Sanmodana Bhasya - Verso 5

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Giridhari Das

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Feb 6, 2010, 1:01:05 AM2/6/10
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Sri Sri Siksastaka

 

“O Senhor Caitanya Mahaprabhu instruiu Seus discípulos a escrevem livros sobre a ciência de Krsna, uma tarefa que Seus seguidores continuam a realizar até os dias atuais. As elaborações e exposições sobre a filosofia ensinada pelo Senhor Caitanya são, de fato, as mais volumosas, exatas e consistentes – isto devido ao sistema de sucessão discipular. Embora fosse amplamente conhecido como um erudito em Sua juventude, o Senhor Caitanya nos deixou apenas oito versos, chamados Siksastaka. Estes oitos versos revelam de forma concisa e clara os ensinamentos de Sri Caitanya Mahaprabhu, cuja essência é o cantar do santo nome”. – Srila Prabhupada

 

Sanmodana Bhasya

- O Comentário Outorgador de Grande Prazer -

 

“O Sanmodana-bhasya, ‘O Comentário Outorgador de Grande Prazer’, é um extenso comentário em sânscrito sobre os oito versos de instrução do Senhor Caitanya, chamados Sri Sri Siksastaka, o qual Srila Bhaktivinoda Thakura compôs no ano de 1886”. – Rupa Vilasa dasa

 

* * *

 

Siksastaka - Verso 5

 

ayi nanda-tanuja kinkaram

patitam mam visame bhavambudhau

krpaya tava pada-pankaja-

sthita-dhuli-sadrsam vicintaya

 

Ó Krsna, filho de Maharaja Nanda, sou Teu servo eterno; de alguma forma, porém, caí no oceano de nascimentos e mortes. Por favor, retira-me deste terrível oceano de ignorância e coloca-me como uma partícula de poeira a Teus pés de lótus.

 

COMENTÁRIO DE BHAKTIVINODA THAKURA: É apropriado a um sadhaka que se refugiou no santo nome refletir sobre as misérias da existência material? A fim de responder este questionamento, o Senhor Caitanya compôs este verso de número cinco, no qual Ele esclarece da seguinte maneira a atitude que um devoto deve adotar: “Ó Senhor Krsna, Ó filho de Maharaja Nanda! Sou Seu servo eterno, mas, agora, em virtude de meus próprios erros, caí neste terrível oceano da existência material. A luxúria (kama), a ira (kroddha), a inveja (matsara) e assim por diante são meus adversários; como grandes peixes, eles espreitam-me na água a fim de me devorar. As bravias ondas de esperanças tolas e de ansiedades mal direcionadas jogam-me daqui para lá, tornando deveras tormentosa a minha vida. Poderosas rajadas dos ventos das más associações agravam o meu sofrimento. Nesta condição, vejo apenas Você como o meu refúgio”.


O Refúgio das Algas Marinhas e o Refúgio Verdadeiro

 

“Ocasionalmente, um pequeno aglomerado de algas marinhas pode ser visto boiando a esmo; tratam-se das algas marinhas dos processos de karma, jnana, yoga, tapasya e assim por diante. Alguém, no entanto, alguma vez cruzou o oceano da ignorância agarrando-se a essas algas marinhas insignificantes? Tudo o que vi foi que às vezes algumas pessoas, enquanto tentam nadar de modo a cruzar este oceano, alcançam tais algas e se agarram a elas, mas tudo o que conseguem é afogarem-se junto com a alga, assim como se afoga uma pedra inanimada. Não há outra esperança de segurança além de Sua ilimitada misericórdia”.

 

“O sólido, resistente e robusto navio de Seu santo nome é o único meio pelo qual é possível a transposição deste perigosíssimo oceano da existência material. Considerando isso muito seriamente, agi: Pedi permissão ao meu mestre espiritual para embarcar no navio do santo nome do Senhor, permissão esta que, pela misericórdia do Senhor, foi-me concedida. Ó Senhor, Você é conhecido como o protetor das almas rendidas, Seus devotos. Por favor, aceite este pobre desabrigado, livre-me de todos os meus defeitos e, de forma que eu nunca me separe de Seus pés de lótus, considere-me uma poeira sob eles.

 

A mensagem deste sloka, ou verso, é que aqueles que foram aceitos pelo Senhor no caminho de bhakti jamais devem retornar para o caminho do desfrute sensorial ou para o caminho da liberação, a despeito das dificuldades materiais.

 
Sri Caitanya-caritamrta, Antya 20.31,33,34:

ati-dainye punah mage dasya-bhakti-dana

apanare kare samsari jiva-abhimana


”Com grande humildade, considerando-Se uma alma condicionada do mundo material, Sri Caitanya Mahaprabhu novamente expressou Seu desejo de ser agraciado com o serviço ao Senhor”.

 

"tomara nitya-dasa mui, toma pasariya

padiyachon bhavarnave maya-baddha hana


”Sou Seu servo eterno, mas Me esqueci de Sua Onipotência. Agora encontro-Me caído no oceano da ignorância, e fui condicionado pela energia externa”.

 

krpa kari' kara more pada-dhuli-sama

tomara sevaka karon tomara sevana"

 

“Seja imotivadamente misericordioso para coMigo dando-Me um lugar entre as partículas de poeira de Seus pés de lótus de sorte que Eu possa me engajar no serviço à Sua Onipotência como Seu servo eterno”.

 

 

Tradução de Bhagavan dasa (DvS), revisão de Prana-vallabha devi dasi (DvS) – www.devocionais.xpg.com.br

 

 

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