diferença é que o actual estabelece uma uniformidade nos preços e foi divulgado publicamente.

6) O que se entende  por sessões fotográficas, enquanto actividade económica? Aos visitantes em geral (lazer) também é aplicado o preçário?
As sessões fotográficas aqui referidas são todas aquelas que se destinam a fins comerciais, não estando por isso contempladas as fotografias tiradas pelos visitantes em actividades de lazer.

 

E para terminar, dizes "Eu pessoalmente, vou continuar a agir da mesma maneira e recomendo que façam o mesmo"... pois, é o nacional porreirismo do costume...!

Creio que ao fim destes comentários é mais do que clara a minha opinião, cabe principalmente aos mais afectados (aqueles que tiram proveito comercial da fotografia de natureza, profissionais ou não) agirem como melhor entenderem.

Cumprimentos,

Gonçalo Rosa

 


 
 
----- Original Message -----
Sent: Wednesday, February 11, 2009 11:06 AM
Subject: [FotoNaturezaPT] Re: Os Fotógrafos que paguem a Crise!

Antonio Luis Campos

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Feb 11, 2009, 7:53:12 AM2/11/09
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Olá a todos.

Com os recentes desenvolvimentos que apontam para uma intenção real do ICNB manter a politica de cobranças segundo uma lista (seja exactamente esta ou seja alterada), acho que sem dúvida se deveria pelo menos tentar uma reunião com o Instituto, compilando as muitas questões que aqui foram sugeridas, a serem discutidas e entregues por escrito, para não haver dúvidas.

Embora, enquanto profissional, seja um dos potencialmente lesados com isto, o facto de não estar em Lisboa e de nas próximas semanas sair (do continente, não do pais :-) dificultam-me uma eventual ida a essa reunião. Mas havendo já voluntários, não será grave.

Se o ICNB não reagir ao pedido de reunião (ou, pior, recusá-lo), então pode-se avançar para outros meios, nomeadamente por via postal e comunicação social.

Quanto à Associação, também concordo que seria muito mais fácil se ela existisse. Estou naturalmente disposto a apoiar a iniciativa e ser membro, mas tendo terminado recentemente uma participação bastante activa de 15 anos numa das maiores ONGs nacionais, encontro-me num "período de defeso" :-), sem disponibilidade para integrar a mão-de-obra que, sem dúvida, tal iniciativa requer.
 
Um abraço,

Antonio Luis Campos
__________________________________________________

FREELANCE PHOTOGRAPHER



From: Gonçalo Rosa <ccic...@gmail.com>
To: fn...@googlegroups.com
Sent: Wednesday, February 11, 2009 12:26:04 PM
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