EDUCAÇÃO CONTINUADA E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL

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Lucila

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Jul 21, 2011, 7:55:39 PM7/21/11
to Docencia Online Independente
EDUCAÇÃO CONTINUADA E QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL
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Regis Tractenberg

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Jul 22, 2011, 8:18:56 AM7/22/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Bom dia amigos,


Penso que nessa lista devemos receber divulgação de cursos oferecidos por docentes independentes apenas, do contrário este canal perderá seu foco...

Tudo bem?


Abraços,
Régis

Cassandra Amidani

unread,
Jul 22, 2011, 10:21:57 AM7/22/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
 
OI, Régis, bom dia ! Eu estava aguardando a sua intervenção. Concordo totalmente com a sua orientação.
 
grande abraço

--
Informações sobre como participar desta atividade do JOVAED:
http://ow.ly/55fx1
 
Envie suas mensagens para o grupo através de:
docencia-onlin...@googlegroups.com
 
Para sair do grupo envie um email para:
docencia-online-inde...@googlegroups.com
 
Mais opções em:
http://groups.google.com/group/docencia-online-independente?hl=pt-BR

Vanius Santos

unread,
Jul 22, 2011, 12:18:44 PM7/22/11
to Docencia Online Independente
Olá Régis e amigos,

Concordo plenamente. Inclusive, poderíamos movimentar mais este grupo,
na Jovaed foi um dos mais movimentados e sei que criou novas
perspectivas para muitos interessados em EAD que acreditavam sempre
necessário "depender" de uma grande instituição.

Que tal começarmos alguma nova discussão? Alguém pode sugerir um tema
de acordo com a proposta deste grupo?

Creio que tem muita gente boa que pode colaborar.

Forte abraço a todos,

Vanius Ricardo Santos

Mi

unread,
Jul 22, 2011, 9:42:20 AM7/22/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
--
Informações sobre como participar desta atividade do JOVAED:
http://ow.ly/55fx1
 
Envie suas mensagens para o grupo através de:
docencia-onlin...@googlegroups.com
 
Para sair do grupo envie um email para:
docencia-online-inde...@googlegroups.com
 
Mais opções em:
http://groups.google.com/group/docencia-online-independente?hl=pt-BR
Concordo inteiramente, Regis: trata-se de um espaço para TROCAS DE CONHECIMENTOS entre profissionais (atuais e potenciais).

Abs,
Mi

Regis Tractenberg

unread,
Jul 23, 2011, 4:43:24 PM7/23/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Olá Vanius,

Sim, podemos continuar nossas conversas!
Eu gostaria de conhecer mais casos de DO-Ins, e refletir sobre as
diversas formas de atuação, estratégias, resultados etc.

Estou vendo agora os vídeos de um professor, Heitor Castro, que criou
uma rede de escolas de música.
Começou com aulas presenciais e depois, através do YouTube, lançou
vídeos didáticos. Passou em seguida a vender revistas e DVDs com seu
método musical aplicado a violão, guitarra, piano e teclado.


Vale dar uma olhada:

http://www.youtube.com/watch?v=r82enG7qNwY&feature=related
http://maisquemusica.com.br/
http://loja.maisquemusica.com.br/ecommerce_site/index.php?pg=conteudo&idpag=173&cdg=3820&sid=3ge19642ab8osbb7mj28ohiio0-1311453541


Quem sabe podemos convidar professores assim para vir aqui contar seus
percursos?


Abraços,
Régis

Regis Tractenberg

unread,
Jul 23, 2011, 4:45:21 PM7/23/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Ah, faltou enviar o link da matéria que saiu no G1 sobre esse professor:
http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL1335907-7085,00.html

Paula Ugalde

unread,
Aug 30, 2011, 12:00:26 PM8/30/11
to Docencia Online Independente
Olá Prof. Regis e demais membros!! :)

Na Jovaed 2011 não pude participar e ontem contatei o Regis para
perguntar se não teria nada previsto relacionado as atividades e me
indicou este link e cheguei ao grupo!!

Fico feliz em participar!! Excelende este Grupo! Estarei me inteirando
das trocas iniciais.

Por ora deixo meu grande [] a tod@s e contem comigo, no que possível!
Tks Prof. Regis!!

Paula Ugalde


“O entusiasmo individual é que inicia qualquer processo de mudança. E
o entusiasmo gera mais entusiasmo”. [Peter Senge]

Regis Tractenberg

unread,
Aug 31, 2011, 8:34:29 AM8/31/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Olá Paula!

Tem lugar sim, seja bem vinda ;-)

Se tiver alguma pergunta ou comentário que deseje fazer a respeito dos
tópicos que discutimos anteriormente, fique à vontade, ok?

Estamos devagar aqui no grupo, mas à medida que alguém trouxer questões
interessantes voltamos à ativa ;-)


Um grande abraço,
Régis

Margarida Rodrigues

unread,
Aug 31, 2011, 10:06:45 AM8/31/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Olá Régis e demais colegas,

Aproveito o ensejo pra discutir sobre Avaliação.
Estou participando de um curso onde a discussão está "quente" com relação ao tema.
Como avaliar o aluno se, no fórum, por exemplo, ele não posta. Quase impossível não?
Então, como driblar essa situação para aqueles que, ingressando na EaD, ainda precisam "desconstruir" velhos conceitos
criados no ensino presencial para construir um novo perfil como aluno.

Isto não teria que ser pensado pelos tutores ao montarem seus cursos?
Como pensar numa avaliação democrática respeitando as limitações iniciais dos alunos
em relação a EaD se cada um pode se encontrar em um determinado nível de envolvimento com seu próprio processo
ensino aprendizagem.

Espero poder contribuir com nosso grupo mexendo um pouco com este tema bastante delicado e complexo.

Abraços a todos.
Margarida

> Date: Wed, 31 Aug 2011 09:34:29 -0300
> From: rtra...@gmail.com
> To: docencia-onlin...@googlegroups.com
> Subject: Re: [DO-In] Tem lugar para mim aí?! ;)

Regis Tractenberg

unread,
Sep 4, 2011, 8:40:29 PM9/4/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Olá Margarida,

Obrigado por colocar essa discussão ;-)

Sim, autores de cursos, sejam professores independentes ou aqueles contratados por instituições, precisam planejar muito bem os processos de avaliação realizados com seus alunos.

Não penso, contudo, que seja difícil avaliar aqueles que não enviam mensagens para o fórum de um curso. Me refiro a mensagens onde participem de discussões, que entendi ser o foco da questão que você colocou. Tudo depende dos objetivos de aprendizagem definidos para determinado curso. Há objetivos que são melhor avaliados pela entrega de trabalhos, provas, pela realização de simulações, auto-avaliações, ou mesmo avaliações semanas após a conclusão de um curso.

Se os objetivos estabelecem que os aprendizes devem ser capazes de contribuir para a aprendizagem de outros colegas, daí então vale avaliar suas contribuições através de fóruns (além de outros meios em uso). Por exemplo, cursos de formação de docentes, ou gestores que precisam promover a aprendizagem colaborativa entre suas equipes, precisam incluir esse tipo de objetivo. Docentes e ´gestores do conhecimento´ necessitam saber interagir e contribuir para a aprendizagem de seus alunos e colegas de trabalho. Em cursos assim a interação através de diálogos precisa ser avaliada pois é parte do desempenho final esperado para os participantes.

Então, veja que a aprendizagem entre pares é algo sempre desejável, contudo a questão é se a importância dessa dinâmica é grande o suficiente para que seja considerada entre os objetivos de aprendizagem principais de um curso. Há cursos em que isso é importante mas não é central.

Por exemplo, nos cursos que ofereço sobre design instrucional, tanto presenciais quando à distância, procuro promover tal interação mas não a coloco como objetivo de aprendizagem. Trata-se apenas de uma dentre várias estratégias didáticas. É um meio de aprendizagem e não um objetivo de aprendizagem. Os objetivos principais incluem a compreensão de uma série de conceitos e a capacidade de elaborar projetos (isso é o foco da avaliação).

Desse modo toda turma tem participantes que não conversam com os colegas mas criam excelentes projetos. Avalio apenas qualidade dos projetos e o quanto determinado participante progrediu com relação à sua condição inicial. Esses alunos podem receber notas maiores que outros que conversaram muito mas não criaram projetos ou cujos projetos não ficaram tão bons.

É preciso considerar, no entanto, que quando alguém publica suas atividades diante de colegas de turma, se fizer um bom trabalho, está contribuindo com todos os demais uma vez que podem utilizar sua referência. Há portanto interação / colaboração de um outro tipo, que não ocorre na forma de conversas, e pode ser bastante proveitosa.

Participar de diálogos é interessante tanto no presencial quanto online, ajuda na aprendizagem, mas não é necessariamente uma prova do alcance das competências esperadas, a menos que dialogar seja parte dos objetivos de um curso.

Sei que há autores que promovem essa metodologia, mas pessoalmente não gosto de cursos (presenciais ou à distância, não vejo diferença com relação à modalidade, os princípios são os mesmos) que dão notas por participação. Este me parece um recurso artificial/forçado para gerar motivação e interação entre os participantes. Se consideramos desejável que haja flexibilidade quanto aos meios de aprendizagem, cada participante deve ter liberdade para aproveitar a experiência como preferir. Nem sempre os aprendizes seguem a metodologia de aprendizagem proposta pelo docente ou por aqueles que projetaram determinado curso, mas isso não significa que seu aproveitamento será necessariamente menor. Um bom sistema de avaliação precisa então funcionar bem apesar das diferentes preferências de aprendizagem. Por isso vale buscar evidências do alcance dos objetivos e não os meios de aprendizagem propostos.

É verdade, a questão é complexa e certamente outros colegas podem ter pontos de vista diferentes ;-)

Danielle Sales

unread,
Sep 4, 2011, 5:13:48 AM9/4/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Margarida, gostei do seu questionamento: "Como pensar numa avaliação democrática respeitando as limitações iniciais dos alunos em relação a EaD se cada um pode se encontrar em um determinado nível de envolvimento com seu próprio processo
ensino aprendizagem?".
 
Sei que a avaliação não é um tema muito fácil, mas, se o aluno não está participando de um fórum, por exemplo, como você citou, acho que seria o caso de comunicar-se privadamente com ele e perguntar o motivo de tal comportamento, não? Assim como faríamos com um aluno mais quietinho dentro de sala de aula, que não interage com os outros e com o conteúdo. Just my two cents. E mais: é preciso ficar claro para o aluno, desde o começo, que ele terá de participar do fórum e que isso contará em sua avaliação. Digo isso porque eu mesma, como aluna de EaD, percebo que isso não fica claro.
 
