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Informações sobre como participar desta atividade do JOVAED:
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Sim, podemos continuar nossas conversas!
Eu gostaria de conhecer mais casos de DO-Ins, e refletir sobre as
diversas formas de atuação, estratégias, resultados etc.
Estou vendo agora os vídeos de um professor, Heitor Castro, que criou
uma rede de escolas de música.
Começou com aulas presenciais e depois, através do YouTube, lançou
vídeos didáticos. Passou em seguida a vender revistas e DVDs com seu
método musical aplicado a violão, guitarra, piano e teclado.
Vale dar uma olhada:
http://www.youtube.com/watch?v=r82enG7qNwY&feature=related
http://maisquemusica.com.br/
http://loja.maisquemusica.com.br/ecommerce_site/index.php?pg=conteudo&idpag=173&cdg=3820&sid=3ge19642ab8osbb7mj28ohiio0-1311453541
Quem sabe podemos convidar professores assim para vir aqui contar seus
percursos?
Abraços,
Régis
Tem lugar sim, seja bem vinda ;-)
Se tiver alguma pergunta ou comentário que deseje fazer a respeito dos
tópicos que discutimos anteriormente, fique à vontade, ok?
Estamos devagar aqui no grupo, mas à medida que alguém trouxer questões
interessantes voltamos à ativa ;-)
Um grande abraço,
Régis
Sim, tem muita coisa para se dizer sobre avaliação... fico devendo o
artigo, ok? ;-)
Mas como o tema deste grupo é docência independente, focalizamos a
atividade do professor e seu desejo de se manter em tal condição.
Pensei então que seria interessante criar dois questionários de
auto-avaliação: um para professores que desejam trabalhar desse modo
(Quem está preparado? Quem ainda não está?) e outro para aqueles que já
trabalham como DO-Ins e gostariam de avaliar / contrastar sua atividade
independente com outras formas de trabalho (Vale a pena investir em uma
iniciativa assim? Como está a satisfação pessoal? Há outras
oportunidades melhores em vista?).
Fica a idéia se alguém quiser levar adiante...
Abraços,
Régis
Os objetivos de um curso podem incluir mudan�as organizacionais ou
sociais, por exemplo: aumento de produtividade em um setor de uma
empresa; apoio na obten��o do primeiro emprego por jovens em comunidades
carentes.
Esses objetivos maiores, precisam, no entanto que sejam alcan�ados os
objetivos de aprendizagem de seus cursos. Esses objetivos de
aprendizagem s�o formulados, por sua vez de acordo com a classifica��o
mais adequada, ou aquela com que os educadores que projetam o curso tem
familiaridade. No meio corporativo usa-se bastante o modelo simples CHA
(conhecimentos conceituais + habilidades + compet�ncias). Em outros
meios outras classifica��es podem ser utilizadas para formular os
objetivos de aprendizagem.
Compet�ncias � um termo utilizado com frequencia para designar a
combina��o de conhecimentos conceituais (teoria) + habilidades
intelectuais ou psicomotoras (saber fazer) + atitudes (desejo ou avers�o
com rela��o a algo).
Trata-se de uma unidade para pensarmos as aprendizagens que desejamos
promover. H� outras classifica��es mais complexas como a de Bloom e de
Gagn�, al�m de classifica��es quanto aos tipos de aprendizagens conforme
a �rea de estudo, por exemplo: alfabetiza��o, matem�tica, m�sica,
esportes, idiomas estrangeiros etc.
O conceito de compet�ncias embora simples e gen�rico, j� ajuda bastante
quando aplicado. Veja que na escola e universidade boa parte dos
esfor�os focalizam teoria, e desconsideram o exerc�cio de aplica��o do
que se aprende, bem como o desejo de aprender, isto �, a motiva��o dos
aprendizes com rela��o ao campo de estudo/trabalho.
N�o h�, portando oposi��o entre objetivos e compet�ncias. Objetivos de
aprendizagem podem ser descritos na forma de compet�ncias a se alcan�ar.
� preciso, e isso � importante, n�o confundir os dois n�veis de
objetivos que uma iniciativa educacional pode buscar: mudan�as
organizacionais / sociais e a aprendizagem de determinado p�blico.
A primeira depende da segunda.
Ocorre que muitos projetos se limitam a listar objetivos organizacionais
e sociais e n�o descrevem de modo suficiente quais s�o exatamente as
aprendizagens que poderiam dar suporte aos mesmos. E, ao n�o descrever
bem os objetivos de aprendizagem, n�o formulam estrat�gias did�ticas
alinhadas com os mesmos. Consequentemente a solu��o (formato final do
curso), dificilmente promove as mudan�as desejadas.
Outro erro comum � descrever objetivos de aprendizagem sem qualquer
refer�ncia quanto aos tipos de aprendizagens envolvidos. N�o usam o
modelo de compet�ncias nem qualquer outro. Isso aumenta as chances de
que sejam deixadas lacunas na forma��o (imprecisa e vaga) que se imagina
/ deseja alcan�ar.
Abra�os,
R�gis
Em 11/09/2011 20:11, Paula Ugalde escreveu:
> Ol� Margarida, R�gis e demais membros deste grande Grupo de Discuss�o!
>
> Realmente Margarida tua tem�tica � muito instigante. Volto a ela
> porque vejo que n�o dialoguei como gostaria, contemplando as demais
> ricas ideias.
>
> Foi focado aqui objetivos de aprendizagem e queria pedir aux�lio
> porque em uma institui��o aprendemos a trabalhar como "objetivos" e em
> outra com "compet�ncias" e isso suscitou d�vidas.
> Entendia que objetivos s�o algo maior a ser alcan�ado, no �mbito de um
> curso, podendo tanto prever saberes ou compet�ncias a serem
> constru�dos.
> Tive uma explica��o de que trabalhar com compet�ncias est� para a
> forma��o utilit�ria para o mercado?
> N�o acho que os cursos devam ser nessa perspectiva mas � importante
> que, al�m dos saberes te�ricos os alunos aprendam a utiliz�-los
> praticamente e isso para mim � uma compet�ncia. O que dizem?
> Tamb�m sei de defesas de que as compet�ncias n�o s�o necessariamente
> evidenciadas durante o curso e que isso n�o significa que n�o
> aprenderam e tamb�m faz sentido, pensando o modo como aprendo.
> Disso que coloco, partilho que ainda n�o estou convencida de que n�o
> devamos contemplar a constru��o de compet�ncias nos cursos - ainda
> que, se considerarmos a possibilidade de essas serem evidenciadas
> 'p�s' curso, nesse caso talvez sua avalia��o precise ser repensada?
