Autofagia Militar ✰ Artigo do General Marco Antonio Felicio da Silva... TXT..

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Centauro Gaúcho

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Oct 14, 2015, 2:10:54 AM10/14/15
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Autofagia Militar ✰ Artigo do General Marco Antonio Felicio da Silva



 

Instituição será maculada, violentada e conspurcada diante da leniência de todos aqueles que não pensam, não questionam, não se importam, não se manifestam”

                                                                                      

 

Embora se insiram perfeitamente no Estado Democrático de Direito, as FFAA (Forças Armadas), baseadas na hierarquia e na disciplina, têm com fundamento básico o sentimento da justiça e não a democracia. O acesso aos postos e graduações superiores é feito através de avaliações sucessivas durante toda a vida profissional do militar.

Disciplina e hierarquia, princípios fundamentais da Instituição, são os temperos de comportamento próprio, marcado por alguns gestos uniformes, cerimonial único e liturgias tradicionais e consagradas. Tudo isso balizado por regulamentos que, inclusive, punem ou recompensam àqueles que, respectivamente, ferem ou não as regras estipuladas.

Todo esse arcabouço de normas e procedimentos, somado à rígida formação profissional imposta pelas escolas e cursos militares e pela vida diária da caserna, ao longo dos tempos, criaram dura carapaça, alicerçada em valores, que impede ou muito retarda que as mazelas, que envolvem a sociedade, muitas de forma devastadora, atinjam os profissionais de carreira.

Após o advento da chamada “Nova República” e da Constituição de 88, do alçar de marxistas e de simpatizantes aos poderes da República, estes tentam, por diversos meios, abrir fendas em tal carapaça, para neutralizar o último obstáculo, as FFAA, à implantação, já descarada, de um regime baseado no Marxismo gramsciano. 

 A passividade, o silêncio e a adoção de um “low profile” de natureza política, na busca de uma reconciliação da sociedade, por parte dos chefes militares, balela criada pela esquerda ressentida, pois, unilateral, contribuíram para tal situação.

A agravar, a adoção de medidas preconizadas no “III Programa Nacional de Direitos Humanos”, uma peça gramsciana, inspirada no Foro de São Paulo. Entre outras, a criação da “Comissão Nacional da Verdade”, geradora de afrontas sem fim e com o fito da erradicação da Lei da Anistia, e as constantes do recente e inconstitucional Decreto 8515, pois, este priva os comandantes da direção e da gestão das respectivas Forças, contrariando o que diz o artigo 4º da Lei Complementar nº 67, de 09/06/1999, alterada pela Lei Complementar nº 136, de 25/08/2010, que afirma: “o Comandante exercerá a direção e a gestão da respectiva Força”.

Originário de manobra criminosa, até agora impune, tal decreto, enquanto vigir, após pretensa correção, nada delega aos comandantes militares. Apenas faculta ao Ministro da Defesa delegar, ou não, ações de direção e gestão das Forças aos respectivos comandantes. A enfatizar, o cancelamento paralelo do dec. 62.104, de 11/01/1968, que delegava aos Ministros Militares a competência para apreciar, em caráter final, os Regulamentos das Escolas e Centros de Formação e Aperfeiçoamento, agora sob o crivo do Ministro da Defesa.

A emoldurar tal quadro, a acintosa nomeação do Ministro da Defesa, comunista convicto, filiado ao PC do B. A presença da bandeira do partido na cerimônia de assunção do novo Ministro, uma aberração, lembra o que diz o estatuto do referido partido: “Organização política da vanguarda consciente do proletariado, guia-se pela teoria científica e revolucionária elaborada por Marx e Engels, desenvolvida por Lênin e outros revolucionários marxistas”. “Tem como objetivo superior o comunismo”. “Em todas as instâncias de governo de que o Partido participe, constitui importante frente de trabalho e está a serviço do projeto político partidário, segundo norma própria do Comitê Central”.

Assim, passam as Forças Armadas imagem de fragilidade política, submetendo-se ao desvario de uma Presidente inepta, que já não governa, refém de políticos corruptos e ilegítima quanto ao apoio popular.

A carapaça, que já mostrava pequenas mossas em função de afrontas diversas e sucessivas, foi, sem dúvida, com o Decreto Lei 8515, rompida, atingindo o coração de sua grande reserva, as Forças Armadas, abrindo possibilidades para a sua politização e aparelhamento bem como para mudança dos currículos das escolas militares e a consequente futura formação e doutrinação “marxista” de praças e de oficiais.

Verdadeira autofagia militar!

 

 General Marco Antonio Felicio da Silva 


 
                   
 
          
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