Para finalizar, você diz que os tutores deveriam pensar nessa questão ao montar seus cursos. Não sei se é ignorância de minha parte, mas essa não seria uma questão para designers educacionais ou conteudistas?
 
Abraço,
 
Danielle.


Margarida Rodrigues

unread,
Sep 7, 2011, 12:39:22 PM9/7/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Oi Danielle,

Desculpa a demora em comentar tua mensagem. Concordo contigo também quando falas da transparência das informações em cursos EaD.
O aluno tem que estar ciente - principalmente aqueles que estão iniciando na modalidade -  como a avaliação será realizada. De preferência, como nos disse o Régis,
COM o aluno.

Ainda estou dando os primeiros passos na EaD e não domino muito as nomenclaturas e os papéis de cada sujeito, mas, o bom senso me leva a crer que, independente do papel que estejamos ocupando, o melhor caminho é o envolvimento que temos com o processo como um todo. Será que não seria melhor ao invés de nos colocarmos em nossos "quadrados" departamentalizando nossas ações, nos desprendermos dessas amarras que nos tolem como profissionais?

O que tu achas?

Abraços,
Margarida



From: doith...@gmail.com
Date: Sun, 4 Sep 2011 06:13:48 -0300
Subject: Re: [DO-In] Discutindo sobre Avaliação
To: docencia-onlin...@googlegroups.com

Margarida Rodrigues

unread,
Sep 6, 2011, 8:16:00 PM9/6/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Olá Régis e todos que acompanham este grupo de discussão.

Realmente Régis, você tocou em um ponto que talvez poucos pensem, apesar de ser tão essencial.
"Tudo depende dos objetivos de aprendizagem". Talvez estejamos "engessados" nesse quesito - e em tantos outros. Posso estar enganada, mas, agora lendo sua postagem começo a pensar de formar mais crítica com relação àqueles que simplesmente colocam a culpa no aluno. Professores devem refletir sobre sua ação. Isso é um exercício que poucos praticam.

Outra questão bastante pertinente e que você colocou muito bem é sobre "avaliar com". Na maioria das vezes os processos são construídos e reproduzidos de cima pra baixo. Não há participação dos alunos. Afinal, como fazer que os alunos conquistem sua autonomia se na prática não damos oportunidade para que iso aconteça?

Acredito que temos que mergulhar mais fundo em nossos próprios objetivos: estudar, pesquisar, observar, duvidar, questionar ... Só assim chegaremos próximo de uma proposta equilibrada e momentaneamente "segura" para avaliar.

Uffa! Há muito que se fazer. Vamos começar então!?

Abraços e obrigada

Margarida


Date: Sun, 4 Sep 2011 21:40:29 -0300
From: rtra...@gmail.com
To: docencia-onlin...@googlegroups.com
Subject: Re: [DO-In] Discutindo sobre Avaliação

Paula Ugalde

unread,
Sep 10, 2011, 8:08:46 PM9/10/11
to Docencia Online Independente
Olá Prof. Régis e demais!

Como ex aluna do professor tenho comigo que o clima do ambiente pode
ser ótimo, com pessoas engajadas e colaborando, ainda que mais focadas
no alcance dos objetivos de aprendizagem, relacionados as competências
buscadas.

Sou uma defensora da aprendizagem colaborativa porque acredito que
contribui para as pessoas superarem o individualismo e acho que senão
todas, a maioria das atividades podem e seria bom que contribuíssem
para que as pessoas passassem a aprender nesta abordagem. Vejo a
colaboração como uma competência muito importante na atualidade, não
apenas pelo aspecto utilitário, advindo do fato das trocas poderem ser
decisivas para que os profissionais se mantenham no mercado, visto que
o conhecimento tornou-se intangível, como e especialmente pelas
aprendizagens humanistas que favorece. Carecemos que a educação se
volte a formação integral do ser.

E 'opino' [apenas isso, ok?] que se os participantes [especialmente os
iniciantes em EaD], ao menos não refletem sobre isso, a tendência é
reproduzirem na práxis planejamentos que desconsideram o coletivo,
focando em atividades individuais. E vou inda adiante, partilhando a
percepção de que alguns docentes precisam reaprender a se comunicar
neste novo paradigma. Basta analisarmos as comunicações na web...não
precisamos procurar muito para perceber posturas individualistas,
falas fechadas ao diálogo, muitas coisas... De outro lado, também é
perceptível que temos vários docentes que veem e procuram inferir com
falas fundamentadas e próximas, de modo a serem ouvidos, a lançares
'pulgas atrás das orelhas' da gente. [Cito o Professor Wilson Azevedo
em outro espaço que interagimos e apesar de ler quietinha, tenho
adorado e aprendido bastante! ;) Creio que precisamos de algum modo
trazer tais reflexões mas exatamente como o professor Regis fala 'sem
notas'. :D O que acham?

De outro lado, cursos assim requerem muito mais tempo dos
participantes e nem sempre dispomos, ainda que tenhamos uma postura
colaborativa. Se as pessoas precisam aprender coisas complexas, rápido
e dispondo de pouco tempo não estaremos atendendo suas necessidades se
a avaliação pontuar a participação e as interações mútuas.

Não tinha pensado isso que traz Régis, sobre atribuição de notas ser
um recurso artificial! Que bom que abri este e-mail pois trabalho a
avaliação no momento e isso que coloca foi determinante para decidir
por não atribuir, ainda que vá manter uma atividade autoavaliativa
para fins de cada um repensar suas contribuições.

Diria professor que essa mensagem é digna de um artigo. Tks! [ ]'s

Paula :)

On 6 set, 21:16, Margarida Rodrigues <margo...@hotmail.com> wrote:
> Olá Régis e todos que acompanham este grupo de discussão.
>
> Realmente Régis, você tocou em um ponto que talvez poucos pensem, apesar de ser tão essencial.
> "Tudo depende dos objetivos de aprendizagem". Talvez estejamos "engessados" nesse quesito - e em tantos outros. Posso estar enganada, mas, agora lendo sua postagem começo a pensar de formar mais crítica com relação àqueles que simplesmente colocam a culpa no aluno. Professores devem refletir sobre sua ação. Isso é um exercício que poucos praticam.
>
> Outra questão bastante pertinente e que você colocou muito bem é sobre "avaliar com". Na maioria das vezes os processos são construídos e reproduzidos de cima pra baixo. Não há participação dos alunos. Afinal, como fazer que os alunos conquistem sua autonomia se na prática não damos oportunidade para que iso aconteça?
>
> Acredito que temos que mergulhar mais fundo em nossos próprios objetivos: estudar, pesquisar, observar, duvidar, questionar ... Só assim chegaremos próximo de uma proposta equilibrada e momentaneamente "segura" para avaliar.
>
> Uffa! Há muito que se fazer. Vamos começar então!?
>
> Abraços e obrigada
>
> Margarida
>
> Date: Sun, 4 Sep 2011 21:40:29 -0300
> From: rtrac...@gmail.com

Paula Ugalde

unread,
Sep 11, 2011, 7:11:39 PM9/11/11
to Docencia Online Independente
Olá Margarida, Régis e demais membros deste grande Grupo de Discussão!

Realmente Margarida tua temática é muito instigante. Volto a ela
porque vejo que não dialoguei como gostaria, contemplando as demais
ricas ideias.

Foi focado aqui objetivos de aprendizagem e queria pedir auxílio
porque em uma instituição aprendemos a trabalhar como "objetivos" e em
outra com "competências" e isso suscitou dúvidas.
Entendia que objetivos são algo maior a ser alcançado, no âmbito de um
curso, podendo tanto prever saberes ou competências a serem
construídos.
Tive uma explicação de que trabalhar com competências está para a
formação utilitária para o mercado?
Não acho que os cursos devam ser nessa perspectiva mas é importante
que, além dos saberes teóricos os alunos aprendam a utilizá-los
praticamente e isso para mim é uma competência. O que dizem?
Também sei de defesas de que as competências não são necessariamente
evidenciadas durante o curso e que isso não significa que não
aprenderam e também faz sentido, pensando o modo como aprendo.
Disso que coloco, partilho que ainda não estou convencida de que não
devamos contemplar a construção de competências nos cursos - ainda
que, se considerarmos a possibilidade de essas serem evidenciadas
'pós' curso, nesse caso talvez sua avaliação precise ser repensada?
Porque se o objetivo é a formação integral, no campo de estudo do
curso, acredito que ela engloba as habilidades e competências e isso
não significa inexoravelmente modelar para que realizem de determinado
modo algo.
Será que consegui expor as dúvidas ou está confuso?!

Margarida, apreciei o que escreve sobre "aqueles que simplesmente
colocam a culpa no aluno' e que os professores precisam refletir sua
ação e opino que poucos o fazem sim.
Esclareço que sou novata e possuo somente pequenas teorizações mas
pelo que leio e refletindo as experiências concordo que os processos
de ensino e aprendizagem podem ser disjuntivos. Não é porque um curso
foi metodicamente pensado e é desenvolvido/operado conforme seu
planejamento que vai atender as necessidades dos alunos. Nisso, coloco
como determinante o bom professor, que percebendo as dificuldades
específicas de um, chegue e dialogue, de seu feedback [aberto a
resposta do aluno], oriente e mesmo sugira outros recursos - se
necessário, para que avance.
Cursos em que os professores permanecem mais como observadores e ainda
que os alunos peçam auxílio parecem funcionar na lógica engessada que
fala... Por que o professor não pode fazer intervenções 'durante' o
processo? Qual a utilidade de esperar até que finde o período para
atribuir um conceito baixo? Qual a lógica disso?!
Entendo que são variados os fatores que podem impactar e comprometer
as aprendizagens. Entre esses acredito que pode estar essa falta - a
passividade do professor em situações que poderia auxiliar e
contribuir para que o aluno avance. Porque se a proposta é lançar um
desafio e observar como se saem e dar feedback apenas ao final, penso
que, após esse feedback deveria ser dado ao aluno a oportunidade de
refletir suas construções e apresentar uma produção e essa sim ser
avaliada. O que pensam disso?

*Aproveito para perguntar sobre estudos acerca da evasão da EaD?