> Porque se o objetivo � a forma��o integral, no campo de estudo do
> curso, acredito que ela engloba as habilidades e compet�ncias e isso
> n�o significa inexoravelmente modelar para que realizem de determinado
> modo algo.
> Ser� que consegui expor as d�vidas ou est� confuso?!
>
> Margarida, apreciei o que escreve sobre "aqueles que simplesmente
> colocam a culpa no aluno' e que os professores precisam refletir sua
> a��o e opino que poucos o fazem sim.
> Esclare�o que sou novata e possuo somente pequenas teoriza��es mas
> pelo que leio e refletindo as experi�ncias concordo que os processos
> de ensino e aprendizagem podem ser disjuntivos. N�o � porque um curso
> foi metodicamente pensado e � desenvolvido/operado conforme seu
> planejamento que vai atender as necessidades dos alunos. Nisso, coloco
> como determinante o bom professor, que percebendo as dificuldades
> espec�ficas de um, chegue e dialogue, de seu feedback [aberto a
> resposta do aluno], oriente e mesmo sugira outros recursos - se
> necess�rio, para que avance.
> Cursos em que os professores permanecem mais como observadores e ainda
> que os alunos pe�am aux�lio parecem funcionar na l�gica engessada que
> fala... Por que o professor n�o pode fazer interven��es 'durante' o
> processo? Qual a utilidade de esperar at� que finde o per�odo para
> atribuir um conceito baixo? Qual a l�gica disso?!
> Entendo que s�o variados os fatores que podem impactar e comprometer
> as aprendizagens. Entre esses acredito que pode estar essa falta - a
> passividade do professor em situa��es que poderia auxiliar e
> contribuir para que o aluno avance. Porque se a proposta � lan�ar um
> desafio e observar como se saem e dar feedback apenas ao final, penso
> que, ap�s esse feedback deveria ser dado ao aluno a oportunidade de
> refletir suas constru��es e apresentar uma produ��o e essa sim ser
> avaliada. O que pensam disso?
>
> *Aproveito para perguntar sobre estudos acerca da evas�o da EaD?
>
> O que escreveram sobre "avaliar com" considero extremamente importante
> e mais ainda em cursos de forma��o de professores, porque - repito,
> observo que a tend�ncia � reproduzirem essa postura verticalizada
> junto aos seus pr�prios alunos. Porque as avalia��es n�o podem ser
> negociadas? Ser� que alunos adultos n�o tem capacidade para se
> autoavaliar? Ser� mesmo que os professores conseguem abarcar o todo do
> processo do aluno? Ser� que n�o seria de benef�cio m�tuo os alunos
> dialogarem sobre os feedbacks recebidos? E as avalia��es entre pares:
> n�o podem contribuir? Penso que sim... Que dizem?
>
>
>
> On 10 set, 21:08, Paula Ugalde<pugalde....@gmail.com> wrote:
>> Ol� Prof. R�gis e demais!
>>
>> Como ex aluna do professor tenho comigo que o clima do ambiente pode
>> ser �timo, com pessoas engajadas e colaborando, ainda que mais focadas
>> no alcance dos objetivos de aprendizagem, relacionados as compet�ncias
>> buscadas.
>>
>> Sou uma defensora da aprendizagem colaborativa porque acredito que
>> contribui para as pessoas superarem o individualismo e acho que sen�o
>> todas, a maioria das atividades podem e seria bom que contribu�ssem
>> para que as pessoas passassem a aprender nesta abordagem. Vejo a
>> colabora��o como uma compet�ncia muito importante na atualidade, n�o
>> apenas pelo aspecto utilit�rio, advindo do fato das trocas poderem ser
>> decisivas para que os profissionais se mantenham no mercado, visto que
>> o conhecimento tornou-se intang�vel, como e especialmente pelas
>> aprendizagens humanistas que favorece. Carecemos que a educa��o se
>> volte a forma��o integral do ser.
>>
>> E 'opino' [apenas isso, ok?] que se os participantes [especialmente os
>> iniciantes em EaD], ao menos n�o refletem sobre isso, a tend�ncia �
>> reproduzirem na pr�xis planejamentos que desconsideram o coletivo,
>> focando em atividades individuais. E vou inda adiante, partilhando a
>> percep��o de que alguns docentes precisam reaprender a se comunicar
>> neste novo paradigma. Basta analisarmos as comunica��es na web...n�o
>> precisamos procurar muito para perceber posturas individualistas,
>> falas fechadas ao di�logo, muitas coisas... De outro lado, tamb�m �
>> percept�vel que temos v�rios docentes que veem e procuram inferir com
>> falas fundamentadas e pr�ximas, de modo a serem ouvidos, a lan�ares
>> 'pulgas atr�s das orelhas' da gente. [Cito o Professor Wilson Azevedo
>> em outro espa�o que interagimos e apesar de ler quietinha, tenho
>> adorado e aprendido bastante! ;) Creio que precisamos de algum modo
>> trazer tais reflex�es mas exatamente como o professor Regis fala 'sem
>> notas'. :D O que acham?
>>
>> De outro lado, cursos assim requerem muito mais tempo dos
>> participantes e nem sempre dispomos, ainda que tenhamos uma postura
>> colaborativa. Se as pessoas precisam aprender coisas complexas, r�pido
>> e dispondo de pouco tempo n�o estaremos atendendo suas necessidades se
>> a avalia��o pontuar a participa��o e as intera��es m�tuas.
>>
>> N�o tinha pensado isso que traz R�gis, sobre atribui��o de notas ser
>> um recurso artificial! Que bom que abri este e-mail pois trabalho a
>> avalia��o no momento e isso que coloca foi determinante para decidir
>> por n�o atribuir, ainda que v� manter uma atividade autoavaliativa
>> para fins de cada um repensar suas contribui��es.
>>
>> Diria professor que essa mensagem � digna de um artigo. Tks! [ ]'s
>>
>> Paula :)
>>
>> On 6 set, 21:16, Margarida Rodrigues<margo...@hotmail.com> wrote:> Ol� R�gis e todos que acompanham este grupo de discuss�o.
>>
>>> Realmente R�gis, voc� tocou em um ponto que talvez poucos pensem, apesar de ser t�o essencial.
>>> "Tudo depende dos objetivos de aprendizagem". Talvez estejamos "engessados" nesse quesito - e em tantos outros. Posso estar enganada, mas, agora lendo sua postagem come�o a pensar de formar mais cr�tica com rela��o �queles que simplesmente colocam a culpa no aluno. Professores devem refletir sobre sua a��o. Isso � um exerc�cio que poucos praticam.
