Pessoal tenho visto a movimentação do pessoal do Garoa em Sampa.
Como diz o Lucas Fragomeni, acho que está na hora de termos nosso
hackerspace também.
Para quem não sabe o que é:
Mapa dos hackrespaces no mundo:
http://hackerspaces.org/wiki/List_of_Hacker_Spaces
Os Hackerspaces podem ser simplesmente descritos como locais
comunitários em que as pessoas de mesmos interesses podem se encontrar
para trocar ideias, conversar sobre seus projetos e, claro, trabalhar
juntos. A página
hackerspaces.org aponta para uma definição da
Wikipédia
para o que seria um hackerspace: locais em que pessoas com interesses
em comum em tecnologia, ciência, eletrônica, Arduíno, entre outras
coisas, se encontram e podem conversar, colaborar um com o outro,
trocar ideias e tocar projetos.
Aylons Hazzud, um participante do Garoa Hacker Clube, em São Paulo,
define bem o que é um hackerspace. "É basicamente um lugar (espaço
físico) onde hackers se encontram, como uma espécie de clube, com
equipamentos e espaço de convivência onde o pessoal pode construir (e
destruir) coisas". O "Garoa Hacker Club" (
http://garoa.net.br/wiki/
Página_principal) é o espaço hacker mais famoso do Brasil, constando
inclusive na lista dos destaque na página da Wikipédia.
Para se ter uma ideia do quão geek são os participantes de
hackerspaces, basta olharmos como os caras contam a data de sua
fundação: O Garoa Hacker Clube foi fundado oficialmente a 1298244863
UTC (seconds since 1970-01-01 00:00:00 UTC).
E quem pode participar?
A principal característica de um hackerspace é ser um espaço livre.
Quem estiver interessado em participar não precisa se inscrever, não
precisa se filiar e fazer uma carteirinha; basta ter um gosto por
assuntos como tecnologia, computação, informática, desenvolvimento,
hardwares e o muitos outros e ir até o espaço mais próximo.
Estas comunidades são financiadas por seus próprios participantes, não
recebendo qualquer incentivo de empresas ou do governo. Os geeks
participantes podem doar equipamentos e contribuir financeiramente
para o pagamento de contas como de energia elétrica, água e - claro! -
internet banda larga. Entretanto, alguns hackerspaces possuem membros
associados de participação mais permanente que pagam uma espécie de
mensalidade. Além disso, doações são sempre bem vindas, até mesmo de
empresas, mas desde que não haja nenhum compromisso atrelado.
Unidos por este mesmo gosto à tecnologia e ao hacking, comunidades
como estas estão presentes por todo o mundo, assim como mostra a
página Hackerspaces.org.
Atividades
Além de conversar, discutir e desenvolver seus projetos, os hackers
ainda organizam outros eventos e é comum acontecerem palestras,
discussões, apresentações ou "mesas-redondas", atividades que, em
geral, são gratuitas.
No Garoa, por exemplo, eventos que acontecem com certa frequência são
noites de palestras, dias voltados apenas para projetos com ArduÍno e
os Hackdays de sábado, em que os geeks mostram suas invenções e
projetos, além, é claro, de sempre conversar bastante e trocar muitas
ideias.
Por seus importantes pontos em comum, os hackerspaces de vários países
se comunicam com frequência e é comum ver alguma interação entre eles.
Dois exemplos desta interação são as maratonas sincronizadas, em que
os hackers de todo o mundo utilizam a internet durante todo um final
de semana para hackear e realizar desafios, como o Great Global Hacker
Challenge.
A importância dos hackerspaces
Um fato interessante que Aylons Hazzud conta também é que os
hackerspaces são responsáveis por algumas criações importantes e
famosas, como a impressora 3D makerbot (
makerbot.com), um projeto
saído do NYC Resistor, de Nova York, ou a quebra de criptografia do
Sony PlayStation 3, que foi demonstrada durante o Congresso Chaos
Communication, do CCC (Chaos Computer Club), da Alemanha.
A influência dos hackerspaces e do potencial das pessoas que os
frequentam vai ainda mais além. Exemplo disso é que Daniel Domscheit-
Berg, ex-porta-voz do WikiLeaks na Alemanha foi um participante do CCC
e Jakob Apelbaum, porta-voz do site nos Estados Unidos e fundador do
NoiseBridge, em São Francisco.