O que escreveram sobre "avaliar com" considero extremamente importante
e mais ainda em cursos de formação de professores, porque - repito,
observo que a tendência é reproduzirem essa postura verticalizada
junto aos seus próprios alunos. Porque as avaliações não podem ser
negociadas? Será que alunos adultos não tem capacidade para se
autoavaliar? Será mesmo que os professores conseguem abarcar o todo do
processo do aluno? Será que não seria de benefício mútuo os alunos
dialogarem sobre os feedbacks recebidos? E as avaliações entre pares:
não podem contribuir? Penso que sim... Que dizem?

Regis Tractenberg

unread,
Sep 18, 2011, 4:01:24 PM9/18/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Olá Paula,

Sim, tem muita coisa para se dizer sobre avaliação... fico devendo o
artigo, ok? ;-)

Mas como o tema deste grupo é docência independente, focalizamos a
atividade do professor e seu desejo de se manter em tal condição.

Pensei então que seria interessante criar dois questionários de
auto-avaliação: um para professores que desejam trabalhar desse modo
(Quem está preparado? Quem ainda não está?) e outro para aqueles que já
trabalham como DO-Ins e gostariam de avaliar / contrastar sua atividade
independente com outras formas de trabalho (Vale a pena investir em uma
iniciativa assim? Como está a satisfação pessoal? Há outras
oportunidades melhores em vista?).

Fica a idéia se alguém quiser levar adiante...


Abraços,
Régis

Regis Tractenberg

unread,
Sep 18, 2011, 4:36:45 PM9/18/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Oi Paula,


Os objetivos de um curso podem incluir mudan�as organizacionais ou
sociais, por exemplo: aumento de produtividade em um setor de uma
empresa; apoio na obten��o do primeiro emprego por jovens em comunidades
carentes.

Esses objetivos maiores, precisam, no entanto que sejam alcan�ados os
objetivos de aprendizagem de seus cursos. Esses objetivos de
aprendizagem s�o formulados, por sua vez de acordo com a classifica��o
mais adequada, ou aquela com que os educadores que projetam o curso tem
familiaridade. No meio corporativo usa-se bastante o modelo simples CHA
(conhecimentos conceituais + habilidades + compet�ncias). Em outros
meios outras classifica��es podem ser utilizadas para formular os
objetivos de aprendizagem.

Compet�ncias � um termo utilizado com frequencia para designar a
combina��o de conhecimentos conceituais (teoria) + habilidades
intelectuais ou psicomotoras (saber fazer) + atitudes (desejo ou avers�o
com rela��o a algo).

Trata-se de uma unidade para pensarmos as aprendizagens que desejamos
promover. H� outras classifica��es mais complexas como a de Bloom e de
Gagn�, al�m de classifica��es quanto aos tipos de aprendizagens conforme
a �rea de estudo, por exemplo: alfabetiza��o, matem�tica, m�sica,
esportes, idiomas estrangeiros etc.

O conceito de compet�ncias embora simples e gen�rico, j� ajuda bastante
quando aplicado. Veja que na escola e universidade boa parte dos
esfor�os focalizam teoria, e desconsideram o exerc�cio de aplica��o do
que se aprende, bem como o desejo de aprender, isto �, a motiva��o dos
aprendizes com rela��o ao campo de estudo/trabalho.


N�o h�, portando oposi��o entre objetivos e compet�ncias. Objetivos de
aprendizagem podem ser descritos na forma de compet�ncias a se alcan�ar.

� preciso, e isso � importante, n�o confundir os dois n�veis de
objetivos que uma iniciativa educacional pode buscar: mudan�as
organizacionais / sociais e a aprendizagem de determinado p�blico.
A primeira depende da segunda.

Ocorre que muitos projetos se limitam a listar objetivos organizacionais
e sociais e n�o descrevem de modo suficiente quais s�o exatamente as
aprendizagens que poderiam dar suporte aos mesmos. E, ao n�o descrever
bem os objetivos de aprendizagem, n�o formulam estrat�gias did�ticas
alinhadas com os mesmos. Consequentemente a solu��o (formato final do
curso), dificilmente promove as mudan�as desejadas.


Outro erro comum � descrever objetivos de aprendizagem sem qualquer
refer�ncia quanto aos tipos de aprendizagens envolvidos. N�o usam o
modelo de compet�ncias nem qualquer outro. Isso aumenta as chances de
que sejam deixadas lacunas na forma��o (imprecisa e vaga) que se imagina
/ deseja alcan�ar.


Abra�os,
R�gis


Em 11/09/2011 20:11, Paula Ugalde escreveu:
> Ol� Margarida, R�gis e demais membros deste grande Grupo de Discuss�o!
>
> Realmente Margarida tua tem�tica � muito instigante. Volto a ela
> porque vejo que n�o dialoguei como gostaria, contemplando as demais
> ricas ideias.
>
> Foi focado aqui objetivos de aprendizagem e queria pedir aux�lio
> porque em uma institui��o aprendemos a trabalhar como "objetivos" e em
> outra com "compet�ncias" e isso suscitou d�vidas.
> Entendia que objetivos s�o algo maior a ser alcan�ado, no �mbito de um
> curso, podendo tanto prever saberes ou compet�ncias a serem
> constru�dos.
> Tive uma explica��o de que trabalhar com compet�ncias est� para a
> forma��o utilit�ria para o mercado?
> N�o acho que os cursos devam ser nessa perspectiva mas � importante
> que, al�m dos saberes te�ricos os alunos aprendam a utiliz�-los
> praticamente e isso para mim � uma compet�ncia. O que dizem?
> Tamb�m sei de defesas de que as compet�ncias n�o s�o necessariamente
> evidenciadas durante o curso e que isso n�o significa que n�o
> aprenderam e tamb�m faz sentido, pensando o modo como aprendo.
> Disso que coloco, partilho que ainda n�o estou convencida de que n�o
> devamos contemplar a constru��o de compet�ncias nos cursos - ainda


> que, se considerarmos a possibilidade de essas serem evidenciadas

> 'p�s' curso, nesse caso talvez sua avalia��o precise ser repensada?
> Porque se o objetivo � a forma��o integral, no campo de estudo do
> curso, acredito que ela engloba as habilidades e compet�ncias e isso
> n�o significa inexoravelmente modelar para que realizem de determinado
> modo algo.
> Ser� que consegui expor as d�vidas ou est� confuso?!


>
> Margarida, apreciei o que escreve sobre "aqueles que simplesmente
> colocam a culpa no aluno' e que os professores precisam refletir sua

> a��o e opino que poucos o fazem sim.
> Esclare�o que sou novata e possuo somente pequenas teoriza��es mas
> pelo que leio e refletindo as experi�ncias concordo que os processos
> de ensino e aprendizagem podem ser disjuntivos. N�o � porque um curso
> foi metodicamente pensado e � desenvolvido/operado conforme seu


> planejamento que vai atender as necessidades dos alunos. Nisso, coloco
> como determinante o bom professor, que percebendo as dificuldades

> espec�ficas de um, chegue e dialogue, de seu feedback [aberto a


> resposta do aluno], oriente e mesmo sugira outros recursos - se

> necess�rio, para que avance.


> Cursos em que os professores permanecem mais como observadores e ainda

> que os alunos pe�am aux�lio parecem funcionar na l�gica engessada que
> fala... Por que o professor n�o pode fazer interven��es 'durante' o
> processo? Qual a utilidade de esperar at� que finde o per�odo para
> atribuir um conceito baixo? Qual a l�gica disso?!
> Entendo que s�o variados os fatores que podem impactar e comprometer


> as aprendizagens. Entre esses acredito que pode estar essa falta - a

> passividade do professor em situa��es que poderia auxiliar e
> contribuir para que o aluno avance. Porque se a proposta � lan�ar um


> desafio e observar como se saem e dar feedback apenas ao final, penso

> que, ap�s esse feedback deveria ser dado ao aluno a oportunidade de
> refletir suas constru��es e apresentar uma produ��o e essa sim ser


> avaliada. O que pensam disso?
>

> *Aproveito para perguntar sobre estudos acerca da evas�o da EaD?


>
> O que escreveram sobre "avaliar com" considero extremamente importante

> e mais ainda em cursos de forma��o de professores, porque - repito,
> observo que a tend�ncia � reproduzirem essa postura verticalizada
> junto aos seus pr�prios alunos. Porque as avalia��es n�o podem ser
> negociadas? Ser� que alunos adultos n�o tem capacidade para se
> autoavaliar? Ser� mesmo que os professores conseguem abarcar o todo do
> processo do aluno? Ser� que n�o seria de benef�cio m�tuo os alunos
> dialogarem sobre os feedbacks recebidos? E as avalia��es entre pares:
> n�o podem contribuir? Penso que sim... Que dizem?


>
>
>
> On 10 set, 21:08, Paula Ugalde<pugalde....@gmail.com> wrote:

>> Ol� Prof. R�gis e demais!


>>
>> Como ex aluna do professor tenho comigo que o clima do ambiente pode

>> ser �timo, com pessoas engajadas e colaborando, ainda que mais focadas
>> no alcance dos objetivos de aprendizagem, relacionados as compet�ncias


>> buscadas.
>>
>> Sou uma defensora da aprendizagem colaborativa porque acredito que

>> contribui para as pessoas superarem o individualismo e acho que sen�o
>> todas, a maioria das atividades podem e seria bom que contribu�ssem


>> para que as pessoas passassem a aprender nesta abordagem. Vejo a

>> colabora��o como uma compet�ncia muito importante na atualidade, n�o
>> apenas pelo aspecto utilit�rio, advindo do fato das trocas poderem ser


>> decisivas para que os profissionais se mantenham no mercado, visto que

>> o conhecimento tornou-se intang�vel, como e especialmente pelas
>> aprendizagens humanistas que favorece. Carecemos que a educa��o se
>> volte a forma��o integral do ser.