>>> Outra quest�o bastante pertinente e que voc� colocou muito bem � sobre "avaliar com". Na maioria das vezes os processos s�o constru�dos e reproduzidos de cima pra baixo. N�o h� participa��o dos alunos. Afinal, como fazer que os alunos conquistem sua autonomia se na pr�tica n�o damos oportunidade para que iso aconte�a?
>>> Acredito que temos que mergulhar mais fundo em nossos pr�prios objetivos: estudar, pesquisar, observar, duvidar, questionar ... S� assim chegaremos pr�ximo de uma proposta equilibrada e momentaneamente "segura" para avaliar.
>>> Uffa! H� muito que se fazer. Vamos come�ar ent�o!?
>>> Abra�os e obrigada
>>> Margarida
>>> Date: Sun, 4 Sep 2011 21:40:29 -0300
>>> From: rtrac...@gmail.com
>>> To: docencia-onlin...@googlegroups.com
>>> Subject: Re: [DO-In] Discutindo sobre Avalia��o
>>> Ol� Margarida,
>>> Obrigado por colocar essa discuss�o ;-)
>>> Sim, autores de cursos, sejam professores independentes ou aqueles
>>> contratados por institui��es, precisam planejar muito bem os
>>> processos de avalia��o realizados com seus alunos.
>>> N�o penso, contudo, que seja dif�cil avaliar aqueles que n�o enviam
>>> mensagens para o f�rum de um curso. Me refiro a mensagens onde
>>> participem de discuss�es, que entendi ser o foco da quest�o que voc�
>>> colocou. Tudo depende dos objetivos de aprendizagem definidos para
>>> determinado curso. H� objetivos que s�o melhor avaliados pela
>>> entrega de trabalhos, provas, pela realiza��o de simula��es,
>>> auto-avalia��es, ou mesmo avalia��es semanas ap�s a conclus�o de um
>>> curso.
>>> Se os objetivos estabelecem que os aprendizes devem ser capazes de
>>> contribuir para a aprendizagem de outros colegas, da� ent�o vale
>>> avaliar suas contribui��es atrav�s de f�runs (al�m de outros meios
>>> em uso). Por exemplo, cursos de forma��o de docentes, ou gestores
>>> que precisam promover a aprendizagem colaborativa entre suas
>>> equipes, precisam incluir esse tipo de objetivo. Docentes e
>>> �gestores do conhecimento� necessitam saber interagir e contribuir
>>> para a aprendizagem de seus alunos e colegas de trabalho. Em cursos
>>> assim a intera��o atrav�s de di�logos precisa ser avaliada pois �
>>> parte do desempenho final esperado para os participantes.
>>> Ent�o, veja que a aprendizagem entre pares � algo sempre desej�vel,
>>> contudo a quest�o � se a import�ncia dessa din�mica � grande o
>>> suficiente para que seja considerada entre os objetivos de
>>> aprendizagem principais de um curso. H� cursos em que isso �
>>> importante mas n�o � central.
>>> Por exemplo, nos cursos que ofere�o sobre design instrucional, tanto
>>> presenciais quando � dist�ncia, procuro promover tal intera��o mas
>>> n�o a coloco como objetivo de aprendizagem. Trata-se apenas de uma
>>> dentre v�rias estrat�gias did�ticas. � um meio de aprendizagem e n�o
>>> um objetivo de aprendizagem. Os objetivos principais incluem a
>>> compreens�o de uma s�rie de conceitos e a capacidade de elaborar
>>> projetos (isso � o foco da avalia��o).
>>> Desse modo toda turma tem participantes que n�o conversam com os
>>> colegas mas criam excelentes projetos. Avalio apenas qualidade dos
>>> projetos e o quanto determinado participante progrediu com rela��o �
>>> sua condi��o inicial. Esses alunos podem receber notas maiores que
>>> outros que conversaram muito mas n�o criaram projetos ou cujos
>>> projetos n�o ficaram t�o bons.
>>> � preciso considerar, no entanto, que quando algu�m publica suas
>>> atividades diante de colegas de turma, se fizer um bom trabalho,
>>> est� contribuindo com todos os demais uma vez que podem utilizar sua
>>> refer�ncia. H� portanto intera��o / colabora��o de um outro tipo,
>>> que n�o ocorre na forma de conversas, e pode ser bastante
>>> proveitosa.
>>> Participar de di�logos � interessante tanto no presencial quanto
>>> online, ajuda na aprendizagem, mas n�o � necessariamente uma prova
>>> do alcance das compet�ncias esperadas, a menos que dialogar seja
>>> parte dos objetivos de um curso.
>>> Sei que h� autores que promovem essa metodologia, mas pessoalmente
>>> n�o gosto de cursos (presenciais ou � dist�ncia, n�o vejo diferen�a
>>> com rela��o � modalidade, os princ�pios s�o os mesmos) que d�o notas
>>> por participa��o. Este me parece um recurso artificial/for�ado para
>>> gerar motiva��o e intera��o entre os participantes. Se consideramos
>>> desej�vel que haja flexibilidade quanto aos meios de aprendizagem,
>>> cada participante deve ter liberdade para aproveitar a experi�ncia
>>> como preferir. Nem sempre os aprendizes seguem a metodologia de
>>> aprendizagem proposta pelo docente ou por aqueles que projetaram
>>> determinado curso, mas isso n�o significa que seu aproveitamento
>>> ser� necessariamente menor. Um bom sistema de avalia��o precisa
>>> ent�o funcionar bem apesar das diferentes prefer�ncias de
>>> aprendizagem. Por isso vale buscar evid�ncias do alcance dos
>>> objetivos e n�o os meios de aprendizagem propostos.
>>> � verdade, a quest�o � complexa e certamente outros colegas podem
>>> ter pontos de vista diferentes ;-)
>>> Um grande abra�o,
>>> R�gis
>>> Em 31/08/2011 11:06, Margarida Rodrigues escreveu:
>>> Ol� R�gis e demais colegas,
>>> Aproveito o ensejo pra discutir sobre Avalia��o.
>>> Estou participando de um curso onde a discuss�o est� "quente"
>>> com rela��o ao tema.
>>> Como avaliar o aluno se, no f�rum, por exemplo, ele n�o posta.
>>> Quase imposs�vel n�o?
>>> Ent�o, como driblar essa situa��o para aqueles que, ingressando
>>> na EaD, ainda precisam "desconstruir" velhos conceitos
>>> criados no ensino presencial para construir um novo perfil como
>>> aluno.
>>> Isto n�o teria que ser pensado pelos tutores ao montarem seus
>>> cursos?
>>> Como pensar numa avalia��o democr�tica respeitando as limita��es
>>> iniciais dos alunos
>>> em rela��o a EaD se cada um pode se encontrar em um determinado
>>> n�vel de envolvimento com seu pr�prio processo
>>> ensino aprendizagem.
