Não é a lógica (modal) que é inconsistente, é a teoria modal em que o rábula raciocina. Vamos analisar esse raciocínio para tentar esclarecer.
Seja K o operador de conhecimento de véspera, ~ o operador de negação, p1 a proposição que diz que o enforcamento será na segunda, ..., p5 a proposição que diz que o enforcamento será na sexta.
O rábula admite como axiomas
A: (p1 e ~K(p1)) ou ... ou (p5 e ~K(p5)). [a interpretação dele da sentença]
B1: p1 implica ~p2 e ... e ~p5
.
.
.
B5: p5 implica ~p1 e ... e ~p4
C: p5 implica K(p5)
D: K(~p5) implica (p4 implica K(p4))
E: (K(~p5) e K(~p4)) implica (p3 implica K(p3))
F: (K(~p5) e K(~p4) e K(~p3)) implica (p2 implica K(p2))
G: (K(~p5) e K(~p4) e K(~p3) e K(~p2)) implica (p1 implica K(p1))
Agora o raciocínio:
- A partir de C, de B5 e de A, conclui-se ~p5. Da necessitação, que o rábula assume pois o que ele deduz ele considera como conhecimento de véspera, K(~p5).
- A partir de K(~p5), de B4, de D e de A, conclui-se ~p4.
Da necessitação, que o rábula assume pois o que ele deduz ele considera como conhecimento de véspera, K(~p4).
- A partir de K(~p5), K(~p4), de B3, de E e de A, conclui-se ~p3.
Da necessitação, que o rábula assume pois o que ele deduz ele considera como conhecimento de véspera, K(~p3).
- A partir de K(~p5), K(~p4), K(~p3), de B2, de F e de A, conclui-se ~p2.
Da necessitação, que o rábula assume pois o que ele deduz ele considera como conhecimento de véspera, K(~p2).
- A partir de K(~p5), K(~p4), K(~p3), K(~p2), de B1, de G e de A, conclui-se ~p1.
- A partir de
~p5, ~p4, ~p3, ~p2, ~p1 e de A, conclui-se bottom.
Abraço