>>
>> E 'opino' [apenas isso, ok?] que se os participantes [especialmente os

>> iniciantes em EaD], ao menos n�o refletem sobre isso, a tend�ncia �
>> reproduzirem na pr�xis planejamentos que desconsideram o coletivo,


>> focando em atividades individuais. E vou inda adiante, partilhando a

>> percep��o de que alguns docentes precisam reaprender a se comunicar
>> neste novo paradigma. Basta analisarmos as comunica��es na web...n�o


>> precisamos procurar muito para perceber posturas individualistas,

>> falas fechadas ao di�logo, muitas coisas... De outro lado, tamb�m �
>> percept�vel que temos v�rios docentes que veem e procuram inferir com
>> falas fundamentadas e pr�ximas, de modo a serem ouvidos, a lan�ares
>> 'pulgas atr�s das orelhas' da gente. [Cito o Professor Wilson Azevedo
>> em outro espa�o que interagimos e apesar de ler quietinha, tenho


>> adorado e aprendido bastante! ;) Creio que precisamos de algum modo

>> trazer tais reflex�es mas exatamente como o professor Regis fala 'sem


>> notas'. :D O que acham?
>>
>> De outro lado, cursos assim requerem muito mais tempo dos
>> participantes e nem sempre dispomos, ainda que tenhamos uma postura

>> colaborativa. Se as pessoas precisam aprender coisas complexas, r�pido
>> e dispondo de pouco tempo n�o estaremos atendendo suas necessidades se
>> a avalia��o pontuar a participa��o e as intera��es m�tuas.
>>
>> N�o tinha pensado isso que traz R�gis, sobre atribui��o de notas ser


>> um recurso artificial! Que bom que abri este e-mail pois trabalho a

>> avalia��o no momento e isso que coloca foi determinante para decidir
>> por n�o atribuir, ainda que v� manter uma atividade autoavaliativa
>> para fins de cada um repensar suas contribui��es.
>>
>> Diria professor que essa mensagem � digna de um artigo. Tks! [ ]'s
>>
>> Paula :)
>>
>> On 6 set, 21:16, Margarida Rodrigues<margo...@hotmail.com> wrote:> Ol� R�gis e todos que acompanham este grupo de discuss�o.
>>
>>> Realmente R�gis, voc� tocou em um ponto que talvez poucos pensem, apesar de ser t�o essencial.
>>> "Tudo depende dos objetivos de aprendizagem". Talvez estejamos "engessados" nesse quesito - e em tantos outros. Posso estar enganada, mas, agora lendo sua postagem come�o a pensar de formar mais cr�tica com rela��o �queles que simplesmente colocam a culpa no aluno. Professores devem refletir sobre sua a��o. Isso � um exerc�cio que poucos praticam.
>>> Outra quest�o bastante pertinente e que voc� colocou muito bem � sobre "avaliar com". Na maioria das vezes os processos s�o constru�dos e reproduzidos de cima pra baixo. N�o h� participa��o dos alunos. Afinal, como fazer que os alunos conquistem sua autonomia se na pr�tica n�o damos oportunidade para que iso aconte�a?
>>> Acredito que temos que mergulhar mais fundo em nossos pr�prios objetivos: estudar, pesquisar, observar, duvidar, questionar ... S� assim chegaremos pr�ximo de uma proposta equilibrada e momentaneamente "segura" para avaliar.
>>> Uffa! H� muito que se fazer. Vamos come�ar ent�o!?
>>> Abra�os e obrigada


>>> Margarida
>>> Date: Sun, 4 Sep 2011 21:40:29 -0300
>>> From: rtrac...@gmail.com
>>> To: docencia-onlin...@googlegroups.com

>>> Subject: Re: [DO-In] Discutindo sobre Avalia��o
>>> Ol� Margarida,
>>> Obrigado por colocar essa discuss�o ;-)


>>> Sim, autores de cursos, sejam professores independentes ou aqueles

>>> contratados por institui��es, precisam planejar muito bem os
>>> processos de avalia��o realizados com seus alunos.
>>> N�o penso, contudo, que seja dif�cil avaliar aqueles que n�o enviam
>>> mensagens para o f�rum de um curso. Me refiro a mensagens onde
>>> participem de discuss�es, que entendi ser o foco da quest�o que voc�


>>> colocou. Tudo depende dos objetivos de aprendizagem definidos para

>>> determinado curso. H� objetivos que s�o melhor avaliados pela
>>> entrega de trabalhos, provas, pela realiza��o de simula��es,
>>> auto-avalia��es, ou mesmo avalia��es semanas ap�s a conclus�o de um


>>> curso.
>>> Se os objetivos estabelecem que os aprendizes devem ser capazes de

>>> contribuir para a aprendizagem de outros colegas, da� ent�o vale
>>> avaliar suas contribui��es atrav�s de f�runs (al�m de outros meios
>>> em uso). Por exemplo, cursos de forma��o de docentes, ou gestores


>>> que precisam promover a aprendizagem colaborativa entre suas
>>> equipes, precisam incluir esse tipo de objetivo. Docentes e
>>> �gestores do conhecimento� necessitam saber interagir e contribuir
>>> para a aprendizagem de seus alunos e colegas de trabalho. Em cursos

>>> assim a intera��o atrav�s de di�logos precisa ser avaliada pois �


>>> parte do desempenho final esperado para os participantes.

>>> Ent�o, veja que a aprendizagem entre pares � algo sempre desej�vel,
>>> contudo a quest�o � se a import�ncia dessa din�mica � grande o


>>> suficiente para que seja considerada entre os objetivos de

>>> aprendizagem principais de um curso. H� cursos em que isso �
>>> importante mas n�o � central.
>>> Por exemplo, nos cursos que ofere�o sobre design instrucional, tanto
>>> presenciais quando � dist�ncia, procuro promover tal intera��o mas
>>> n�o a coloco como objetivo de aprendizagem. Trata-se apenas de uma
>>> dentre v�rias estrat�gias did�ticas. � um meio de aprendizagem e n�o


>>> um objetivo de aprendizagem. Os objetivos principais incluem a

>>> compreens�o de uma s�rie de conceitos e a capacidade de elaborar
>>> projetos (isso � o foco da avalia��o).
>>> Desse modo toda turma tem participantes que n�o conversam com os


>>> colegas mas criam excelentes projetos. Avalio apenas qualidade dos

>>> projetos e o quanto determinado participante progrediu com rela��o �
>>> sua condi��o inicial. Esses alunos podem receber notas maiores que
>>> outros que conversaram muito mas n�o criaram projetos ou cujos
>>> projetos n�o ficaram t�o bons.
>>> � preciso considerar, no entanto, que quando algu�m publica suas


>>> atividades diante de colegas de turma, se fizer um bom trabalho,

>>> est� contribuindo com todos os demais uma vez que podem utilizar sua
>>> refer�ncia. H� portanto intera��o / colabora��o de um outro tipo,
>>> que n�o ocorre na forma de conversas, e pode ser bastante
>>> proveitosa.
>>> Participar de di�logos � interessante tanto no presencial quanto
>>> online, ajuda na aprendizagem, mas n�o � necessariamente uma prova
>>> do alcance das compet�ncias esperadas, a menos que dialogar seja


>>> parte dos objetivos de um curso.

>>> Sei que h� autores que promovem essa metodologia, mas pessoalmente
>>> n�o gosto de cursos (presenciais ou � dist�ncia, n�o vejo diferen�a
>>> com rela��o � modalidade, os princ�pios s�o os mesmos) que d�o notas
>>> por participa��o. Este me parece um recurso artificial/for�ado para
>>> gerar motiva��o e intera��o entre os participantes. Se consideramos
>>> desej�vel que haja flexibilidade quanto aos meios de aprendizagem,
>>> cada participante deve ter liberdade para aproveitar a experi�ncia


>>> como preferir. Nem sempre os aprendizes seguem a metodologia de
>>> aprendizagem proposta pelo docente ou por aqueles que projetaram

>>> determinado curso, mas isso n�o significa que seu aproveitamento
>>> ser� necessariamente menor. Um bom sistema de avalia��o precisa
>>> ent�o funcionar bem apesar das diferentes prefer�ncias de
>>> aprendizagem. Por isso vale buscar evid�ncias do alcance dos
>>> objetivos e n�o os meios de aprendizagem propostos.
>>> � verdade, a quest�o � complexa e certamente outros colegas podem


>>> ter pontos de vista diferentes ;-)

>>> Um grande abra�o,
>>> R�gis


>>> Em 31/08/2011 11:06, Margarida Rodrigues escreveu:

>>> Ol� R�gis e demais colegas,
>>> Aproveito o ensejo pra discutir sobre Avalia��o.
>>> Estou participando de um curso onde a discuss�o est� "quente"
>>> com rela��o ao tema.
>>> Como avaliar o aluno se, no f�rum, por exemplo, ele n�o posta.
>>> Quase imposs�vel n�o?
>>> Ent�o, como driblar essa situa��o para aqueles que, ingressando


>>> na EaD, ainda precisam "desconstruir" velhos conceitos
>>> criados no ensino presencial para construir um novo perfil como
>>> aluno.

>>> Isto n�o teria que ser pensado pelos tutores ao montarem seus
>>> cursos?
>>> Como pensar numa avalia��o democr�tica respeitando as limita��es
>>> iniciais dos alunos
>>> em rela��o a EaD se cada um pode se encontrar em um determinado
>>> n�vel de envolvimento com seu pr�prio processo


>>> ensino aprendizagem.
>>> Espero poder contribuir com nosso grupo mexendo um pouco com
>>> este tema bastante delicado e complexo.

>>> Abra�os a todos.
>>> Margarida
>>> --
>>> Informa��es sobre como participar desta atividade do JOVAED:
>>> http://ow.ly/55fx1
>>> Envie suas mensagens para o grupo atrav�s de:


>>> docencia-onlin...@googlegroups.com
>>> Para sair do grupo envie um email para:
>>> docencia-online-inde...@googlegroups.com

>>> Mais op��es em:
>>> http://groups.google.com/group/docencia-online-independente?hl=pt-BR

Cassandra Amidani

unread,
Sep 18, 2011, 10:34:32 PM9/18/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Olá, colegas, tudo bem? Esse assunto é instigante e ponto de muitas polêmicas.
 
A meu ver, a elaboração de objetivos de aprendizagem são necessários para dar um norte para os alunos, para os professores e também para a seleção de conteúdos e estratégias.
 
Ministrei um curso, na 5ª-feira, para o II Encontro de EaD da Câmara dos Deputados, aqui, em Brasília, justamente sobre elaboração de estratégias pedagógicas em ambientes virtuais de aprendizagem. E como já mencionada aqui, as estratégias decorrem dos objetivos de aprendizagem.
 