>>> Espero poder contribuir com nosso grupo mexendo um pouco com
>>> este tema bastante delicado e complexo.
>>> Abra�os a todos.
>>> Margarida
>>> --
>>> Informa��es sobre como participar desta atividade do JOVAED:
>>> http://ow.ly/55fx1
>>> Envie suas mensagens para o grupo atrav�s de:
>>> docencia-onlin...@googlegroups.com
>>> Para sair do grupo envie um email para:
>>> docencia-online-inde...@googlegroups.com
>>> Mais op��es em:
>>> http://groups.google.com/group/docencia-online-independente?hl=pt-BR
Oi Paula,
Os objetivos de um curso podem incluir mudanças organizacionais ou sociais, por exemplo: aumento de produtividade em um setor de uma empresa; apoio na obtenção do primeiro emprego por jovens em comunidades carentes.
Esses objetivos maiores, precisam, no entanto que sejam alcançados os objetivos de aprendizagem de seus cursos. Esses objetivos de aprendizagem são formulados, por sua vez de acordo com a classificação mais adequada, ou aquela com que os educadores que projetam o curso tem familiaridade. No meio corporativo usa-se bastante o modelo simples CHA (conhecimentos conceituais + habilidades + competências). Em outros meios outras classificações podem ser utilizadas para formular os objetivos de aprendizagem.
Competências é um termo utilizado com frequencia para designar a combinação de conhecimentos conceituais (teoria) + habilidades intelectuais ou psicomotoras (saber fazer) + atitudes (desejo ou aversão com relação a algo).
Trata-se de uma unidade para pensarmos as aprendizagens que desejamos promover. Há outras classificações mais complexas como a de Bloom e de Gagné, além de classificações quanto aos tipos de aprendizagens conforme a área de estudo, por exemplo: alfabetização, matemática, música, esportes, idiomas estrangeiros etc.
O conceito de competências embora simples e genérico, já ajuda bastante quando aplicado. Veja que na escola e universidade boa parte dos esforços focalizam teoria, e desconsideram o exercício de aplicação do que se aprende, bem como o desejo de aprender, isto é, a motivação dos aprendizes com relação ao campo de estudo/trabalho.
Não há, portando oposição entre objetivos e competências. Objetivos de aprendizagem podem ser descritos na forma de competências a se alcançar.
É preciso, e isso é importante, não confundir os dois níveis de objetivos que uma iniciativa educacional pode buscar: mudanças organizacionais / sociais e a aprendizagem de determinado público.
A primeira depende da segunda.
Ocorre que muitos projetos se limitam a listar objetivos organizacionais e sociais e não descrevem de modo suficiente quais são exatamente as aprendizagens que poderiam dar suporte aos mesmos. E, ao não descrever bem os objetivos de aprendizagem, não formulam estratégias didáticas alinhadas com os mesmos. Consequentemente a solução (formato final do curso), dificilmente promove as mudanças desejadas.
Outro erro comum é descrever objetivos de aprendizagem sem qualquer referência quanto aos tipos de aprendizagens envolvidos. Não usam o modelo de competências nem qualquer outro. Isso aumenta as chances de que sejam deixadas lacunas na formação (imprecisa e vaga) que se imagina / deseja alcançar.
Abraços,
Régis
Em 11/09/2011 20:11, Paula Ugalde escreveu:
Olá Margarida, Régis e demais membros deste grande Grupo de Discussão!
Realmente Margarida tua temática é muito instigante. Volto a ela
porque vejo que não dialoguei como gostaria, contemplando as demais
ricas ideias.
Foi focado aqui objetivos de aprendizagem e queria pedir auxílio
porque em uma instituição aprendemos a trabalhar como "objetivos" e em
outra com "competências" e isso suscitou dúvidas.
Entendia que objetivos são algo maior a ser alcançado, no âmbito de um
curso, podendo tanto prever saberes ou competências a serem
construídos.
Tive uma explicação de que trabalhar com competências está para a
formação utilitária para o mercado?
Não acho que os cursos devam ser nessa perspectiva mas é importante
que, além dos saberes teóricos os alunos aprendam a utilizá-los
praticamente e isso para mim é uma competência. O que dizem?
Também sei de defesas de que as competências não são necessariamente
evidenciadas durante o curso e que isso não significa que não
aprenderam e também faz sentido, pensando o modo como aprendo.
Disso que coloco, partilho que ainda não estou convencida de que não
devamos contemplar a construção de competências nos cursos - ainda
que, se considerarmos a possibilidade de essas serem evidenciadas
'pós' curso, nesse caso talvez sua avaliação precise ser repensada?
Porque se o objetivo é a formação integral, no campo de estudo do
curso, acredito que ela engloba as habilidades e competências e isso
não significa inexoravelmente modelar para que realizem de determinado
modo algo.
Será que consegui expor as dúvidas ou está confuso?!
Margarida, apreciei o que escreve sobre "aqueles que simplesmente
colocam a culpa no aluno' e que os professores precisam refletir sua
ação e opino que poucos o fazem sim.
Esclareço que sou novata e possuo somente pequenas teorizações mas
pelo que leio e refletindo as experiências concordo que os processos
de ensino e aprendizagem podem ser disjuntivos. Não é porque um curso
foi metodicamente pensado e é desenvolvido/operado conforme seu
planejamento que vai atender as necessidades dos alunos. Nisso, coloco
como determinante o bom professor, que percebendo as dificuldades
específicas de um, chegue e dialogue, de seu feedback [aberto a
resposta do aluno], oriente e mesmo sugira outros recursos - se
necessário, para que avance.
Cursos em que os professores permanecem mais como observadores e ainda
que os alunos peçam auxílio parecem funcionar na lógica engessada que
fala... Por que o professor não pode fazer intervenções 'durante' o
processo? Qual a utilidade de esperar até que finde o período para
atribuir um conceito baixo? Qual a lógica disso?!
Entendo que são variados os fatores que podem impactar e comprometer
as aprendizagens. Entre esses acredito que pode estar essa falta - a
passividade do professor em situações que poderia auxiliar e
contribuir para que o aluno avance. Porque se a proposta é lançar um
desafio e observar como se saem e dar feedback apenas ao final, penso
que, após esse feedback deveria ser dado ao aluno a oportunidade de
refletir suas construções e apresentar uma produção e essa sim ser
avaliada. O que pensam disso?
*Aproveito para perguntar sobre estudos acerca da evasão da EaD?
