DO NADA AO SER...
Quando não houver mais motivos pelos quais chorar;
Quando as perguntas calarem dentro da própria garganta;
Quando o laicismo causador de vis e falsos protestos
Tomar lugar da falaciosa honradez fervorosa;
Quando, enfim, restar apenas o olvidar como consolo.
E toda a esperança se tornará vã,
E o estróina angariará mais louros que o filósofo,
E os quatro prótons eternizarão Eddington,
Fumaça e pó, energia e cinzas.
Do pó, ao pó...
Daí então, talvez,
Marcharão Dantes e Mandelas sobre árida terra chã,
Espargindo cândidos cânticos, de sangue venoso, de ulo incontido,
Da tristeza Romá, raça santa, carne Fênix!
Só fortes assim renascerão, resistirão,
Ao, Dinilon nas mãos trazer
do Duvêle, nova salvação!
Cigano Luz