Quanto às competências, precisamos ter clareza do que elas são. Existe um diálogo aberto sobre isso, mas outros pontos já foram consolidados. Por exemplo: já é ponto pacíficado que, em termos gerais, competência é capacidade de mobilizar CHAs e colocá-los em ação. Por isso, no meio organizacional, está atrelado, muitas vezes, ao desempenho.
 
No entanto, para haver a transferência do que foi aprendido em um curso para a sua posterior aplicação depende de muitos fatores, como, por exemplo, o suporte recebimento para que essa transferência ocorra.
 
Esse é um assunto muito interessante, pois a elaboração de objetivos de aprendizagem é algo importante de se fazer adequadamente, para não ser algo técnico e inócuo, não é mesmo?
 
abraço grande em todos.  
Em 18 de setembro de 2011 17:36, Regis Tractenberg <rtra...@gmail.com> escreveu:
Oi Paula,


Os objetivos de um curso podem incluir mudanças organizacionais ou sociais, por exemplo: aumento de produtividade em um setor de uma empresa; apoio na obtenção do primeiro emprego por jovens em comunidades carentes.

Esses objetivos maiores, precisam, no entanto que sejam alcançados os objetivos de aprendizagem de seus cursos. Esses objetivos de aprendizagem são formulados, por sua vez de acordo com a classificação mais adequada, ou aquela com que os educadores que projetam o curso tem familiaridade. No meio corporativo usa-se bastante o modelo simples CHA (conhecimentos conceituais + habilidades + competências). Em outros meios outras classificações podem ser utilizadas para formular os objetivos de aprendizagem.

Competências é um termo utilizado com frequencia para designar a combinação de conhecimentos conceituais (teoria) + habilidades intelectuais ou psicomotoras (saber fazer) + atitudes (desejo ou aversão com relação a algo).

Trata-se de uma unidade para pensarmos as aprendizagens que desejamos promover. Há outras classificações mais complexas como a de Bloom e de Gagné, além de classificações quanto aos tipos de aprendizagens conforme a área de estudo, por exemplo: alfabetização, matemática, música, esportes, idiomas estrangeiros etc.

O conceito de competências embora simples e genérico, já ajuda bastante quando aplicado. Veja que na escola e universidade boa parte dos esforços focalizam teoria, e desconsideram o exercício de aplicação do que se aprende, bem como o desejo de aprender, isto é, a motivação dos aprendizes com relação ao campo de estudo/trabalho.


Não há, portando oposição entre objetivos e competências. Objetivos de aprendizagem podem ser descritos na forma de competências a se alcançar.

É preciso, e isso é importante, não confundir os dois níveis de objetivos que uma iniciativa educacional pode buscar: mudanças organizacionais / sociais e a aprendizagem de determinado público.

A primeira depende da segunda.

Ocorre que muitos projetos se limitam a listar objetivos organizacionais e sociais e não descrevem de modo suficiente quais são exatamente as aprendizagens que poderiam dar suporte aos mesmos. E, ao não descrever bem os objetivos de aprendizagem, não formulam estratégias didáticas alinhadas com os mesmos. Consequentemente a solução (formato final do curso), dificilmente promove as mudanças desejadas.


Outro erro comum é descrever objetivos de aprendizagem sem qualquer referência quanto aos tipos de aprendizagens envolvidos. Não usam o modelo de competências nem qualquer outro. Isso aumenta as chances de que sejam deixadas lacunas na formação (imprecisa e vaga) que se imagina / deseja alcançar.


Abraços,
Régis







Em 11/09/2011 20:11, Paula Ugalde escreveu:
Olá Margarida, Régis e demais membros deste grande Grupo de Discussão!

Realmente Margarida tua temática é muito instigante. Volto a ela
porque vejo que não dialoguei como gostaria, contemplando as demais
ricas ideias.

Foi focado aqui objetivos de aprendizagem e queria pedir auxílio
porque em uma instituição aprendemos a trabalhar como "objetivos" e em

outra com "competências" e isso suscitou dúvidas.
Entendia que objetivos são algo maior a ser alcançado, no âmbito de um

curso, podendo tanto prever saberes ou competências a serem
construídos.
Tive uma explicação de que trabalhar com competências está para a
formação utilitária para o mercado?
Não acho que os cursos devam ser nessa perspectiva mas é importante
que, além dos saberes teóricos os alunos aprendam a utilizá-los
praticamente e isso para mim é uma competência. O que dizem?
Também sei de defesas de que as competências não são necessariamente

evidenciadas durante o curso e que isso não significa que não
aprenderam e também faz sentido, pensando o modo como aprendo.

Disso que coloco, partilho que ainda não estou convencida de que não
devamos contemplar a construção de competências nos cursos - ainda

que, se considerarmos a possibilidade de essas serem evidenciadas
'pós' curso, nesse caso talvez sua avaliação precise ser repensada?
Porque se o objetivo é a formação integral, no campo de estudo do
curso, acredito que ela engloba as habilidades e competências e isso
não significa inexoravelmente modelar para que realizem de determinado
modo algo.
Será que consegui expor as dúvidas ou está confuso?!


Margarida, apreciei o que escreve sobre "aqueles que simplesmente
colocam a culpa no aluno' e que os professores precisam refletir sua
ação e opino que poucos o fazem sim.
Esclareço que sou novata e possuo somente pequenas teorizações mas
pelo que leio e refletindo as experiências concordo que os processos
de ensino e aprendizagem podem ser disjuntivos. Não é porque um curso
foi metodicamente pensado e é desenvolvido/operado conforme seu

planejamento que vai atender as necessidades dos alunos. Nisso, coloco
como determinante o bom professor, que percebendo as dificuldades
específicas de um, chegue e dialogue, de seu feedback [aberto a

resposta do aluno], oriente e mesmo sugira outros recursos - se
necessário, para que avance.

Cursos em que os professores permanecem mais como observadores e ainda
que os alunos peçam auxílio parecem funcionar na lógica engessada que
fala... Por que o professor não pode fazer intervenções 'durante' o
processo? Qual a utilidade de esperar até que finde o período para

atribuir um conceito baixo? Qual a lógica disso?!
Entendo que são variados os fatores que podem impactar e comprometer

as aprendizagens. Entre esses acredito que pode estar essa falta - a
passividade do professor em situações que poderia auxiliar e
contribuir para que o aluno avance. Porque se a proposta é lançar um

desafio e observar como se saem e dar feedback apenas ao final, penso
que, após esse feedback deveria ser dado ao aluno a oportunidade de
refletir suas construções e apresentar uma produção e essa sim ser

avaliada. O que pensam disso?

*Aproveito para perguntar sobre estudos acerca da evasão da EaD?


O que escreveram sobre "avaliar com" considero extremamente importante
e mais ainda em cursos de formação de professores, porque - repito,
observo que a tendência é reproduzirem essa postura verticalizada

junto aos seus próprios alunos. Porque as avaliações não podem ser
negociadas? Será que alunos adultos não tem capacidade para se
autoavaliar? Será mesmo que os professores conseguem abarcar o todo do
processo do aluno? Será que não seria de benefício mútuo os alunos
dialogarem sobre os feedbacks recebidos? E as avaliações entre pares:
não podem contribuir? Penso que sim... Que dizem?




On 10 set, 21:08, Paula Ugalde<pugalde....@gmail.com>  wrote:
Olá Prof. Régis e demais!


Como ex aluna do professor tenho comigo que o clima do ambiente pode
ser ótimo, com pessoas engajadas e colaborando, ainda que mais focadas
no alcance dos objetivos de aprendizagem, relacionados as competências

buscadas.

Sou uma defensora da aprendizagem colaborativa porque acredito que
contribui para as pessoas superarem o individualismo e acho que senão
todas, a maioria das atividades podem e seria bom que contribuíssem

para que as pessoas passassem a aprender nesta abordagem. Vejo a
colaboração como uma competência muito importante na atualidade, não
apenas pelo aspecto utilitário, advindo do fato das trocas poderem ser

decisivas para que os profissionais se mantenham no mercado, visto que
o conhecimento tornou-se intangível, como e especialmente pelas

aprendizagens humanistas que favorece. Carecemos que a educação se
volte a formação integral do ser.


E 'opino' [apenas isso, ok?] que se os participantes [especialmente os
iniciantes em EaD], ao menos não refletem sobre isso, a tendência é
reproduzirem na práxis planejamentos que desconsideram o coletivo,

focando em atividades individuais. E vou inda adiante, partilhando a
percepção de que alguns docentes precisam reaprender a se comunicar
neste novo paradigma. Basta analisarmos as comunicações na web...não

precisamos procurar muito para perceber posturas individualistas,
falas fechadas ao diálogo, muitas coisas... De outro lado, também é
perceptível que temos vários docentes que veem e procuram inferir com
falas fundamentadas e próximas, de modo a serem ouvidos, a lançares
'pulgas atrás das orelhas' da gente. [Cito o Professor Wilson Azevedo
em outro espaço que interagimos e apesar de ler quietinha, tenho

adorado e aprendido bastante! ;) Creio que precisamos de algum modo
trazer tais reflexões mas exatamente como o professor Regis fala 'sem

notas'. :D O que acham?

De outro lado, cursos assim requerem muito mais tempo dos
participantes e nem sempre dispomos, ainda que tenhamos uma postura
colaborativa. Se as pessoas precisam aprender coisas complexas, rápido
e dispondo de pouco tempo não estaremos atendendo suas necessidades se

a avaliação pontuar a participação e as interações mútuas.

Não tinha pensado isso que traz Régis, sobre atribuição de notas ser

um recurso artificial! Que bom que abri este e-mail pois trabalho a
avaliação no momento e isso que coloca foi determinante para decidir
por não atribuir, ainda que vá manter uma atividade autoavaliativa
para fins de cada um repensar suas contribuições.

Diria professor que essa mensagem é digna de um artigo. Tks! [ ]'s

Paula :)

On 6 set, 21:16, Margarida Rodrigues<margo...@hotmail.com>  wrote:>  Olá Régis e todos que acompanham este grupo de discussão.

Realmente Régis, você tocou em um ponto que talvez poucos pensem, apesar de ser tão essencial.