O que escreveram sobre "avaliar com" considero extremamente importante
e mais ainda em cursos de formação de professores, porque - repito,
observo que a tendência é reproduzirem essa postura verticalizada
junto aos seus próprios alunos. Porque as avaliações não podem ser
negociadas? Será que alunos adultos não tem capacidade para se
autoavaliar? Será mesmo que os professores conseguem abarcar o todo do
processo do aluno? Será que não seria de benefício mútuo os alunos
dialogarem sobre os feedbacks recebidos? E as avaliações entre pares:
não podem contribuir? Penso que sim... Que dizem?
On 10 set, 21:08, Paula Ugalde<pugalde....@gmail.com> wrote:
Olá Prof. Régis e demais!
Como ex aluna do professor tenho comigo que o clima do ambiente pode
ser ótimo, com pessoas engajadas e colaborando, ainda que mais focadas
no alcance dos objetivos de aprendizagem, relacionados as competências
buscadas.
Sou uma defensora da aprendizagem colaborativa porque acredito que
contribui para as pessoas superarem o individualismo e acho que senão
todas, a maioria das atividades podem e seria bom que contribuíssem
para que as pessoas passassem a aprender nesta abordagem. Vejo a
colaboração como uma competência muito importante na atualidade, não
apenas pelo aspecto utilitário, advindo do fato das trocas poderem ser
decisivas para que os profissionais se mantenham no mercado, visto que
o conhecimento tornou-se intangível, como e especialmente pelas
aprendizagens humanistas que favorece. Carecemos que a educação se
volte a formação integral do ser.
E 'opino' [apenas isso, ok?] que se os participantes [especialmente os
iniciantes em EaD], ao menos não refletem sobre isso, a tendência é
reproduzirem na práxis planejamentos que desconsideram o coletivo,
focando em atividades individuais. E vou inda adiante, partilhando a
percepção de que alguns docentes precisam reaprender a se comunicar
neste novo paradigma. Basta analisarmos as comunicações na web...não
precisamos procurar muito para perceber posturas individualistas,
falas fechadas ao diálogo, muitas coisas... De outro lado, também é
perceptível que temos vários docentes que veem e procuram inferir com
falas fundamentadas e próximas, de modo a serem ouvidos, a lançares
'pulgas atrás das orelhas' da gente. [Cito o Professor Wilson Azevedo
em outro espaço que interagimos e apesar de ler quietinha, tenho
adorado e aprendido bastante! ;) Creio que precisamos de algum modo
trazer tais reflexões mas exatamente como o professor Regis fala 'sem
notas'. :D O que acham?
De outro lado, cursos assim requerem muito mais tempo dos
participantes e nem sempre dispomos, ainda que tenhamos uma postura
colaborativa. Se as pessoas precisam aprender coisas complexas, rápido
e dispondo de pouco tempo não estaremos atendendo suas necessidades se
a avaliação pontuar a participação e as interações mútuas.
Não tinha pensado isso que traz Régis, sobre atribuição de notas ser
um recurso artificial! Que bom que abri este e-mail pois trabalho a
avaliação no momento e isso que coloca foi determinante para decidir
por não atribuir, ainda que vá manter uma atividade autoavaliativa
para fins de cada um repensar suas contribuições.
Diria professor que essa mensagem é digna de um artigo. Tks! [ ]'s
Paula :)
On 6 set, 21:16, Margarida Rodrigues<margo...@hotmail.com> wrote:> Olá Régis e todos que acompanham este grupo de discussão.
Realmente Régis, você tocou em um ponto que talvez poucos pensem, apesar de ser tão essencial.
"Tudo depende dos objetivos de aprendizagem". Talvez estejamos "engessados" nesse quesito - e em tantos outros. Posso estar enganada, mas, agora lendo sua postagem começo a pensar de formar mais crítica com relação àqueles que simplesmente colocam a culpa no aluno. Professores devem refletir sobre sua ação. Isso é um exercício que poucos praticam.
Outra questão bastante pertinente e que você colocou muito bem é sobre "avaliar com". Na maioria das vezes os processos são construídos e reproduzidos de cima pra baixo. Não há participação dos alunos. Afinal, como fazer que os alunos conquistem sua autonomia se na prática não damos oportunidade para que iso aconteça?
Acredito que temos que mergulhar mais fundo em nossos próprios objetivos: estudar, pesquisar, observar, duvidar, questionar ... Só assim chegaremos próximo de uma proposta equilibrada e momentaneamente "segura" para avaliar.
Uffa! Há muito que se fazer. Vamos começar então!?
Abraços e obrigada
Margarida
Date: Sun, 4 Sep 2011 21:40:29 -0300
From: rtrac...@gmail.com
To: docencia-online-independente@googlegroups.com
Subject: Re: [DO-In] Discutindo sobre Avaliação
Olá Margarida,
Obrigado por colocar essa discussão ;-)
Sim, autores de cursos, sejam professores independentes ou aqueles
contratados por instituições, precisam planejar muito bem os
processos de avaliação realizados com seus alunos.
Não penso, contudo, que seja difícil avaliar aqueles que não enviam
mensagens para o fórum de um curso. Me refiro a mensagens onde
participem de discussões, que entendi ser o foco da questão que você
colocou. Tudo depende dos objetivos de aprendizagem definidos para
determinado curso. Há objetivos que são melhor avaliados pela
entrega de trabalhos, provas, pela realização de simulações,
auto-avaliações, ou mesmo avaliações semanas após a conclusão de um
curso.
Se os objetivos estabelecem que os aprendizes devem ser capazes de
contribuir para a aprendizagem de outros colegas, daí então vale
avaliar suas contribuições através de fóruns (além de outros meios
em uso). Por exemplo, cursos de formação de docentes, ou gestores
que precisam promover a aprendizagem colaborativa entre suas
equipes, precisam incluir esse tipo de objetivo. Docentes e
´gestores do conhecimento´ necessitam saber interagir e contribuir
para a aprendizagem de seus alunos e colegas de trabalho. Em cursos
assim a interação através de diálogos precisa ser avaliada pois é
parte do desempenho final esperado para os participantes.
Então, veja que a aprendizagem entre pares é algo sempre desejável,
contudo a questão é se a importância dessa dinâmica é grande o
suficiente para que seja considerada entre os objetivos de
aprendizagem principais de um curso. Há cursos em que isso é
importante mas não é central.
Por exemplo, nos cursos que ofereço sobre design instrucional, tanto
presenciais quando à distância, procuro promover tal interação mas
não a coloco como objetivo de aprendizagem. Trata-se apenas de uma
dentre várias estratégias didáticas. É um meio de aprendizagem e não
um objetivo de aprendizagem. Os objetivos principais incluem a
compreensão de uma série de conceitos e a capacidade de elaborar
projetos (isso é o foco da avaliação).
