DIVISÃO DO TRABALHO - DA MANUFATURA À FÁBRICA AUTOMÁTICA

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Hannah BLUE

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16 de jan. de 2008, 00:09:1016/01/2008
para Midiateca da HannaH
DIVISÃO DO TRABALHO - DA MANUFATURA À FÁBRICA AUTOMÁTICA


1- "Quanto mais incompleto e até imperfeito for o trabalhador parcial,
mais será ele perfeito como parte do trabalhador coletivo. O exercício
de uma única função transforma-o em órgão infalível dessa função, ao
mesmo tempo que a conexão do mecanismo total obriga-o a trabalhar com
a regularidade de uma peça de máquina." (pag.23)

2- "Não só os trabalhos parciais são repartidos entre indivíduos
diferentes; o próprio indivíduo é dividido, transformado em mecanismo
automático de um trabalho parcial, a tal ponto que se vê realizada a
fábula absurda de Menenius Agrippa onde um homem é representado como
um simples fragmento de seu próprio corpo." (pag. 25)

3- "(...) a divisão do trabalho imprime ao trabalhador de manufatura
um cunho que o consagra como propriedade do capital." (pag.26)

4- "A mente da maioria dos homens, diz A. Smith, desenvolve-se
necessariamente de e por suas ocupações costumeiras. Um homem que
passa toda a vida a executar algumas operações simples não tem
oportunidade de usar a inteligência. Torna-se em geral tão estúpido e
tão ignorante quanto possa tornar-se uma criatura humana. (...) A
uniformidade de sua vida estacionária corrompe-lhe naturalmente também
a coragem... Destrói-lhe até a energia do corpo e torna-o incapaz de
usar sua força, com vigor e perseverança, a não ser na ocupação
fragmentada à qual foi destinado." (pag.27)

5- "Um certo definhamento intelectual e físico é inseparável até da
divisão do trabalho na sociedade em geral. Mas, como o período
manufatureiro leva bem mais longe esta cisão social entre espécies de
trabalho e atinge, só por meio da divisão que lhe é própria, a raiz da
vida do indivíduo, é esse período que, em primeiro, fornece a idéia e
a matéria da patologia industrial." (pag.28)

6- "(...) a divisão manufatureira do trabalho (...) desenvolve a
produtividade social do trabalhador não somente para o capitalista no
lugar do trabalhador, mas ainda estropiando o trabalhador individual.
Ela produz novas condições da dominação do capital sobre o
trabalho." (pag. 29)

7- "Ao mesmo tempo em que o trabalhador mecânico cansa ao máximo o
sistema nervoso, suprime o jogo variado dos músculos e impede toda
atividade livre física e intelectual. Até a maior facilidade do
trabalho torna-se instrumento de tortura, já que a máquina não
dispensa o operário do trabalho, mas faz com que o trabalho perca o
interesse." (pag.31-32)

8- "Estamos apenas indicando as condições materiais em que se realiza
o trabalho na fábrica. Todos os órgãos dos sentidos são perturbados ao
mesmo tempo pela elevação artificial da temperatura, pelo ar saturado
com detritos de matéria-prima, pelo barulho ensurdecedor, etc.. sem
falar no risco de morte decorrente das máquinas demasiado juntas umas
das outras que, com a regularidade das estações, publicam os boletins
de perdas nas batalhas industriais." (pag. 34-35)
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