"Tudo depende dos objetivos de aprendizagem". Talvez estejamos "engessados" nesse quesito - e em tantos outros. Posso estar enganada, mas, agora lendo sua postagem começo a pensar de formar mais crítica com relação àqueles que simplesmente colocam a culpa no aluno. Professores devem refletir sobre sua ação. Isso é um exercício que poucos praticam.
Outra questão bastante pertinente e que você colocou muito bem é sobre "avaliar com". Na maioria das vezes os processos são construídos e reproduzidos de cima pra baixo. Não há participação dos alunos. Afinal, como fazer que os alunos conquistem sua autonomia se na prática não damos oportunidade para que iso aconteça?
Acredito que temos que mergulhar mais fundo em nossos próprios objetivos: estudar, pesquisar, observar, duvidar, questionar ... Só assim chegaremos próximo de uma proposta equilibrada e momentaneamente "segura" para avaliar.
Uffa! Há muito que se fazer. Vamos começar então!?
Abraços e obrigada

Margarida
Date: Sun, 4 Sep 2011 21:40:29 -0300
From: rtrac...@gmail.com
To: docencia-online-independente@googlegroups.com
Subject: Re: [DO-In] Discutindo sobre Avaliação
    Olá Margarida,
    Obrigado por colocar essa discussão ;-)

    Sim, autores de cursos, sejam professores independentes ou aqueles
    contratados por instituições, precisam planejar muito bem os

    processos de avaliação realizados com seus alunos.
    Não penso, contudo, que seja difícil avaliar aqueles que não enviam
    mensagens para o fórum de um curso. Me refiro a mensagens onde
    participem de discussões, que entendi ser o foco da questão que você

    colocou. Tudo depende dos objetivos de aprendizagem definidos para
    determinado curso. Há objetivos que são melhor avaliados pela

    entrega de trabalhos, provas, pela realização de simulações,
    auto-avaliações, ou mesmo avaliações semanas após a conclusão de um

    curso.
    Se os objetivos estabelecem que os aprendizes devem ser capazes de
    contribuir para a aprendizagem de outros colegas, daí então vale
    avaliar suas contribuições através de fóruns (além de outros meios
    em uso). Por exemplo, cursos de formação de docentes, ou gestores

    que precisam promover a aprendizagem colaborativa entre suas
    equipes, precisam incluir esse tipo de objetivo. Docentes e
    ´gestores do conhecimento´ necessitam saber interagir e contribuir
    para a aprendizagem de seus alunos e colegas de trabalho. Em cursos
    assim a interação através de diálogos precisa ser avaliada pois é
    parte do desempenho final esperado para os participantes.
    Então, veja que a aprendizagem entre pares é algo sempre desejável,
    contudo a questão é se a importância dessa dinâmica é grande o

    suficiente para que seja considerada entre os objetivos de
    aprendizagem principais de um curso. Há cursos em que isso é
    importante mas não é central.
    Por exemplo, nos cursos que ofereço sobre design instrucional, tanto

    presenciais quando à distância, procuro promover tal interação mas
    não a coloco como objetivo de aprendizagem. Trata-se apenas de uma
    dentre várias estratégias didáticas. É um meio de aprendizagem e não

    um objetivo de aprendizagem. Os objetivos principais incluem a
    compreensão de uma série de conceitos e a capacidade de elaborar

    projetos (isso é o foco da avaliação).
    Desse modo toda turma tem participantes que não conversam com os

    colegas mas criam excelentes projetos. Avalio apenas qualidade dos
    projetos e o quanto determinado participante progrediu com relação à
    sua condição inicial. Esses alunos podem receber notas maiores que
    outros que conversaram muito mas não criaram projetos ou cujos

    projetos não ficaram tão bons.
    É preciso considerar, no entanto, que quando alguém publica suas

    atividades diante de colegas de turma, se fizer um bom trabalho,
    está contribuindo com todos os demais uma vez que podem utilizar sua
    referência. Há portanto interação / colaboração de um outro tipo,
    que não ocorre na forma de conversas, e pode ser bastante
    proveitosa.
    Participar de diálogos é interessante tanto no presencial quanto
    online, ajuda na aprendizagem, mas não é necessariamente uma prova
    do alcance das competências esperadas, a menos que dialogar seja

    parte dos objetivos de um curso.
    Sei que há autores que promovem essa metodologia, mas pessoalmente

    não gosto de cursos (presenciais ou à distância, não vejo diferença
    com relação à modalidade, os princípios são os mesmos) que dão notas
    por participação. Este me parece um recurso artificial/forçado para
    gerar motivação e interação entre os participantes. Se consideramos
    desejável que haja flexibilidade quanto aos meios de aprendizagem,
    cada participante deve ter liberdade para aproveitar a experiência

    como preferir. Nem sempre os aprendizes seguem a metodologia de
    aprendizagem proposta pelo docente ou por aqueles que projetaram
    determinado curso, mas isso não significa que seu aproveitamento
    será necessariamente menor. Um bom sistema de avaliação precisa
    então funcionar bem apesar das diferentes preferências de
    aprendizagem. Por isso vale buscar evidências do alcance dos
    objetivos e não os meios de aprendizagem propostos.
    É verdade, a questão é complexa e certamente outros colegas podem

    ter pontos de vista diferentes ;-)
    Um grande abraço,
    Régis

    Em 31/08/2011 11:06, Margarida Rodrigues escreveu:
       Olá Régis e demais colegas,
        Aproveito o ensejo pra discutir sobre Avaliação.

        Estou participando de um curso onde a discussão está "quente"
        com relação ao tema.

        Como avaliar o aluno se, no fórum, por exemplo, ele não posta.
        Quase impossível não?
        Então, como driblar essa situação para aqueles que, ingressando

        na EaD, ainda precisam "desconstruir" velhos conceitos
        criados no ensino presencial para construir um novo perfil como
        aluno.
        Isto não teria que ser pensado pelos tutores ao montarem seus
        cursos?

        Como pensar numa avaliação democrática respeitando as limitações
        iniciais dos alunos
        em relação a EaD se cada um pode se encontrar em um determinado
        nível de envolvimento com seu próprio processo

        ensino aprendizagem.
        Espero poder contribuir com nosso grupo mexendo um pouco com
        este tema bastante delicado e complexo.
        Abraços a todos.
        Margarida
--
Informações sobre como participar desta atividade do JOVAED:
http://ow.ly/55fx1
Envie suas mensagens para o grupo através de:
docencia-online-independente@googlegroups.com

Para sair do grupo envie um email para:

--
Informações sobre como participar desta atividade do JOVAED:
http://ow.ly/55fx1

Envie suas mensagens para o grupo através de:
docencia-online-independente@googlegroups.com


Para sair do grupo envie um email para:

Cassandra Amidani

unread,
Sep 18, 2011, 10:40:56 PM9/18/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Oi, pessoal, tudo bem? Avaliação é sempre um assunto controverso, não é mesmo?
 
O que desenvolvi, até o momento, para aprimoramento dos cursos da Saber EaD, é uma avaliação de reação bem minuciosa. Também estou desenvolvendo instrumento de avaliação de impacto, para analisar a aplicação do aprendido nos cursos, mas não me parece que seja isso o que Régis pretende.

Régis, não compreendi bem a sua 2ª proposta de questionário ("contrastar sua atividade independente com outras formas de trabalho")... Você pode explicar um pouquinho mais?
 
abraço grande em todos. 

 


Para sair do grupo envie um email para:

--
Informações sobre como participar desta atividade do JOVAED:
http://ow.ly/55fx1

Envie suas mensagens para o grupo através de:


Para sair do grupo envie um email para:

Clecy Bortolon

unread,
Sep 19, 2011, 8:26:20 AM9/19/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com

PessoALL!


       Para mim, essa dificuldade de entender as competências da atual lei de Educação foi sanada com a explicação a seguir, que é equivalente à explicação do Régis. Os objetivos, em geral, referem-se ao conteúdo e as competências, ao desenvolvimento de habilidades para atingir determinados objetivos. O que muda é o foco.


                    Clecy


     Os novos rumos da educação indicam com clareza uma mudança de foco e, em conseqüência uma mudança de meios na intervenção pedagógica. Vejamos o que isso quer dizer.

Na escola tradicional:

O FOCO:   Aquisição dos conteúdos, selecionados dos fundamentos das

            diferentes ciências, tendo um critério essencialmente acadêmico,

            com grande desvinculação das  representações já trazidas pelo

            aluno e de seu contexto social.

                        Em nossas memórias estão presentes listas de conteúdos, apresentadas em mínimos detalhes, a serem aprendidas de cor pelos alunos.Escolas “fortes” eram aquelas que exigiam conteúdos mesmo que beirassem ao absurdo e à inutilidade. Para demonstrar que o foco da escola tradicional é aquisição de conteúdos, basta lembrar a cobrança de nomes, datas, fórmulas, conceitos, definições entre outras exigências.

MEIOS PARA ALCANÇAR O FOCO:

            Habilidade de memorização e reprodução em momentos de avaliação; a Compreensão é entendida, de forma geral, como capacidade de reproduzir a linguagem transmitida.

 

            Para demonstrar que essa habilidade é a fundamental na escola tradicional é só lembrar os questionamentos de estudo em todas as disciplinas, a repetição de exercícios iguais ou quase iguais aos dados em aula para serem reproduzidos nas provas e, sobretudo, a não possibilidade de “consultar nada” durante a prova (colas!?! Uma fraude absurda!?)


Na nova escola:

O FOCO: Aquisição de competências por meio do desenvolvimento de habilidades nos  Domínios:  cognitivo, afetivo e psicomotor.

            As mudanças sociais e o desenvolvimento tecnológico são tão rápidos que, possivelmente, no momento da entrada do aluno de hoje para o campo profissional, os conhecimentos escolares por ele adquiridos, já não sirvam muito. É só pensar sobre o que cada um de nós recorda da física, da química, da matemática, da história e da geografia que aprendeu na escola e da forma como aprendeu. Se a escola se serviu dos conteúdos naquele momento selecionados, para desenvolver a capacidade de pensar, sintetizar, correlacionar, inferir, entre outras, então preparou o cidadão dando-lhe a competência profissional necessária para enfrentar os conteúdos que a vida lhe apresentar.

MEIOS PARA ALCANÇAR O FOCO:

            Os conteúdos selecionados pelo contexto escolar, usando como critérios a relevância, a contextualização e o desenvolvimento dos alunos em cada  fase de seu desenvolvimento.