Desse modo toda turma tem participantes que não conversam com os
colegas mas criam excelentes projetos. Avalio apenas qualidade dos
projetos e o quanto determinado participante progrediu com relação à
sua condição inicial. Esses alunos podem receber notas maiores que
outros que conversaram muito mas não criaram projetos ou cujos
projetos não ficaram tão bons.
É preciso considerar, no entanto, que quando alguém publica suas
atividades diante de colegas de turma, se fizer um bom trabalho,
está contribuindo com todos os demais uma vez que podem utilizar sua
referência. Há portanto interação / colaboração de um outro tipo,
que não ocorre na forma de conversas, e pode ser bastante
proveitosa.
Participar de diálogos é interessante tanto no presencial quanto
online, ajuda na aprendizagem, mas não é necessariamente uma prova
do alcance das competências esperadas, a menos que dialogar seja
parte dos objetivos de um curso.
Sei que há autores que promovem essa metodologia, mas pessoalmente
não gosto de cursos (presenciais ou à distância, não vejo diferença
com relação à modalidade, os princípios são os mesmos) que dão notas
por participação. Este me parece um recurso artificial/forçado para
gerar motivação e interação entre os participantes. Se consideramos
desejável que haja flexibilidade quanto aos meios de aprendizagem,
cada participante deve ter liberdade para aproveitar a experiência
como preferir. Nem sempre os aprendizes seguem a metodologia de
aprendizagem proposta pelo docente ou por aqueles que projetaram
determinado curso, mas isso não significa que seu aproveitamento
será necessariamente menor. Um bom sistema de avaliação precisa
então funcionar bem apesar das diferentes preferências de
aprendizagem. Por isso vale buscar evidências do alcance dos
objetivos e não os meios de aprendizagem propostos.
É verdade, a questão é complexa e certamente outros colegas podem
ter pontos de vista diferentes ;-)
Um grande abraço,
Régis
Em 31/08/2011 11:06, Margarida Rodrigues escreveu:
Olá Régis e demais colegas,
Aproveito o ensejo pra discutir sobre Avaliação.
Estou participando de um curso onde a discussão está "quente"
com relação ao tema.
Como avaliar o aluno se, no fórum, por exemplo, ele não posta.
Quase impossível não?
Então, como driblar essa situação para aqueles que, ingressando
na EaD, ainda precisam "desconstruir" velhos conceitos
criados no ensino presencial para construir um novo perfil como
aluno.
Isto não teria que ser pensado pelos tutores ao montarem seus
cursos?
Como pensar numa avaliação democrática respeitando as limitações
iniciais dos alunos
em relação a EaD se cada um pode se encontrar em um determinado
nível de envolvimento com seu próprio processo
ensino aprendizagem.
Espero poder contribuir com nosso grupo mexendo um pouco com
este tema bastante delicado e complexo.
Abraços a todos.
Margarida
--
Informações sobre como participar desta atividade do JOVAED:
http://ow.ly/55fx1
Envie suas mensagens para o grupo através de:
docencia-online-independente@googlegroups.com
Para sair do grupo envie um email para:
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PessoALL!
Para mim, essa dificuldade de entender as competências da atual lei de Educação foi sanada com a explicação a seguir, que é equivalente à explicação do Régis. Os objetivos, em geral, referem-se ao conteúdo e as competências, ao desenvolvimento de habilidades para atingir determinados objetivos. O que muda é o foco.
Clecy
Os novos rumos da educação indicam com clareza uma mudança de foco e, em conseqüência uma mudança de meios na intervenção pedagógica. Vejamos o que isso quer dizer.
Na escola tradicional:
O FOCO: Aquisição dos conteúdos, selecionados dos fundamentos das
diferentes ciências, tendo um critério essencialmente acadêmico,
com grande desvinculação das representações já trazidas pelo
aluno e de seu contexto social.
Em nossas memórias estão presentes listas de conteúdos, apresentadas em mínimos detalhes, a serem aprendidas de cor pelos alunos.Escolas “fortes” eram aquelas que exigiam conteúdos mesmo que beirassem ao absurdo e à inutilidade. Para demonstrar que o foco da escola tradicional é aquisição de conteúdos, basta lembrar a cobrança de nomes, datas, fórmulas, conceitos, definições entre outras exigências.
MEIOS PARA ALCANÇAR O FOCO:
Habilidade de memorização e reprodução em momentos de avaliação; a Compreensão é entendida, de forma geral, como capacidade de reproduzir a linguagem transmitida.
Para demonstrar que essa habilidade é a fundamental na escola tradicional é só lembrar os questionamentos de estudo em todas as disciplinas, a repetição de exercícios iguais ou quase iguais aos dados em aula para serem reproduzidos nas provas e, sobretudo, a não possibilidade de “consultar nada” durante a prova (colas!?! Uma fraude absurda!?)
Na nova escola:
O FOCO: Aquisição de competências por meio do desenvolvimento de habilidades nos Domínios: cognitivo, afetivo e psicomotor.
As mudanças sociais e o desenvolvimento tecnológico são tão rápidos que, possivelmente, no momento da entrada do aluno de hoje para o campo profissional, os conhecimentos escolares por ele adquiridos, já não sirvam muito. É só pensar sobre o que cada um de nós recorda da física, da química, da matemática, da história e da geografia que aprendeu na escola e da forma como aprendeu. Se a escola se serviu dos conteúdos naquele momento selecionados, para desenvolver a capacidade de pensar, sintetizar, correlacionar, inferir, entre outras, então preparou o cidadão dando-lhe a competência profissional necessária para enfrentar os conteúdos que a vida lhe apresentar.
MEIOS PARA ALCANÇAR O FOCO:
Os conteúdos selecionados pelo contexto escolar, usando como critérios a relevância, a contextualização e o desenvolvimento dos alunos em cada fase de seu desenvolvimento.
Habilidades se desenvolvem por meio de conteúdos específicos. Esse desenvolvimento dará aos atores do processo da aprendizagem, as competências em campos determinados do saber. Assim, não se trata de minimizar o papel dos conteúdos ou simplesmente abandoná-los. Trata-se de verificar: a) são relevantes no contexto em que são propostos,b) se sua complexidade é adequada ao nível de desenvolvimento dos alunos, c) se sua introdução respeita a história do desenvolvimento dos conhecimentos da disciplina ou área do saber, d) se estão em relação direta ou indireta com o mundo das experiências dos alunos. Com estas características eles servirão de meio para o desenvolvimento de habilidades e alcance das competências desejadas.
Em 11/09/2011 20:11, Paula Ugalde escreveu:
Olá Margarida, Régis e demais membros deste grande Grupo de Discussão!