            Habilidades se desenvolvem por meio de conteúdos específicos. Esse desenvolvimento dará aos atores do processo da aprendizagem, as competências em campos determinados do saber. Assim, não se trata de minimizar o papel dos conteúdos ou simplesmente abandoná-los. Trata-se de verificar: a) são relevantes no contexto em que são propostos,b) se sua complexidade é adequada ao nível de desenvolvimento dos alunos, c) se sua introdução respeita a história do desenvolvimento dos conhecimentos da disciplina ou área do saber, d) se estão em relação direta ou indireta com o mundo das experiências dos alunos. Com estas características eles servirão de meio para o desenvolvimento de habilidades e alcance das competências desejadas.






Em 11/09/2011 20:11, Paula Ugalde escreveu:
Olá Margarida, Régis e demais membros deste grande Grupo de Discussão!

Realmente Margarida tua temática é muito instigante. Volto a ela
porque vejo que não dialoguei como gostaria, contemplando as demais
ricas ideias.

Foi focado aqui objetivos de aprendizagem e queria pedir auxílio
porque em uma instituição aprendemos a trabalhar como "objetivos" e em

outra com "competências" e isso suscitou dúvidas.
Entendia que objetivos são algo maior a ser alcançado, no âmbito de um

curso, podendo tanto prever saberes ou competências a serem
construídos.
Tive uma explicação de que trabalhar com competências está para a
formação utilitária para o mercado?
Não acho que os cursos devam ser nessa perspectiva mas é importante
que, além dos saberes teóricos os alunos aprendam a utilizá-los
praticamente e isso para mim é uma competência. O que dizem?
Também sei de defesas de que as competências não são necessariamente

evidenciadas durante o curso e que isso não significa que não
aprenderam e também faz sentido, pensando o modo como aprendo.

Disso que coloco, partilho que ainda não estou convencida de que não
devamos contemplar a construção de competências nos cursos - ainda

que, se considerarmos a possibilidade de essas serem evidenciadas
'pós' curso, nesse caso talvez sua avaliação precise ser repensada?
Porque se o objetivo é a formação integral, no campo de estudo do
curso, acredito que ela engloba as habilidades e competências e isso
não significa inexoravelmente modelar para que realizem de determinado
modo algo.
Será que consegui expor as dúvidas ou está confuso?!


Margarida, apreciei o que escreve sobre "aqueles que simplesmente
colocam a culpa no aluno' e que os professores precisam refletir sua
ação e opino que poucos o fazem sim.
Esclareço que sou novata e possuo somente pequenas teorizações mas
pelo que leio e refletindo as experiências concordo que os processos
de ensino e aprendizagem podem ser disjuntivos. Não é porque um curso
foi metodicamente pensado e é desenvolvido/operado conforme seu

planejamento que vai atender as necessidades dos alunos. Nisso, coloco
como determinante o bom professor, que percebendo as dificuldades
específicas de um, chegue e dialogue, de seu feedback [aberto a

resposta do aluno], oriente e mesmo sugira outros recursos - se
necessário, para que avance.

Cursos em que os professores permanecem mais como observadores e ainda
que os alunos peçam auxílio parecem funcionar na lógica engessada que
fala... Por que o professor não pode fazer intervenções 'durante' o
processo? Qual a utilidade de esperar até que finde o período para

atribuir um conceito baixo? Qual a lógica disso?!
Entendo que são variados os fatores que podem impactar e comprometer

as aprendizagens. Entre esses acredito que pode estar essa falta - a
passividade do professor em situações que poderia auxiliar e
contribuir para que o aluno avance. Porque se a proposta é lançar um

desafio e observar como se saem e dar feedback apenas ao final, penso
que, após esse feedback deveria ser dado ao aluno a oportunidade de
refletir suas construções e apresentar uma produção e essa sim ser

avaliada. O que pensam disso?

*Aproveito para perguntar sobre estudos acerca da evasão da EaD?


O que escreveram sobre "avaliar com" considero extremamente importante
e mais ainda em cursos de formação de professores, porque - repito,
observo que a tendência é reproduzirem essa postura verticalizada

junto aos seus próprios alunos. Porque as avaliações não podem ser
negociadas? Será que alunos adultos não tem capacidade para se
autoavaliar? Será mesmo que os professores conseguem abarcar o todo do
processo do aluno? Será que não seria de benefício mútuo os alunos
dialogarem sobre os feedbacks recebidos? E as avaliações entre pares:
não podem contribuir? Penso que sim... Que dizem?




On 10 set, 21:08, Paula Ugalde<pugalde....@gmail.com>  wrote:
Olá Prof. Régis e demais!


Como ex aluna do professor tenho comigo que o clima do ambiente pode
ser ótimo, com pessoas engajadas e colaborando, ainda que mais focadas
no alcance dos objetivos de aprendizagem, relacionados as competências

buscadas.

Sou uma defensora da aprendizagem colaborativa porque acredito que
contribui para as pessoas superarem o individualismo e acho que senão
todas, a maioria das atividades podem e seria bom que contribuíssem

para que as pessoas passassem a aprender nesta abordagem. Vejo a
colaboração como uma competência muito importante na atualidade, não
apenas pelo aspecto utilitário, advindo do fato das trocas poderem ser

decisivas para que os profissionais se mantenham no mercado, visto que
o conhecimento tornou-se intangível, como e especialmente pelas

aprendizagens humanistas que favorece. Carecemos que a educação se
volte a formação integral do ser.


E 'opino' [apenas isso, ok?] que se os participantes [especialmente os
iniciantes em EaD], ao menos não refletem sobre isso, a tendência é
reproduzirem na práxis planejamentos que desconsideram o coletivo,

focando em atividades individuais. E vou inda adiante, partilhando a
percepção de que alguns docentes precisam reaprender a se comunicar
neste novo paradigma. Basta analisarmos as comunicações na web...não

precisamos procurar muito para perceber posturas individualistas,
falas fechadas ao diálogo, muitas coisas... De outro lado, também é
perceptível que temos vários docentes que veem e procuram inferir com
falas fundamentadas e próximas, de modo a serem ouvidos, a lançares
'pulgas atrás das orelhas' da gente. [Cito o Professor Wilson Azevedo
em outro espaço que interagimos e apesar de ler quietinha, tenho

adorado e aprendido bastante! ;) Creio que precisamos de algum modo
trazer tais reflexões mas exatamente como o professor Regis fala 'sem

notas'. :D O que acham?

De outro lado, cursos assim requerem muito mais tempo dos
participantes e nem sempre dispomos, ainda que tenhamos uma postura
colaborativa. Se as pessoas precisam aprender coisas complexas, rápido
e dispondo de pouco tempo não estaremos atendendo suas necessidades se

a avaliação pontuar a participação e as interações mútuas.

Não tinha pensado isso que traz Régis, sobre atribuição de notas ser

um recurso artificial! Que bom que abri este e-mail pois trabalho a
avaliação no momento e isso que coloca foi determinante para decidir
por não atribuir, ainda que vá manter uma atividade autoavaliativa
para fins de cada um repensar suas contribuições.

Diria professor que essa mensagem é digna de um artigo. Tks! [ ]'s

Paula :)

On 6 set, 21:16, Margarida Rodrigues<margo...@hotmail.com>  wrote:>  Olá Régis e todos que acompanham este grupo de discussão.

Realmente Régis, você tocou em um ponto que talvez poucos pensem, apesar de ser tão essencial.

"Tudo depende dos objetivos de aprendizagem". Talvez estejamos "engessados" nesse quesito - e em tantos outros. Posso estar enganada, mas, agora lendo sua postagem começo a pensar de formar mais crítica com relação àqueles que simplesmente colocam a culpa no aluno. Professores devem refletir sobre sua ação. Isso é um exercício que poucos praticam.
Outra questão bastante pertinente e que você colocou muito bem é sobre "avaliar com". Na maioria das vezes os processos são construídos e reproduzidos de cima pra baixo. Não há participação dos alunos. Afinal, como fazer que os alunos conquistem sua autonomia se na prática não damos oportunidade para que iso aconteça?
Acredito que temos que mergulhar mais fundo em nossos próprios objetivos: estudar, pesquisar, observar, duvidar, questionar ... Só assim chegaremos próximo de uma proposta equilibrada e momentaneamente "segura" para avaliar.
Uffa! Há muito que se fazer. Vamos começar então!?
Abraços e obrigada

Margarida
Date: Sun, 4 Sep 2011 21:40:29 -0300
From: rtrac...@gmail.com
To: docencia-online-independente@googlegroups.com
Subject: Re: [DO-In] Discutindo sobre Avaliação
    Olá Margarida,
    Obrigado por colocar essa discussão ;-)

    Sim, autores de cursos, sejam professores independentes ou aqueles
    contratados por instituições, precisam planejar muito bem os

    processos de avaliação realizados com seus alunos.
    Não penso, contudo, que seja difícil avaliar aqueles que não enviam
    mensagens para o fórum de um curso. Me refiro a mensagens onde
    participem de discussões, que entendi ser o foco da questão que você

    colocou. Tudo depende dos objetivos de aprendizagem definidos para
    determinado curso. Há objetivos que são melhor avaliados pela

    entrega de trabalhos, provas, pela realização de simulações,
    auto-avaliações, ou mesmo avaliações semanas após a conclusão de um

    curso.
    Se os objetivos estabelecem que os aprendizes devem ser capazes de
    contribuir para a aprendizagem de outros colegas, daí então vale
    avaliar suas contribuições através de fóruns (além de outros meios
    em uso). Por exemplo, cursos de formação de docentes, ou gestores

    que precisam promover a aprendizagem colaborativa entre suas
    equipes, precisam incluir esse tipo de objetivo. Docentes e
    ´gestores do conhecimento´ necessitam saber interagir e contribuir
    para a aprendizagem de seus alunos e colegas de trabalho. Em cursos
    assim a interação através de diálogos precisa ser avaliada pois é
    parte do desempenho final esperado para os participantes.
    Então, veja que a aprendizagem entre pares é algo sempre desejável,
    contudo a questão é se a importância dessa dinâmica é grande o

    suficiente para que seja considerada entre os objetivos de
    aprendizagem principais de um curso. Há cursos em que isso é
    importante mas não é central.
    Por exemplo, nos cursos que ofereço sobre design instrucional, tanto

    presenciais quando à distância, procuro promover tal interação mas
    não a coloco como objetivo de aprendizagem. Trata-se apenas de uma
    dentre várias estratégias didáticas. É um meio de aprendizagem e não

    um objetivo de aprendizagem. Os objetivos principais incluem a
    compreensão de uma série de conceitos e a capacidade de elaborar

    projetos (isso é o foco da avaliação).
    Desse modo toda turma tem participantes que não conversam com os

    colegas mas criam excelentes projetos. Avalio apenas qualidade dos
    projetos e o quanto determinado participante progrediu com relação à
    sua condição inicial. Esses alunos podem receber notas maiores que
    outros que conversaram muito mas não criaram projetos ou cujos

    projetos não ficaram tão bons.
    É preciso considerar, no entanto, que quando alguém publica suas

    atividades diante de colegas de turma, se fizer um bom trabalho,
    está contribuindo com todos os demais uma vez que podem utilizar sua
    referência. Há portanto interação / colaboração de um outro tipo,
    que não ocorre na forma de conversas, e pode ser bastante
    proveitosa.
    Participar de diálogos é interessante tanto no presencial quanto
    online, ajuda na aprendizagem, mas não é necessariamente uma prova
    do alcance das competências esperadas, a menos que dialogar seja

    parte dos objetivos de um curso.
    Sei que há autores que promovem essa metodologia, mas pessoalmente

    não gosto de cursos (presenciais ou à distância, não vejo diferença
    com relação à modalidade, os princípios são os mesmos) que dão notas
    por participação. Este me parece um recurso artificial/forçado para
    gerar motivação e interação entre os participantes. Se consideramos
    desejável que haja flexibilidade quanto aos meios de aprendizagem,
    cada participante deve ter liberdade para aproveitar a experiência

    como preferir. Nem sempre os aprendizes seguem a metodologia de
    aprendizagem proposta pelo docente ou por aqueles que projetaram
    determinado curso, mas isso não significa que seu aproveitamento
    será necessariamente menor. Um bom sistema de avaliação precisa
    então funcionar bem apesar das diferentes preferências de
    aprendizagem. Por isso vale buscar evidências do alcance dos
    objetivos e não os meios de aprendizagem propostos.
    É verdade, a questão é complexa e certamente outros colegas podem

    ter pontos de vista diferentes ;-)
    Um grande abraço,
    Régis

    Em 31/08/2011 11:06, Margarida Rodrigues escreveu:
       Olá Régis e demais colegas,
        Aproveito o ensejo pra discutir sobre Avaliação.

        Estou participando de um curso onde a discussão está "quente"
        com relação ao tema.

        Como avaliar o aluno se, no fórum, por exemplo, ele não posta.
        Quase impossível não?
        Então, como driblar essa situação para aqueles que, ingressando

        na EaD, ainda precisam "desconstruir" velhos conceitos
        criados no ensino presencial para construir um novo perfil como
        aluno.
        Isto não teria que ser pensado pelos tutores ao montarem seus
        cursos?

        Como pensar numa avaliação democrática respeitando as limitações
        iniciais dos alunos
        em relação a EaD se cada um pode se encontrar em um determinado
        nível de envolvimento com seu próprio processo

        ensino aprendizagem.
        Espero poder contribuir com nosso grupo mexendo um pouco com
        este tema bastante delicado e complexo.
        Abraços a todos.
        Margarida
--
Informações sobre como participar desta atividade do JOVAED:
http://ow.ly/55fx1
Envie suas mensagens para o grupo através de:
docencia-online-independente@googlegroups.com

Para sair do grupo envie um email para:

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Jurandir Rafael

unread,
Sep 19, 2011, 2:32:43 PM9/19/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Olá prezados colegas !

Na minha experiência diária com EaD, percebo que  muitos alunos sentem necessidade de serem avaliados por métodos tradicionais.

Parece que há algo errado caso ele participem de um curso online que não possua os mesmos parâmetros avaliativos de cursos presenciais.

Muitos entram em contato via suporte ou tutoria perguntando, “onde estão as questões de marcar X? e a avaliação final ?”

Prefiro que minha taxa de fidelização caia a satisfazer esta necessidade absurda.

Claro que alguns se conscientizam ao longo do curso, mas outros persistem na ideia.


Abraços


Jurandir Rafael



 
Para sair do grupo envie um email para:



--
Jurandir Rafael
Especialista em Arquitetura do Aprendizado
Lone Ranger da EaD
Co-Gerente de EaD no IFOMEP
Site: EaD Aqui

Paula Ugalde

unread,
Sep 20, 2011, 12:04:42 AM9/20/11
to Docencia Online Independente
Olá de novo! :)

> Gostaria primeiro de externar a alegria de participar de um grupo tão rico, engajado e proficiente. Sempre desejei mas excluindo cursos, ainda não havia participado de um tematizando a Educação que é o grande interesse.
>
> Agradeço as explicações fundamentadas acerca dos questionamentos. Quando não temos clareza das teorias, apenas pequenas totalidades, diante que qualquer argumento mais elocubrativo, podemos não apreender o todo e talvez tenha sido o que ocorreu, acabei interpretando mal os conceitos. :)
>
> Sobre CHAs só vi no seu curso Regis e em algumas leituras da web.
>
> E tendo sido uma aluna que não findou o curso, devido ao acúmulo de solicitações de trabalhos e participações em fóruns na especialização e trabalhando e em formação continuada em temáticas totalmente diferenciadas, fiquei com a lacuna.
>
> Sim, o assunto é 'imprescindível' diria, pois os resultados em aprendizagens dependem de um planejamento criterioso e a definição dos objetivos é o que vai orientar toda a construção do DE do curso.
>
> Lembro das classificações mais complexas de Bloom e Gagné e das específicas as areas de estudo.
>
> Também li - sem aprofundar, uns construtos enviados pela Profa. Daniela Melaré que, segundo o autor avançam um pouquinho nas pesquisas daqueles.
>
> Estou inscrita no Grupo Estilos de Aprendizagem desde a Jovaed mas até o momento não consegui me inteirar. Tão logo 'finde' essa etapa da especialização, vou me dedicar incansavelmente a estudar, me dedicar aos grupos e quem sabe concluir o TPDI, se agora já trabalha com as abordagens de DE?
>
> Partilho que aprecio muito seu professorar que é referência para mim mas tenho algumas restrições as construções da autora, porque não trazem algumas questões e/ou aprofundam pouco outras, que considero essenciais em qualquer curso de formação de professores para a docência online. [destaco propostas de aprendizagens em redes porque me parecem mais concatenadas a realidade dos cursistas, estando na Era Digital...também as dimensões político-pedagógicas da formação, onde acredito que, ainda que um professor curse um curso com modelo instrucional, ele precisa ter clareza das possibilidades e limitações da proposta, pensada no sentido das aprendizagens emancipatórias...e por aí vão...
>
> Percebo desse modo as lacunas na formação em instituições formais de conhecimento: a ênfase na teoria, dissociada da prática, que é proposta 'depois', dificultando sua reflexão 'durante o processo' e com o agravante de desmotivar - ao menos a mim, que sempre chego em cursos ávida por aprender e aplicar.
>
> E aqui acho que consigo fazer uma relação com o que o Jurandir Rafael coloca, sobre os alunos preferirem avaliações convencionais, pois estando em cursos, percebemos o pragmatismo de alguns e não apenas em relação a avaliação mas durante todo o processo. Exemplos? Preferirem ler os materiais e realizar as atividades propostas e 'sumirem' até vir novas solicitações, parecendo não desejar analisar os trabalhos dos colegas, para buscar aprender mais. Nesse sentido, também percebo que as participações de cursistas assim são 'superficiais' para obterem a pontuação e não por interesse em dialogar e trocar. E em geral, sequer se comunicam com os pares, se atendo a fala do professor, mesmo que convidados as interações, com um colega dialogando com suas ideias. Em geral, 'absorvem' os conhecimentos apresentados como certezas imutáveis e preferem ser avaliados de modo a darem retorno, 'devolvendo' o apreendido e 'fim'.
>
> Com isso, fazem poucas relações e constroem aprendizagens fragmentadas e 'opino' que teriam imensa dificuldade para construir saberes em um modelo que priorizasse o pensamento complexo.
>
> Também observo que as provas objetivas de múltipla escolha são usuais em cursos e as vezes com questões tão óbvias, que questiono sua validade e se os '10' em decoreba acadêmica se sairiam bem no momento de explicar o processo e a prática no mundo do trabalho?!
>
> [ ]'s
>
> Paula Ugalde
>
> Informações sobre como participar desta atividade do JOVAED:
>http://ow.ly/55fx1
>
> Envie suas mensagens para o grupo através de:
> docencia-online-independente@**googlegroups.com<docencia-online-independent e...@googlegroups.com>
>
> Para sair do grupo envie um email para:
> docencia-online-independente+**unsub...@googlegroups.com<docencia-online -independente%2Bunsu...@googlegroups.com>
>
> Mais opções em:
>http://groups.google.com/**group/docencia-online-**independente?hl=pt-BR<http://groups.google.com/group/docencia-online-independente?hl=pt-BR>

Regis Tractenberg

unread,
Sep 21, 2011, 6:13:33 PM9/21/11
to docencia-onlin...@googlegroups.com
Boa tarde Cassandra,

Obrigado pelas excelentes colocações!

Na Livre Docência também temos uma avaliação de reação bem detalhada com dados de todas as turmas desde 2004. Sem dúvida é fonte valiosa para aprimorarmos nosso trabalho.

A propósito, uma idéia discutida faz algum tempo com outros DO-Ins, que acabou não indo adiante na época, era utilizarmos modelos semelhantes de questionários de avaliação. Com isso seria possível comparar resultados e verificar a qualidade de cursos oferecidos pelos colegas, algo que serviria de base para formação de uma rede de professores independentes (afinal só podemos recomendar o que conhecemos bem...). Quem sabe, em tempo não levamos isso adiante?

Mas voltando ao outro assunto, sim, o que propus foi diferente. Não seriam avaliações de aprendizagem, e sim instrumentos para apoio a escolhas profissionais.

O primeiro questionário seria uma espécie de checklist para que um professor pondere se já reúne as condições e competências necessárias para trabalhar como DO-In.

O segundo questionário seria voltado à comparação entre a atividade profissional como DO-In e outras alternativas. Serviria a situações em que um docente precisa escolher entre sua atividade como DO-In e outros caminhos profissionais. Conteria perguntas como:

Qual atividade remunera melhor por hora de dedicação?
Qual oferece melhores condições de trabalho?
Qual tem maior estabilidade?
No longo prazo qual atividade se mostra mais promissora?

Enfim, são apenas algumas idéias...


Abraços,
Régis
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