Realmente Margarida tua temática é muito instigante. Volto a ela
porque vejo que não dialoguei como gostaria, contemplando as demais
ricas ideias.
Foi focado aqui objetivos de aprendizagem e queria pedir auxílio
porque em uma instituição aprendemos a trabalhar como "objetivos" e em
outra com "competências" e isso suscitou dúvidas.
Entendia que objetivos são algo maior a ser alcançado, no âmbito de um
curso, podendo tanto prever saberes ou competências a serem
construídos.
Tive uma explicação de que trabalhar com competências está para a
formação utilitária para o mercado?
Não acho que os cursos devam ser nessa perspectiva mas é importante
que, além dos saberes teóricos os alunos aprendam a utilizá-los
praticamente e isso para mim é uma competência. O que dizem?
Também sei de defesas de que as competências não são necessariamente
evidenciadas durante o curso e que isso não significa que não
aprenderam e também faz sentido, pensando o modo como aprendo.
Disso que coloco, partilho que ainda não estou convencida de que não
devamos contemplar a construção de competências nos cursos - ainda
que, se considerarmos a possibilidade de essas serem evidenciadas
'pós' curso, nesse caso talvez sua avaliação precise ser repensada?
Porque se o objetivo é a formação integral, no campo de estudo do
curso, acredito que ela engloba as habilidades e competências e isso
não significa inexoravelmente modelar para que realizem de determinado
modo algo.
Será que consegui expor as dúvidas ou está confuso?!
Margarida, apreciei o que escreve sobre "aqueles que simplesmente
colocam a culpa no aluno' e que os professores precisam refletir sua
ação e opino que poucos o fazem sim.
Esclareço que sou novata e possuo somente pequenas teorizações mas
pelo que leio e refletindo as experiências concordo que os processos
de ensino e aprendizagem podem ser disjuntivos. Não é porque um curso
foi metodicamente pensado e é desenvolvido/operado conforme seu
planejamento que vai atender as necessidades dos alunos. Nisso, coloco
como determinante o bom professor, que percebendo as dificuldades
específicas de um, chegue e dialogue, de seu feedback [aberto a
resposta do aluno], oriente e mesmo sugira outros recursos - se
necessário, para que avance.
Cursos em que os professores permanecem mais como observadores e ainda
que os alunos peçam auxílio parecem funcionar na lógica engessada que
fala... Por que o professor não pode fazer intervenções 'durante' o
processo? Qual a utilidade de esperar até que finde o período para
atribuir um conceito baixo? Qual a lógica disso?!
Entendo que são variados os fatores que podem impactar e comprometer
as aprendizagens. Entre esses acredito que pode estar essa falta - a
passividade do professor em situações que poderia auxiliar e
contribuir para que o aluno avance. Porque se a proposta é lançar um
desafio e observar como se saem e dar feedback apenas ao final, penso
que, após esse feedback deveria ser dado ao aluno a oportunidade de
refletir suas construções e apresentar uma produção e essa sim ser
avaliada. O que pensam disso?
*Aproveito para perguntar sobre estudos acerca da evasão da EaD?
O que escreveram sobre "avaliar com" considero extremamente importante
e mais ainda em cursos de formação de professores, porque - repito,
observo que a tendência é reproduzirem essa postura verticalizada
junto aos seus próprios alunos. Porque as avaliações não podem ser
negociadas? Será que alunos adultos não tem capacidade para se
autoavaliar? Será mesmo que os professores conseguem abarcar o todo do
processo do aluno? Será que não seria de benefício mútuo os alunos
dialogarem sobre os feedbacks recebidos? E as avaliações entre pares:
não podem contribuir? Penso que sim... Que dizem?
On 10 set, 21:08, Paula Ugalde<pugalde....@gmail.com> wrote:
Olá Prof. Régis e demais!
Como ex aluna do professor tenho comigo que o clima do ambiente pode
ser ótimo, com pessoas engajadas e colaborando, ainda que mais focadas
no alcance dos objetivos de aprendizagem, relacionados as competências
buscadas.
Sou uma defensora da aprendizagem colaborativa porque acredito que
contribui para as pessoas superarem o individualismo e acho que senão
todas, a maioria das atividades podem e seria bom que contribuíssem
para que as pessoas passassem a aprender nesta abordagem. Vejo a
colaboração como uma competência muito importante na atualidade, não
apenas pelo aspecto utilitário, advindo do fato das trocas poderem ser
decisivas para que os profissionais se mantenham no mercado, visto que
o conhecimento tornou-se intangível, como e especialmente pelas
aprendizagens humanistas que favorece. Carecemos que a educação se
volte a formação integral do ser.
E 'opino' [apenas isso, ok?] que se os participantes [especialmente os
iniciantes em EaD], ao menos não refletem sobre isso, a tendência é
reproduzirem na práxis planejamentos que desconsideram o coletivo,
focando em atividades individuais. E vou inda adiante, partilhando a
percepção de que alguns docentes precisam reaprender a se comunicar
neste novo paradigma. Basta analisarmos as comunicações na web...não
precisamos procurar muito para perceber posturas individualistas,
falas fechadas ao diálogo, muitas coisas... De outro lado, também é
perceptível que temos vários docentes que veem e procuram inferir com
falas fundamentadas e próximas, de modo a serem ouvidos, a lançares
'pulgas atrás das orelhas' da gente. [Cito o Professor Wilson Azevedo
em outro espaço que interagimos e apesar de ler quietinha, tenho
adorado e aprendido bastante! ;) Creio que precisamos de algum modo
trazer tais reflexões mas exatamente como o professor Regis fala 'sem
notas'. :D O que acham?
De outro lado, cursos assim requerem muito mais tempo dos
participantes e nem sempre dispomos, ainda que tenhamos uma postura
colaborativa. Se as pessoas precisam aprender coisas complexas, rápido
e dispondo de pouco tempo não estaremos atendendo suas necessidades se
a avaliação pontuar a participação e as interações mútuas.
Não tinha pensado isso que traz Régis, sobre atribuição de notas ser
um recurso artificial! Que bom que abri este e-mail pois trabalho a
avaliação no momento e isso que coloca foi determinante para decidir
por não atribuir, ainda que vá manter uma atividade autoavaliativa
para fins de cada um repensar suas contribuições.
Diria professor que essa mensagem é digna de um artigo. Tks! [ ]'s
Paula :)
On 6 set, 21:16, Margarida Rodrigues<margo...@hotmail.com> wrote:> Olá Régis e todos que acompanham este grupo de discussão.
Realmente Régis, você tocou em um ponto que talvez poucos pensem, apesar de ser tão essencial.
"Tudo depende dos objetivos de aprendizagem". Talvez estejamos "engessados" nesse quesito - e em tantos outros. Posso estar enganada, mas, agora lendo sua postagem começo a pensar de formar mais crítica com relação àqueles que simplesmente colocam a culpa no aluno. Professores devem refletir sobre sua ação. Isso é um exercício que poucos praticam.
Outra questão bastante pertinente e que você colocou muito bem é sobre "avaliar com". Na maioria das vezes os processos são construídos e reproduzidos de cima pra baixo. Não há participação dos alunos. Afinal, como fazer que os alunos conquistem sua autonomia se na prática não damos oportunidade para que iso aconteça?
Acredito que temos que mergulhar mais fundo em nossos próprios objetivos: estudar, pesquisar, observar, duvidar, questionar ... Só assim chegaremos próximo de uma proposta equilibrada e momentaneamente "segura" para avaliar.
Uffa! Há muito que se fazer. Vamos começar então!?
Abraços e obrigada
Margarida
Date: Sun, 4 Sep 2011 21:40:29 -0300
From: rtrac...@gmail.com
To: docencia-online-independente@googlegroups.com
Subject: Re: [DO-In] Discutindo sobre Avaliação
Olá Margarida,
Obrigado por colocar essa discussão ;-)
Sim, autores de cursos, sejam professores independentes ou aqueles
contratados por instituições, precisam planejar muito bem os
processos de avaliação realizados com seus alunos.
Não penso, contudo, que seja difícil avaliar aqueles que não enviam
mensagens para o fórum de um curso. Me refiro a mensagens onde
participem de discussões, que entendi ser o foco da questão que você
colocou. Tudo depende dos objetivos de aprendizagem definidos para
determinado curso. Há objetivos que são melhor avaliados pela
entrega de trabalhos, provas, pela realização de simulações,
auto-avaliações, ou mesmo avaliações semanas após a conclusão de um
curso.
Se os objetivos estabelecem que os aprendizes devem ser capazes de
contribuir para a aprendizagem de outros colegas, daí então vale
avaliar suas contribuições através de fóruns (além de outros meios
em uso). Por exemplo, cursos de formação de docentes, ou gestores
que precisam promover a aprendizagem colaborativa entre suas
equipes, precisam incluir esse tipo de objetivo. Docentes e
´gestores do conhecimento´ necessitam saber interagir e contribuir
para a aprendizagem de seus alunos e colegas de trabalho. Em cursos
assim a interação através de diálogos precisa ser avaliada pois é
parte do desempenho final esperado para os participantes.
Então, veja que a aprendizagem entre pares é algo sempre desejável,
contudo a questão é se a importância dessa dinâmica é grande o
suficiente para que seja considerada entre os objetivos de
aprendizagem principais de um curso. Há cursos em que isso é
importante mas não é central.
Por exemplo, nos cursos que ofereço sobre design instrucional, tanto
presenciais quando à distância, procuro promover tal interação mas
não a coloco como objetivo de aprendizagem. Trata-se apenas de uma
dentre várias estratégias didáticas. É um meio de aprendizagem e não
um objetivo de aprendizagem. Os objetivos principais incluem a
compreensão de uma série de conceitos e a capacidade de elaborar
projetos (isso é o foco da avaliação).
Desse modo toda turma tem participantes que não conversam com os
colegas mas criam excelentes projetos. Avalio apenas qualidade dos
projetos e o quanto determinado participante progrediu com relação à
sua condição inicial. Esses alunos podem receber notas maiores que
outros que conversaram muito mas não criaram projetos ou cujos
projetos não ficaram tão bons.
É preciso considerar, no entanto, que quando alguém publica suas
atividades diante de colegas de turma, se fizer um bom trabalho,
está contribuindo com todos os demais uma vez que podem utilizar sua
referência. Há portanto interação / colaboração de um outro tipo,
que não ocorre na forma de conversas, e pode ser bastante
proveitosa.
Participar de diálogos é interessante tanto no presencial quanto
online, ajuda na aprendizagem, mas não é necessariamente uma prova
do alcance das competências esperadas, a menos que dialogar seja
parte dos objetivos de um curso.
Sei que há autores que promovem essa metodologia, mas pessoalmente
não gosto de cursos (presenciais ou à distância, não vejo diferença
com relação à modalidade, os princípios são os mesmos) que dão notas
por participação. Este me parece um recurso artificial/forçado para
gerar motivação e interação entre os participantes. Se consideramos
desejável que haja flexibilidade quanto aos meios de aprendizagem,
cada participante deve ter liberdade para aproveitar a experiência
como preferir. Nem sempre os aprendizes seguem a metodologia de
aprendizagem proposta pelo docente ou por aqueles que projetaram
determinado curso, mas isso não significa que seu aproveitamento
será necessariamente menor. Um bom sistema de avaliação precisa
então funcionar bem apesar das diferentes preferências de
aprendizagem. Por isso vale buscar evidências do alcance dos
objetivos e não os meios de aprendizagem propostos.
É verdade, a questão é complexa e certamente outros colegas podem
ter pontos de vista diferentes ;-)
Um grande abraço,
Régis
Em 31/08/2011 11:06, Margarida Rodrigues escreveu:
Olá Régis e demais colegas,
Aproveito o ensejo pra discutir sobre Avaliação.
Estou participando de um curso onde a discussão está "quente"
com relação ao tema.
Como avaliar o aluno se, no fórum, por exemplo, ele não posta.
Quase impossível não?
Então, como driblar essa situação para aqueles que, ingressando
na EaD, ainda precisam "desconstruir" velhos conceitos
criados no ensino presencial para construir um novo perfil como
aluno.
Isto não teria que ser pensado pelos tutores ao montarem seus
cursos?
Como pensar numa avaliação democrática respeitando as limitações
iniciais dos alunos
em relação a EaD se cada um pode se encontrar em um determinado
nível de envolvimento com seu próprio processo
ensino aprendizagem.
Espero poder contribuir com nosso grupo mexendo um pouco com
este tema bastante delicado e complexo.
Abraços a todos.
Margarida
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Na minha experiência diária com EaD, percebo que muitos alunos sentem necessidade de serem avaliados por métodos tradicionais.
Parece que há algo errado caso ele participem de um curso online que não possua os mesmos parâmetros avaliativos de cursos presenciais.
Muitos entram em contato via suporte ou tutoria perguntando, “onde estão as questões de marcar X? e a avaliação final ?”
Prefiro que minha taxa de fidelização caia a satisfazer esta necessidade absurda.
Claro que alguns se conscientizam ao longo do curso, mas outros persistem na ideia.
Abraços
Jurandir Rafael
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